Esclerodermia: o que é, causas, sintomas e tratamento Ouvir 9 de novembro de 2023 A esclerodermia é uma doença autoimune rara, que causa uma série de sintomas, tanto na pele quanto em órgãos internos. E justamente por ser um problema de saúde raro, pode ser difícil encontrar informações confiáveis sobre o seu tratamento, prognóstico e sintomas. Além disso, esse distúrbio de saúde, uma vez diagnosticado, precisa ser acompanhado com atenção por especialistas na área, e deve ser tratado o mais rapidamente possível. Então, no artigo a seguir vamos conhecer melhor a esclerodermia, bem como seus sintomas e formas de tratamento. Veja também: Doenças autoimunes – O que são, tipos, sintomas e tratamentos O que é a esclerodermia? De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a esclerodermia é uma doença que leva ao endurecimento, ou fibrose, da pele, dos vasos sanguíneos e de partes de órgãos internos. Ela pode ser dividida em dois tipos: Esclerose sistêmica, quando o problema atinge várias partes do corpo, incluindo os órgãos internos. Ela atinge normalmente pessoas com mais de 40 anos, em especial mulheres. Esclerose localizada, que atinge mais crianças, e causa lesões em regiões limitadas da pele, sem causar problemas em órgãos internos. Além disso, a doença está associada ao surgimento de anticorpos que danificam o próprio corpo, chamados de autoanticorpos. Principais sintomas da esclerodermia A esclerodermia é uma doença autoimune rara que provoca sintomas dermatológicos e até sistêmicos Podemos dividir os sintomas da esclerodermia em dois tipos: dermatológicos, que atingem somente a pele, e sistêmicos, que surgem quando a doença afeta órgãos internos. 1. Sintomas dermatológicos Os sintomas da esclerodermia que atingem a pele podem ocorrer em regiões mais limitadas, ou por todo o corpo. São eles: Endurecimento e engrossamento de áreas da pele, que podem ser pequenas ou maiores Inchaço na região afetada Mudanças na sensibilidade da pele endurecida, incluindo a sensação de picadas e formigamento Surgimento de manchas roxas pequenas, atingindo principalmente as mãos e o rosto Além disso, pessoas com esclerodermia podem apresentar o chamado “Fenômeno de Raynaud”, causado pela contração dos vasos sanguíneos dos dedos das mãos e dos pés, normalmente em resposta ao frio. Nesses casos, a pele dos dedos podem ficar branca, avermelhada e roxa, e a pessoa pode sentir dor e formigamento no local. 2. Sintomas sistêmicos Por sua vez, os sintomas sistêmicos da esclerodermia podem variar bastante, dependendo dos órgãos atingidos: Problemas digestivos, como azia, constipação intestinal, incontinência fecal e dor Falta de ar Dificuldade para realizar exercícios Tontura Hipertensão pulmonar, que é o aumento da pressão nas artérias dos pulmões Inchaço nas pernas e nos pés Arritmias cardíacas, ou seja, mudanças na frequência dos batimentos do coração No entanto, a gravidade desses sintomas vai depender também da gravidade do distúrbio. Causas da esclerodermia Não existe uma causa específica para a esclerodermia, seja ela do tipo localizado ou sistêmico. No entanto, o que se sabe é que a doença não é contagiosa e nem hereditária. Ou seja, uma pessoa com este problema não irá passar para seus filhos. Mas, apesar de não existir uma causa conhecida para este distúrbio, médicos já identificaram que o início dos sintomas normalmente é desencadeado por certos fatores, como: Exposição a temperatura baixa Estresse intenso Exposição a produtos químicos e a toxinas Infecção por vírus e bactérias Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico da esclerodermia pode ser algo complicado, já que muitos dos sintomas iniciais são inespecíficos, ocorrendo também em outros problemas de saúde. Porém, inicialmente, o médico irá avaliar o quadro clínico e os sintomas, e a partir daí, solicitar os exames necessários. Esses exames podem incluir a pesquisa de anticorpos específicos da doença e exames de imagem, quando há suspeita de fibrose em algum órgão ou articulação. Tipos de tratamento Até o momento, não existe cura para a esclerodermia. Porém, existem vários tratamentos para controlar a progressão da doença e aliviar os seus sintomas. Alguns exemplos são: Medicamentos para controlar o funcionamento do sistema imune, como azatioprina, micofenolato de mofetil e ciclofosfamida Corticoides, para tratar a inflamação que pode ocorrer em alguns órgãos Bosentana e sildenafila, para tratar a hipertensão pulmonar Omeprazol e outros medicamentos para diminuir a produção de ácido pelo estômago Cremes contendo corticoides e imunossupressores, para tratar as lesões na pele Fisioterapia e terapia ocupacional, com o objetivo de melhorar a mobilidade e prevenir a perda de massa muscular Além disso, outros medicamentos também podem ser usados, dependendo do órgão afetado. Por fim, caso a pessoa apresente o Fenômeno de Raynaud, é importante que ela proteja as mãos e pés do frio, para assim evitar a diminuição do fluxo de sangue para os dedos. Fontes e referências adicionais Esclerodermia, Sociedade Brasileira de Reumatologia Mycophenolate Mofetil versus Oral Cyclophosphamide in Scleroderma-related Interstitial Lung Disease: Scleroderma Lung Study II (SLS-II), a double-blind, parallel group, randomised controlled trial, The Lancet Recomendações sobre diagnóstico e tratamento da esclerose sistêmica, Revista Brasileira de Reumatologia Você já conhecia a esclerodermia? Conhece alguém que sofre com este problema? Comente abaixo! Note: There is a rating embedded within this post, please visit this post to rate it. Beleza
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