Estudo: dieta com fibras pode atrasar progressão para câncer de sangue Ouvir 8 de dezembro de 2024 Seguir uma dieta rica em fibras de origem vegetal pode atrasar a progressão para mieloma múltiplo em pacientes com predisposição para a doença. A descoberta foi feita por pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), uma instituição de tratamento e pesquisa de câncer em Manhattan, nos EUA. Para a principal autora do estudo, a pesquisadora Urvi Shah, os resultados reforçam a mensagem de que os médicos devem instruir os pacientes — especialmente aqueles com condições pré-cancerígenas — com conhecimento sobre como reduzir o risco de câncer por meio de mudanças na dieta. Leia também Saúde CAR-T é esperança para longevidade de pacientes com mieloma múltiplo Saúde Mieloma múltiplo: tratamento no SUS está 20 anos atrasado, diz médico Saúde Mieloma múltiplo: “Descobri um câncer no sangue pela dor nas costas” Saúde Conheça grão rico em fibras e ótimo para a saúde intestinal “Este estudo demonstra o poder da nutrição — especificamente uma dieta rica em fibras à base de plantas — e desbloqueia uma melhor compreensão de como ela pode levar a melhorias no microbioma e no metabolismo para construir um sistema imunológico mais forte”, disse Shah na reunião anual da American Society of Hematology (ASH) em San Diego, na Califórnia. Shah lembra que estudos recentes mostraram um risco aumentado de diagnóstico de mieloma múltiplo entre pessoas que seguem uma dieta nutricionalmente pobre e com baixa ingestão de alimentos vegetais. Mieloma múltiplo O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que acomete a medula óssea, afetando os plasmócitos, células responsáveis pela produção de anticorpos no organismo. A doença faz com que essas células se multipliquem de forma desordenada, comprometendo a produção de outras células sanguíneas. Como resultado, o paciente apresenta lesões ósseas, anemia, infecções, altos níveis de cálcio no sangue, lesões nos rins, cansaço e dores. Estudo O novo estudo foi feito com 20 adultos diagnosticados com gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) ou mieloma latente (sem sintomas), doenças que geralmente antecedem o diagnóstico de mieloma múltiplo. Eles também tinham o índice de massa corporal (IMC) alto, com maior risco de desenvolver a doença. Durante 12 semanas, os participantes receberam refeições ricas em fibras de origem vegetal junto a 24 semanas de treinamento. Nesse período, eles foram incentivados a comer o quanto quisessem, desde que fossem alimentos integrais de origem vegetal, como frutas, vegetais, nozes, sementes, grãos integrais e legumes. Um ano após o início do estudo, nenhum dos participantes progrediu para mieloma múltiplo. Dois participantes diagnosticados com doença progressiva antes do estudo apresentaram uma melhora significativa na trajetória de progressão da doença. Os pesquisadores registraram melhorias significativas na qualidade de vida dos voluntários, assim como na resistência à insulina, saúde do microbioma intestinal e inflamação do corpo. Além disso, os participantes perderam, em média, 8% do peso corporal após os três meses do experimento. Segundo Urvi Shah, os resultados estão alinhados com um estudo feito com camundongos com mieloma latente, onde 44% dos animais alimentados com dieta rica em fibras não evoluíram para o câncer. Entre os camundongos que seguiram uma dieta padrão, por outro lado, todos os animais evoluíram para a doença. Um estudo maior, com 150 pessoas, deve iniciar em breve para comprovar os resultados. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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