Atleta com doença cardíaca rara é salvo por insistência da esposa Ouvir 17 de março de 2025 O atleta inglês Tom Brazier, de 27 anos, quase morreu devido a uma doença cardíaca rara que silenciosamente debilitou sua saúde e foi descoberta a poucas horas de matá-lo. O diagnóstico de dissecção de aorta só foi feito graças à insistência da esposa dele para que o marido fosse examinado. Atleta profissional e treinador de críquete, um popular esporte inglês, Tom começou a ter os sintomas em outubro de 2023, quando sentiu uma dor forte no peito que subia até a mandíbula. Apesar da intensidade da dor, ele acreditou que estava tendo uma reação alérgica. Leia também Saúde Inédito: paciente com coração de titânio recebe alta pela primeira vez Saúde Covid: estudo revela que até casos leves podem afetar o coração Saúde “Buraco” no coração: entenda a condição que afeta deputado federal Saúde Coração forte: 5 sinais de que o seu está com a saúde em dia A doença cardíaca de Tom O que Tom não sabia é que, apesar de sua vida dedicada ao esporte, ele tinha uma malformação que prejudicava o funcionamento do coração e que estava levando a aorta, a maior artéria do corpo, a se degradar a ponto de quase romper. “Eu não sabia que tinha defeitos cardíacos congênitos que contribuíram para minha dissecção aórtica”, afirma ele em um texto em suas redes sociais. Ele tinha a valva aórtica bicúspide, em vez de tricúspide, como a maioria das pessoas. A aorta é responsável por transportar sangue rico em oxigênio do coração para o resto do organismo. Por ser uma importante via circulatória, ela é formada com três camadas de paredes que a reforçam. Entretanto, em algumas pessoas, a camada interna se rompe e o sangue passa a circular por dentro das paredes em uma condição chamada de dissecção de aorta, que é potencialmente fatal. “Mais de 90% das dissecções aórticas se apresentam com dor intensa no peito que pode ser confundida com infarto. Os médicos de emergência devem manter um alto índice de suspeita de síndrome aórtica em todos os pacientes de emergência”, escreveram os médicos do Hospital Mount Sinai, em Nova York, em um artigo sobre a doença em 2024. Fatores de risco para a dissecção de aorta A pressão alta não controlada pode enfraquecer a aorta ao longo do tempo, tornando-a mais propensa a romper. Ter aterosclerose (endurecimento das artérias) e coarctação da aorta (estreitamento da aorta ao nascer) também são fatores de risco para a doença. Outras condições que enfraquecem a parede da aorta, como um aneurisma, também podem tornar a dissecção aórtica mais provável. Algumas pessoas nascem com uma condição que faz com que a parede da aorta enfraqueça. Entre elas estão as síndromes de Ehlers-Danlos e de Loeys-Dietz, além da valva aórtica bicúspide. Diagnóstico certo por insistência da mulher Sem saber que tinha a condição, Tom foi levado para o hospital pelos familiares. Ele foi inicialmente diagnosticado com pericardite, uma inflamação ao redor do coração, e recebeu analgésicos e antibióticos. No entanto, sua parceira, Emma Spong, notou que ele mal conseguia andar 10 metros sem ficar sem fôlego e que permanecia mal mesmo após o tratamento. Querendo voltar ao trabalho, Tom insistiu com os médicos que estava bem, mas Emma discordou e fez questão que os médicos pedissem uma tomografia computadorizada. 3 imagens Fechar modal. 1 de 3 Tom Brazier não sabia de sua doença cardíaca Reprodução/Linkedin/tombrazier96 2 de 3 Ele passou por uma cirurgia de 12 horas com peito aberto para tratar a disseção de aorta Reprodução/Linkedin/tombrazier96 3 de 3 Ele conseguiu voltar a praticar esportes apenas seis meses após a cirurgia Reprodução/Linkedin/tombrazier96 O exame revelou uma dissecção aórtica de 8,3 cm que estava a ponto de estourar e causar uma hemorragia potencialmente fatal. Tom foi submetido a uma cirurgia cardíaca de emergência e ficou de peito aberto por 12 horas. A cirurgia, que incluiu a substituição do arco aórtico e da válvula cardíaca, salvou a vida de Tom. “Passei o mês seguinte no hospital com altos e baixos, mas com o apoio das pessoas mais próximas de mim! Minha parceira, Emma, foi minha verdadeira inspiração para continuar lutando durante aqueles momentos difíceis, e seu apoio inabalável me manteve motivado para sair do hospital e começar minha reabilitação”, afirma ele. Em março de 2024, ele já corria 5 km confortavelmente, um marco em sua recuperação. Agora, o casal se prepara para correr a Maratona de Londres em abril, com o objetivo de arrecadar fundos para a Heart Research UK, organização que promove conscientização sobre doenças cardíacas não diagnosticadas e oferece treinamentos para médicos se atentarem mais rápido a essas condições. 12 imagens Fechar modal. 1 de 12 De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas Peter Dazeley/ Getty Images 2 de 12 Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles bymuratdeniz/ Getty Images 3 de 12 Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 4 de 12 Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito katleho Seisa/Getty Images 5 de 12 A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga SolStock/ Getty Images 6 de 12 O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc. KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images 7 de 12 Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc. bymuratdeniz/ Getty Images 8 de 12 A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo manusapon kasosod/ Getty Images 9 de 12 Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada FG Trade/ Getty Images 10 de 12 Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas Peter Dazeley/ Getty Images 11 de 12 Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração Peter Dazeley/ Getty Images 12 de 12 Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente andresr/ Getty Images Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Declínio cognitivo começa aos 40 anos. Veja como proteger seu cérebro 20 de março de 2024 O cérebro envelhece antes do que a ciência imaginava. Uma pesquisa feita por neurocientistas irlandeses da Universidade de College Cork publicada nessa terça-feira (19/3) indica que o declínio cognitivo pode começar aos 40 anos. Divulgada na revista científica Trends in Neurosciences, a investigação mostra que a chegada à meia idade… Read More
Notícias Veja tratamentos pouco invasivos que combatem gordura localizada 22 de dezembro de 2023 Uma rápida olhada no espelho destaca os locais do corpo onde as gordurinhas extras insistem em se acumular. Isso acontece por fatores genéticos, hormonais e outros motivos que são ligados à idade e ao estilo de vida da pessoa. As “dobrinhas” extras costumam abalar a autoestima. Com a chegada do… Read More
Notícias A Psicologia Digital: Entendendo o Impacto da Tecnologia em Nossa Saúde Mental 1 de julho de 20251 de julho de 2025 A psicologia digital é um campo de estudo que tem ganhado cada vez mais atenção nos últimos anos, à medida que a tecnologia se torna uma parte integral de nossas vidas. Com o aumento do uso de dispositivos móveis, redes sociais e outras plataformas digitais, é fundamental entender como essas… Read More