Alzheimer: estudo brasileiro acha marcador para acelerar o diagnóstico Ouvir 6 de junho de 2025 Pesquisadores brasileiros identificaram biomarcadores presentes no sangue capazes de revelar a presença de Alzheimer com alto grau de precisão. Publicado na revista Nature Communications em março, o achado pode reduzir o tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico da demência. A pesquisa foi liderada por médicos do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), no Rio de Janeiro. Os cientistas avaliaram proteínas no sangue de 145 idosos brasileiros ao longo de até quatro anos. Leia também Celebridades Estrela de Vale Tudo tem Alzheimer e mora no Retiro dos Artistas Saúde Alzheimer: 6 sintomas que se desenvolvem na fase inicial da doença Saúde Novo remédio protege barreira cerebral e pode ajudar no Alzheimer Saúde Mulher culpa TDAH por esquecimentos mas descobre Alzheimer aos 48 anos O que é o Alzheimer? O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de forma progressiva, prejudicando a memória e outras funções cognitivas. A doença é o tipo mais comum de demência em pessoas idosas. Segundo o Ministério da Saúde, responde por mais da metade dos casos registrados no Brasil. O sinal mais comum no início é a perda de memória recente. Com o avanço da doença, surgem outros sintomas mais intensos, como dificuldade para lembrar de fatos antigos, confusão com horários e lugares, irritabilidade, mudanças na fala e na forma de se comunicar. Os voluntários do estudo foram classificados clinicamente em cinco grupos: participantes diagnosticados com Alzheimer de forma clínica (observando os sintomas), com comprometimento cognitivo leve, com demência por corpos de Lewy, com demência vascular e idosos sem comprometimento cognitivo. O objetivo foi medir o desempenho de biomarcadores no plasma sanguíneo para tentar encontrar um identificador simples do Alzheimer. Entre os marcadores analisados, o pTau217 se destacou. A proteína teve desempenho considerado excelente para indicar alterações cerebrais compatíveis com Alzheimer, comparado com dados obtidos por meio do líquido cefalorraquidiano (LCR) — padrão-ouro para o diagnóstico. Alternativa ao diagnóstico do Alzheimer A análise do líquido cefalorraquidiano, um exame caro e doloroso feito com punções na coluna, depende de infraestrutura hospitalar e coleta invasiva. O uso de marcadores sanguíneos tem se mostrado uma forma menos invasiva de diagnóstico, mas muitos exames dessa categoria ainda não alcançaram a mesma eficácia da punção lombar. O estudo para buscar uma alternativa utilizou a plataforma SIMOA HD-X, uma tecnologia de alta sensibilidade. Foram medidos níveis plasmáticos de proteínas associadas à neurodegeneração, como Tau, NfL, GFAP, além das formas fosforiladas pTau181 e pTau217. O pTau217 alcançou a eficácia de 94% ao ser comparado com LCR. Quando combinado com Aβ42, outro marcador da doença, o desempenho subiu para 98%. Esses dados indicam um alto potencial de acurácia diagnóstica que deverá ser validada em estudos futuros para uma adoção mais ampla, e popular, deste diagnóstico. 8 imagensFechar modal.1 de 8 Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas PM Images/ Getty Images2 de 8 Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images3 de 8 Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce Westend61/ Getty Images4 de 8 Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano urbazon/ Getty Images5 de 8 Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença OsakaWayne Studios/ Getty Images6 de 8 Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns Kobus Louw/ Getty Images7 de 8 Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença Rossella De Berti/ Getty Images8 de 8 O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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