Fisetina: composto encontrado em frutas e legumes combate o câncer Ouvir 23 de setembro de 2023 Estudos epidemiológicos ligando uma dieta rica em frutas e legumes a um baixo risco de câncer deram origem a uma sucessão de pesquisas sobre a eficácia da fisetina no combate a tumores. O objetivo de vários grupos de pesquisa é entender como esse flavonoide (com atividade antioxidante), presente em cebolas e maçãs, morangos e pepinos, uvas e caquis, pode combater e prevenir diferentes tipos de tumor. Dois estudos publicados recentemente, disponíveis em acesso aberto, buscam sintetizar o conhecimento existente sobre os mecanismos de ação do composto, além de trazer perspectivas do seu uso no tratamento do câncer. Leia também Saúde Técnica brasileira acelera análise de câncer no sangue em crianças Vida & Estilo Conheça fruta acessível benéfica para a pele e que previne o câncer Saúde Jovem com ressaca forte descobre que sintomas eram causados por câncer Saúde Câncer de mama: ascendência africana pode aumentar risco, diz estudo O mais recente dos trabalhos foi publicado no European Journal of Medical Research por pesquisadores chineses, enquanto o outro está disponível na revista Global Medical Genetics e é assinado majoritariamente por autores baseados na China, mas também na Rússia, Iêmen e Estados Unidos. A fisetina é conhecida por diversas atividades biológicas, sejam anti-inflamatórias, de inibição de estresse oxidativo, neuroproteção e anticâncer. Os efeitos foram demonstrados em vários tipos de tumor, como de fígado, pulmão, de boca, gástrico, colorretal, câncer de mama, de rim e cervical, entre outros. Vantagens da fisetina Estudos ao longo dos últimos anos demonstraram muitos benefícios do flavonoide em células tumorais, incluindo a supressão da proliferação, indução de morte celular, redução da angiogênese (a geração de vasos sanguíneos que nutrem o tumor), inibição da migração celular e o aumento dos efeitos da quimioterapia. Essas propriedades são atribuídas ao envolvimento de numerosas moléculas e vias de sinalização celular, incluindo o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), a proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) e o fator nuclear kappa B (NF-κB), entre outros. Os autores do artigo do European Journal of Medical Research afirmam que estudos recentes indicam que a autofagia reduz a resistência à quimioterapia e à radiação, o que é positivo para o tratamento de câncer. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperação boonchai wedmakawand ****Foto-senhora-sentada-com-maos-na-barriga.jpg Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doença Phynart Studio/ Getty Images ****Foto-mulher-em-cima-de-uma-balanca.jpg A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: câncer no estômago, pulmão, pâncreas, etc. Flashpop/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-a-mao-no-seio-2.jpg Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômago FG Trade/ Getty Images ****Foto-homem-com-tosse.jpg A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo de câncer no pulmão South_agency/ Getty Images ****Foto-pinta-sendo-investigada.jpg Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retido Peter Dazeley/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-dor.jpg A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigados RealPeopleGroup/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-a-mao-no-seio.jpg Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos ljubaphoto/ Getty Images *****Foto-homem-com-mao-da-barriga.jpg Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal de câncer de esôfago DjelicS/ Getty Images Voltar Progredir 0 Limitações e desafios No entanto, as pesquisas sobre os efeitos da fisetina sobre a autofagia em tumores são limitadas, com resultados inconsistentes. Enquanto alguns estudos mostram autofagia induzida pela fisetina em câncer de próstata, por exemplo, o mesmo não se aplica ao tumor de fígado. Além disso, escrevem, as vias de sinalização celular específicas envolvidas na autofagia induzida pela fisetina continuam não sendo muito bem compreendidas. Como exemplo, os autores citam dois estudos divergentes. Enquanto um demonstra que a autofagia ocorre por meio de uma via de sinalização celular (AMPK/mTOR), outro mostra que esta ocorreria em resposta ao estresse do retículo endoplasmático, por meio de outra via. Do ponto de vista farmacológico, os autores do segundo estudo ressaltam que, embora o uso da fisetina seja uma oportunidade, ainda há diversos desafios a superar. Um deles é aumentar sua biodisponibilidade e a estabilidade, um obstáculo comum no uso de compostos naturais. Novos sistemas de entrega (“drug delivery”) e formulações são alguns dos caminhos possíveis. Além disso, entender a farmacocinética e a toxicidade do composto são essenciais para seu uso clínico. De acordo com o grupo de autores chineses, russos e iemenitas, novos estudos são necessários para elucidar os efeitos em longo prazo, dosagens e potenciais efeitos adversos. Por fim, investigar os efeitos sinergísticos da fisetina com outros agentes terapêuticos ou modalidades de tratamento poderia aumentar sua eficácia. Isso sem falar no papel junto a imunoterapias e terapias-alvo, que podem oferecer caminhos promissores de tratamento. “Antes de poder ser usado com segurança [em combinação] com outras drogas, a influência da fisetina no metabolismo desses fármacos deve ser mais estudada. Futuros estudos para esclarecer essas questões são necessários”, encerram os autores do artigo da Global Medical Genetics. (Fonte: Agência Einstein) Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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