Infecção polimicrobiana: entenda quadro clínico do papa Francisco Ouvir 17 de fevereiro de 2025 O papa Francisco, de 88 anos, enfrenta uma infecção polimicrobiana nas vias respiratórias. Segundo o Vaticano anunciou nesta segunda-feira (17/2), o quadro clínico é “complexo” e não há previsão de alta. De acordo com o boletim oficial da Santa Sé, o tratamento do pontífice foi ajustado após exames realizados recentemente indicarem a infecção do trato respiratório. Ele permanecerá internado no hospital pelo tempo necessário para a recuperação. “Os resultados dos testes feitos nos últimos dias, incluindo os de hoje, demonstraram uma infecção polimicrobiana no trato respiratório, levando a ajustes no tratamento. Todos os exames até o momento apontam para um quadro clínico complexo que exigirá internação hospitalar adequada”, diz a íntegra do boletim. Leia também Mundo Papa Francisco tem infecção respiratória e quadro clínico é “complexo” Mundo Internado, papa Francisco se desculpa por faltar à oração de domingo Fábia Oliveira Papa Francisco falta à missa e diz que precisa de “algum tratamento” Mundo Papa Francisco apresenta melhora, mas não celebrará o Angelus Este é o quarto dia de hospitalização do papa Francisco, que vem enfrentando problemas respiratórios desde o início de fevereiro. Ele foi internado no hospital Gemelli, em Roma, na manhã de sexta-feira (14/2), para o acompanhamento médico. 3 imagens Fechar modal. 1 de 3 Papa Francisco Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images 2 de 3 Papa Francisco Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images 3 de 3 O papa Francisco tem 88 anos Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images O que é infecção polimicrobiana das vias respiratórias? A infecção polimicrobiana das vias respiratórias ocorre quando múltiplos microrganismos – como bactérias, vírus ou fungos – causam inflamação nos pulmões e nas vias respiratórias. A médica pneumologista Verônica Figueiredo, que atua em Brasília, explica que isso pode ocorrer devido a infecções secundárias, como uma pneumonia bacteriana após uma gripe, ou até doenças pulmonares crônicas, como fibrose cística e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Em pacientes mais velhos, como o papa Francisco, a infecção polimicrobiana pode se tornar ainda mais grave. De acordo com Verônica, fatores como idade avançada, doenças pulmonares pré-existentes e imunossupressão aumentam a gravidade do quadro. “A infecção pode evoluir para insuficiência respiratória ou sepse, colocando em risco a vida do paciente”, alerta. Sintomas e diagnóstico Os sintomas variam conforme os microrganismos envolvidos, mas geralmente incluem febre, tosse persistente, produção excessiva de muco, falta de ar e fadiga. O diagnóstico é feito com base em uma avaliação clínica detalhada, que pode ser complementada por exames laboratoriais, como cultura de secreções respiratórias, testes PCR para vírus e exames de imagem, como radiografia e tomografia do tórax. Como é feito o tratamento? O pneumologista Elie Fiss, do Alta Diagnósticos, aponta que o tratamento depende diretamente do agente responsável pela infecção. “Pode ser necessário o uso de antibióticos, antivirais ou antifúngicos, dependendo do que causou a infecção. Em alguns casos, o uso de corticoides também pode ser considerado”, comenta. Além disso, o tratamento de suporte, como hidratação adequada, controle da febre e fisioterapia respiratória, é fundamental para aliviar os sintomas e facilitar a eliminação do muco. Como evitar infecções respiratórias? A prevenção de infecções respiratórias, incluindo as polimicrobianas, envolve medidas como a vacinação contra gripe, Covid-19 e pneumonia, além de práticas de higiene respiratória, evitar exposição a poluentes e ao tabagismo, e manter uma boa hidratação. “É crucial tratar rapidamente qualquer infecção respiratória inicial, para evitar que ela se agrave e leve a complicações”, recomenda Verônica. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Divertículo gigante do cólon: conheça doença raríssima relatada no RJ 10 de janeiro de 2024 Um homem de 62 anos foi diagnosticado no Rio de Janeiro com divertículo gigante do cólon (DGC), uma doença raríssima, com apenas 200 casos registrados em todo o mundo na história. O caso foi apresentado por médicos do Hospital Municipal Salgado Filho (HMSF) no 17° Congresso Europeu Colorretal, que ocorreu… Read More
Notícias Entenda como o arsênio pode ter sido adicionado ao bolo natalino no RS 30 de dezembro de 2024 As investigações sobre o caso das três pessoas da mesma família que morreram após comerem um bolo de Natal, em Torres, no Rio Grande do Sul, apontam para hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar. Apesar da confirmação da presença de arsênio em amostras de sangue de uma das vítimas fatais… Read More
Cirurgia plástica combinada: saiba quais são as vantagens e os cuidados 13 de maio de 2024 A combinação de cirurgias plásticas em um mesmo procedimento possui alguns benefícios, como a diminuição dos gastos com a operação e a possibilidade de recuperação pós-operatória mais eficiente, evitando a espera de meses entre cirurgias individuais. O cirurgião plástico Luís Maatz, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da… Read More