Dormir mal pode comprometer a capacidade reprodutiva das mulheres Ouvir 27 de março de 2025 Dormir mal com frequência prejudica vários aspectos da saúde, entre eles, a fertilidade das mulheres. De acordo com uma pesquisa recém-publicada no periódico científico Fertility and Sterility, o sono ruim pode diminuir a reserva ovariana, fator importante para ter uma boa quantidade de óvulos de qualidade durante a idade reprodutiva. O estudo envolveu 1.070 mulheres, com idades entre 20 e 40 anos, que responderam a um questionário chamado Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), que avalia a qualidade do descanso noturno, envolvendo fatores como duração, latência e possíveis transtornos. Além disso, elas foram submetidas a uma ultrassonografia transvaginal para fazer a contagem dos folículos antrais (CFA) e exames de sangue para verificar os níveis dos hormônios folículo estimulante (FSH) e anti-mülleriano (AMH), entre outros. “Níveis elevados de FSH e baixos de AMH, assim como a contagem de folículos antrais, que é a medida do número de folículos, que são a ‘casinha’ dos óvulos nos ovários, são marcadores que indicam a reserva ovariana”, explica o ginecologista e obstetra Fernando Prado, especialista em reprodução humana e membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE). A reserva ovariana é o estoque de óvulos. As mulheres já nascem com a quantidade total de células reprodutivas que terão ao longo da vida. Com o passar dos anos, esse número vai diminuindo até se esgotar na menopausa, que marca o fim do período fértil e reprodutivo. Leia também Saúde Ginecologista aponta 7 hábitos que podem prejudicar a fertilidade Saúde Dormir mal afeta emoções e traz riscos à saúde mental a longo prazo Saúde Insônia: dormir mal prejudica a vida sexual, mostra estudo Saúde Ovários policísticos são ligados a sintomas de demência na meia-idade Os resultados obtidos nos exames apontaram uma associação entre a baixa qualidade do sono e a diminuição da reserva ovariana. E essa associação foi consistente mesmo em grupos de diferentes idades e índices de massa corporal (IMC). O mecanismo exato por trás dessa relação não foi elucidado pelo trabalho, mas já se sabe que dormir mal influencia de várias formas o sistema reprodutivo feminino. “O sono desempenha um papel fundamental na regulação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, que controla a produção hormonal e o desenvolvimento folicular. Assim, problemas e distúrbios ao dormir podem alterar a secreção de hormônios essenciais para a função ovariana, como o FSH e o LH, impactando diretamente no funcionamento do órgão”, observa o ginecologista e especialista em reprodução humana João Antônio Dias Júnior, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Além disso, o sono inadequado pode aumentar os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, e levar a um estado inflamatório crônico, fatores que podem comprometer a função reprodutiva.” A baixa reserva ovariana não diz respeito à qualidade dos óvulos. Ou seja, mulheres com esse diagnóstico têm chances de engravidar naturalmente, se ainda estiverem ovulando. A qualidade está mais relacionada à idade do que ao número total de gametas disponíveis. Também é importante salientar que, quando o estoque de óvulos não é tão grande, é recomendado que a mulher converse com seu médico sobre a necessidade ou não de recorrer a procedimentos de reprodução assistida. “A diminuição da reserva ovariana está frequentemente associada a uma resposta reduzida à estimulação ovariana, o que pode impactar negativamente na coleta de óvulos em ciclos de fertilização in vitro e no sucesso do tratamento”, detalha Dias Júnior. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Cardápio mais variado em vegetais ajuda a reduzir o risco de diabetes 18 de agosto de 2025 Além de trazer novas experiências sensoriais, aumentar o número de opções vegetais no dia a dia pode ajudar a reduzir o risco do diabetes tipo 2, segundo estudo publicado em junho no periódico científico International Journal of Epidemiology. A doença, caracterizada pela função prejudicada da insulina e por níveis elevados… Read More
Além de fibras: estudo lista melhores opções contra a prisão de ventre 23 de outubro de 2025 A constipação crônica é um distúrbio intestinal que afeta mais de 10% da população mundial e pode comprometer significativamente a qualidade de vida. A prisão de ventre é caracterizada pela dificuldade de evacuar, intervalos longos entre as idas ao banheiro ou sensação de evacuação incompleta. Um novo estudo conduzido pela… Read More
Notícias “Tenho que viver como uma vampira”, diz mulher com alergia ao sol 1 de novembro de 2025 A estadunidense Emily Richardson, 36 anos, vive como uma vampira há anos. Ela evita a todo custo qualquer contato com os raios solares que, mesmo com apenas alguns segundos de exposição, provocam queimaduras de terceiro grau com bolhas em sua pele. “Todos os dias da minha vida tenho que viver… Read More