Estudo: microplásticos causam alterações similares à demência em ratos Ouvir 11 de setembro de 2023 Os microplásticos estão presentes em praticamente tudo o que consumimos, como embalagens de alimentos, roupas e até mesmo no ar. Um estudo feito com camundongos na Universidade de Rhode Island (EUA) revelou que as partículas conseguem se espalhar por todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro. Os pesquisadores ficaram surpresos ao observar que mesmo os roedores jovens são afetados pela presença das minúsculas partículas de plástico, desenvolvendo alterações comportamentais semelhantes à demência em humanos, além de apresentar mudanças nos marcadores imunológicos no fígado e no cérebro. Leia também Saúde Microplásticos são encontrados no coração humano pela primeira vez Saúde Microplásticos: saiba quais são os prejuízos causados à saúde Meio Ambiente Microplásticos invadem cérebro duas horas após ingestão, aponta estudo Mundo Microplásticos são encontrados no sangue humano pela primeira vez Os resultados foram publicados no International Journal of Molecular Science em 1º de agosto. “Para nós, isto foi impressionante. Não eram doses elevadas de microplásticos, mas em um curto período de tempo vimos estas mudanças”, afirma o neurocientista Jaime Ross. Pesquisas anteriores já haviam encontrado microplásticos em diferentes partes do corpo humano, como no coração, pulmões, intestino, corrente sanguínea e até mesmo infiltrando-se na placenta, mas pouco se sabe sobre os efeitos a longo prazo. Estudo com micropásticos No novo estudo, os cientistas da Universidade de Rhode Island queriam entender se o material pode tornar os animais mais suscetíveis à inflamação sistêmica à medida que envelhecem; se o corpo pode se livrar dos microplásticos com facilidade; e se as células respondem de maneira diferente às toxinas, por exemplo. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2) Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas PM Images/ Getty Images ***Foto-medico-olhando-tomografia.jpg Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images ***Foto-mulher-com-a-mao-na-cabeca.jpg Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce Westend61/ Getty Images ***Foto-idoso-com-as-maos-na-cabeca.jpg Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano urbazon/ Getty Images ***Foto-pessoa-andando-em-um-labirinto.jpg Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença OsakaWayne Studios/ Getty Images ***Foto-idoso-com-as-maos-na-cabeca-2.jpg Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns Kobus Louw/ Getty Images ***Foto-medicos-olhando-tomografia.jpg Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença Rossella De Berti/ Getty Images ***Foto-maos-em-cima-da-mesa-segurando-remedio.jpg O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images Voltar Progredir 0 Como parte do experimento, camundongos jovens e de idade avançada receberam água tratada com microplásticos feitos de poliestireno fluorescente durante três semanas. O grupo de controle recebeu um placebo. O comportamento de todos eles foi avaliado regularmente em testes de campo aberto, que incentivam o comportamento exploratório, e testes de claro-escuro, para avaliar a aversão dos roedores a áreas iluminadas. Ao final das três semanas, as partículas fluorescentes foram encontradas em todos os tecidos examinados: cérebro, coração, fígado, rim, baço, pulmões e trato gastrointestinal, além da urina e fezes dos animais que beberam água com microplásticos. Eles também apresentaram mudanças comportamentais significativas. Os efeitos mais fortes foram observados nos ratos mais velhos. Para os pesquisadores, a presença do poluente potencialmente tóxico no cérebro indica que ele pode atravessar a barreira imunitária que separa o sistema nervoso central da corrente sanguínea, possivelmente levando a problemas neurocognitivos. Os cientistas ponderam que ainda não é possível assumir que os microplásticos têm o mesmo efeito em humanos, mas o resultado encontrado é um passo importante para a elaboração de mais estudos. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Notícias
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