Ozempic e Wegovy podem reduzir risco de demência, mostra estudo Ouvir 25 de junho de 2025 Mais do que controlar a diabetes tipo 2 e levar à perda de peso, a semaglutida — princípio ativo do Ozempic e Wegov — pode também proteger o cérebro. Um novo estudo realizado na Universidade Case Western Reserve Of Medicine, nos Estados Unidos, sugere que o remédio está associado a um risco menor de desenvolver Alzheimer e outras formas de demência. O novo estudo foi publicado nesta quarta-feira (25/6), no Journal of Alzheimer’s Disease, após a análise de dados de 1,7 milhão de pacientes com diabetes tipo 2 dos Estados Unidos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a diabetes tipo 2 causa neurodegeneração, induzindo mudanças na função e na estrutura vascular, no metabolismo da glicose e na sinalização celular da insulina. Por isso, a doença é frequentemente associada ao aumento do risco de declínio cognitivo, que pode levar a demência. Por outro lado, mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida são relacionadas à prevenção da demência. Leia também Saúde Entidades médicas alertam para riscos de usar semaglutida manipulada Claudia Meireles Por que semaglutida dá enjoo? Saiba como reduzir os efeitos colaterais Vida & Estilo Azeite pode reduzir risco de demência em até 28%, diz estudo Saúde Cientistas identificam molécula que protege cérebro e reverte demência Dados mostram que a semaglutida pode reduzir risco de demência Os cientistas analisaram dados de 1,7 milhão de pacientes com diabetes tipo 2, acompanhados por três anos, e compararam os efeitos da semaglutida com outros sete medicamentos usados para tratar a doença. Os pesquisadores usaram um método estatístico avançado para simular ensaios clínicos randomizados a partir dos dados obtidos. Ao fim, a semaglutida se destacou com os melhores resultados na prevenção de quadros de demência, principalmente entre mulheres e pessoas mais velhas. Os participantes que receberam o tratamento de uso semanal com semaglutida tiveram um risco significativamente menor de demência em relação aos que tomaram outros remédios para diabetes. 8 imagensFechar modal.1 de 8 Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas PM Images/ Getty Images2 de 8 Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images3 de 8 Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce Westend61/ Getty Images4 de 8 Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano urbazon/ Getty Images5 de 8 Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença OsakaWayne Studios/ Getty Images6 de 8 Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns Kobus Louw/ Getty Images7 de 8 Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença Rossella De Berti/ Getty Images8 de 8 O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images Mais estudos são necessários Apesar dos resultados animadores, os autores reforçam que ainda não é possível cravar que o remédio de fato evita a doença. Eles defendem que novos testes, mais controlados, sejam feitos para comprovar a possível ação neuroprotetora do fármaco, como explica Rong Xu, professor de informática biomédica e líder da equipe de pesquisadores. “Não há cura ou tratamento eficaz para a demência. Então, esse novo estudo fornece evidências reais de seu potencial impacto na prevenção ou desaceleração do desenvolvimento de demência entre populações de alto risco” disse Xu em entrevista para a revista Science Daily. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Saiba como tratar aftas de forma caseira e quando procurar o dentista 29 de julho de 2025 A afta é uma úlcera dolorosa que aparece na mucosa da boca, podendo atingir a parte interna das bochechas e lábios, a língua ou a garganta. Essa condição atinge pessoas de todas as idades e costuma durar de uma a duas semanas. É a lesão bucal mais comum, inclusive entre… Read More
Notícias Casos graves de dengue podem causar hepatite e insuficiência renal 15 de fevereiro de 2024 Após declarar situação de emergência em saúde pública por causa de uma explosão de casos de dengue, o governo do Distrito Federal alerta que casos graves da doença podem levar a quadros como hepatite e até mesmo insuficiência renal. De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a… Read More
Notícias Pesquisa acha molécula que dá benefícios do exercício físico ao corpo 16 de novembro de 2025 Muita gente tem o sonho de encontrar uma pílula mágica que permita ganhar os benefícios de fazer exercícios ao organismo sem precisar passar pelo esforço. Um estudo feito por pesquisadores chineses mostra que talvez estejamos mais perto disso do que você pode imaginar. Um estudo publicado na edição de setembro… Read More