Tanto falta quanto excesso de carboidratos na dieta elevam mortalidade Ouvir 3 de outubro de 2023 Tanto o excesso quanto a falta de carboidratos afetam a expectativa de vida. Sabe-se que os dois extremos estão relacionados a maior taxa de mortalidade e prejuízos a longo prazo, mas ainda há poucos estudos sobre o tema. Agora, o dado acaba de ser reforçado por um novo estudo, publicado no The Journal of Nutrition, feito por cientistas japoneses da Universidade de Nagoya. Após avaliarem mais de 80 mil voluntários ao longo de quase nove anos, os autores observaram que, de modo geral, o risco de morte por doenças cardiovasculares foi maior entre aqueles que consumiam uma quantidade moderadamente baixa de carboidratos, correspondente a 40% a 50% do total energético diário. Leia também Saúde Proteína demais pode ser prejudicial e atrapalhar hipertrofia. Entenda Claudia Meireles Vilões? Entenda os benefícios de manter os carboidratos na dieta Vida & Estilo Coma sem culpa carboidrato aliado à saúde e que ajuda na perda de peso Saúde OMS atualiza recomendações sobre consumo de gorduras e carboidratos Além disso, constatou-se que homens com ingestão inferior a 40% e mulheres que consumiam em excesso, acima de 65% do total energético ingerido, também apresentaram uma taxa de mortalidade mais elevada, abrangendo principalmente doenças cardiovasculares e câncer. Não houve diferença significativa quanto ao tipo de carboidrato preferido. Os pacientes acompanhados tinham idades compreendidas entre 35 e 69 anos, com uma média de idade de 55 anos. Durante esse período, eles preencheram questionários detalhados sobre a sua alimentação, fornecendo dados tanto sobre o consumo de carboidratos refinados quanto integrais, gorduras saturadas e insaturadas, além de informações sobre estilo de vida, ingestão de álcool, consumo de tabaco e frequência que praticam atividade física. “Dietas ricas em carboidratos muitas vezes incluem carboidratos refinados, como arroz branco e pão branco, e esses alimentos costumam refletir hábitos alimentares de baixa qualidade, o que pode levar a uma carga glicêmica cronicamente alta, resultando em consequências metabólicas negativas associadas ao risco de mortalidade”, explica a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein. A alta glicose em circulação aumenta a possibilidade de problemas como a resistência à insulina e predisposição ao diabetes. Dietas restritivas têm riscos Por outro lado, a restrição excessiva desse nutriente pode envolver uma redução significativa no consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, e, ao mesmo tempo, um aumento de proteínas e gorduras de origem animal. “Isso pode estimular vias inflamatórias, acelerar o processo de envelhecimento biológico e aumentar o estresse oxidativo”, continua a especialista. Portanto, os autores advertem que dietas altamente restritivas, voltadas para a perda de peso, podem não ser a estratégia mais saudável. De acordo com eles, o ideal seria adotar uma alimentação balanceada que assegure uma ingestão energética adequada proveniente de diversas fontes. No que diz respeito aos carboidratos, a proporção recomendada seria de 40% a 70% da ingestão calórica total. Segundo a nova diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicada em julho, a ingestão desse nutriente deve priorizar grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas como feijão e lentilha. Para orientar a quantidade adequada, o Guia Alimentar para a População Brasileira, documento do Ministério da Saúde, recomenda consumir diariamente seis porções do grupo que inclui cereais, tubérculos e raízes (como batata, mandioca e cenoura), três porções de frutas, três porções de legumes e verduras e uma porção de feijão ou outros grãos como grão de bico e lentilha. Fonte: Agência Einstein Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Tiktoker descobre distúrbio cerebral após ser alertada por seguidores 11 de abril de 2024 A influenciadora Nicole Lamoureux, 51, compartilha conteúdos sobre gestão empresarial em seu TikTok e foi avisada por seus seguidores de que deveria buscar ajuda médica. Ela acreditava que uma alergia estava fazendo com que seu olho inchasse, mas descobriu que eram os primeiros sinais de um problema em seu cérebro… Read More
Atualizar a caderneta de vacinação pode evitar novos surtos. Entenda 22 de fevereiro de 2024 O início do ano costuma ser o período preferido das pessoas para colocar as consultas e os exames em dia. Os médicos alertam que, além de visitas recorrentes aos especialistas, é preciso um cuidado extra com a família: checar se as cadernetas de vacinação de todos também estão atualizadas. A… Read More
Notícias Sem polêmica: ovos são seguros até para pessoas com colesterol alto 30 de março de 2024 Por muitos anos, a ciência discute sobre o ovo. Por ter colesterol na gema, o alimento popular foi desaconselhado para pessoas com risco de desenvolver doenças cardiovasculares, ou que tinham colesterol alto. Porém, um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, comprovou que o ovo… Read More