Jamais vu: cientistas descrevem sensação oposta ao déjà vu Ouvir 24 de setembro de 2023 Um grupo de cientistas ligados à Universidade de Grenoble, na França, e à Universidade de St. Andrews, na Escócia, descreveu mecanismos que provocam uma sensação contrária ao déjà vu – aquela estranha impressão de já ter experimentado a situação que está vivendo no exato momento. O jamais vu é a sensação de “nunca antes”. Uma das explicações mais aceitas para o déjà vu é que ele é um acesso errado às memórias armazenadas do cérebro. Sempre que estamos diante de uma situação, revisamos as informações em busca de referências anteriores e, em casos de déjà vu, esse processamento se dá de maneira errada. O cérebro toma por base um fragmento de memória semelhante e se desconecta da realidade momentânea. Leia também Claudia Meireles Saiba quando se preocupar com a saúde da sua memória Saúde Check up de memória: veja quando fazer e quais exames são necessários Saúde Ouvir podcasts sem parar pode fazer mal ao cérebro? Entenda Claudia Meireles Estudo aponta benefício incrível da soneca regular para o cérebro “O fenômeno surge quando a parte do cérebro que detecta a familiaridade se dessincroniza com a realidade. Déjà vu é o sinal que alerta para essa estranheza: é uma espécie de “verificação de fatos” do sistema de memória”, explica o pesquisador Akira O´Connor, da Universidade de St. Andrews, e Christopher Moulin, da Universidade de Grenoble, em artigo publicado no site The Conversation. O que é o jamais vu O´Connor e Moulin são os autores do estudo sobre o jamais vu, que vem a ser a sensação de esquecer como fazer algo com a qual você está extremamente habituado. O jamais vu ocorre quando, ao ver um rosto familiar, você não o reconhece; ou quando esquece a grafia de uma palavra que escreve diariamente; ou quando fica perdido em um caminho que já está cansado de fazer. ***Cards_Galeria_de_Fotos (2) Manter o cérebro ativo com atividades estimulantes é uma das principais estratégias que colaboram com a memória. Veja dicas do que fazer! Robina Weermeijer/Unsplash ***memoria-cerebro-perda-de-memoria-600×400(1) É importante que o cuidado com a memória seja diário. Por isso, antes de dormir, tente recordar das atividades que fez ao longo do dia Freepik ***Quebra-cabeça Pratique exercícios específicos para a memória, como jogos com palavras, sudoku, 7 erros, caça-palavras, dominó, palavras cruzadas ou montar um quebra-cabeças Gregory Van Gansen/Getty Images ***comida saudável alimentação Consuma alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, salmão, chia, linhaça, castanhas, nozes e azeite de oliva. Eles contêm nutrientes que facilitam a memorização e evitam o esquecimento Getty Images ***Escova dental elétrica Utilizar a mão não dominante para realizar atividades como escrever, escovar os dentes, folhear um livro ou abrir uma porta, por exemplo, também pode ajudar na memória Peter Dazeley/Getty Images ***pessoa dirigindo com máscara covid coronavírus Mude a rota: vá ao trabalho por caminhos diferentes dos habituais, pois quebrar a rotina estimula o cérebro a pensar Norma Mortenson/Pexels ***café Consuma bebidas com cafeína – com parcimônia, claro -, como chá verde ou café, para manter o cérebro em alerta, facilitando a captação de informações e a memorização Getty Images ***móveis Mude a localização de alguns objetos que usa muito no dia a dia, como a lixeira e as chaves de casa imaginima/GETTYIMAGES ****Supermercado Faça uma lista de compras sempre que for ao supermercado, mas procure não usá-la, tentando lembrar o que escreveu Divulgação ***Banho_com_Chuveiro_Elétrico Tome banho de olhos fechados e tente lembrar o local em que ficam os itens do ambiente Karolina Grabowska/Pexels ***conversa Tente ler um livro ou assistir a um filme e depois contar para alguém. Isso vai estimular a concentração e a memória Freepik Voltar Progredir 0 Por que isso acontece? De acordo com os pesquisadores, o jamais vu ocorre por conta de uma espécie de cansaço do nosso sistema cognitivo. “O jamais vu é um sinal de que algo se tornou muito automático, muito fluente, muito repetitivo. Isso nos ajuda a “sair” do nosso processamento atual, e a sensação de irrealidade é, na verdade, uma verificação da realidade”, escrevem. Um dos experimentos do grupo consistiu em pedir a voluntários que escrevessem repetidamente a palavra “the” até que decidissem parar por se sentirem estranhos, aborrecidos ou com dores nas mãos. Mais da metade dos voluntários parou por detectar algum estranhamento naquilo e, em seguida, descreveu impressões compatíveis ao jamais vu. A experiência levou os cientistas a ganharem o prêmio IgNobel, conhecido por ser o contrário do Nobel. A premiação divulga trabalhos sem muita utilidade, mas capazes de provocar risadas. No artigo do The Conversation, os autores respondem ao grupo que promove o IgNobel, dizendo que o mecanismo pode estar envolvido em transtornos como, por exemplo, o obsessivo compulsivo (TOC) Polêmicas científicas à parte, quem nunca? Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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