Cientistas criam software para prever quando órgãos humanos vão falhar Ouvir 8 de dezembro de 2023 À medida que envelhecemos, é natural que partes do nosso corpo comecem a apresentar problemas, assim como as peças de um carro velho. Mas, imagine se pudéssemos adivinhar qual dos órgãos vai começar a falhar primeiro. Pesquisadores da Stanford Medicine encontraram uma maneira de identificar quando os órgãos estão envelhecendo num ritmo mais rápido e, provavelmente, apresentarão maior risco de doenças. Programa prevê envelhecimento dos órgãos A equipe de pesquisa utilizou uma tecnologia disponível comercialmente e um programa de computador criado em laboratório. Com o aparelho, analisaram o sangue de pessoas saudáveis para verificar os níveis de milhares de proteínas. Primeiro, ligaram níveis anormais dessas proteínas a sinais de que um órgão estava envelhecendo mais rápido e ficando mais suscetível a doenças. Em seguida, treinaram um software para adivinhar a idade das pessoas com base nessas proteínas. Foram analisadas amostras de sangue de quase 1.400 pessoas saudáveis, de idades variadas, e os cientistas identificaram 858 proteínas específicas ligadas aos órgãos. A precisão do programa foi testada com dados de cerca de 4 mil pessoas representativas da população dos Estados Unidos. Leia mais: Tecnologia poderá simular funções de órgãos humanos no futuro; entenda Google lança IA generativa para ajudar médicos; veja como funciona Implante ajuda a monitorar rejeição de órgãos transplantados Diferença entre idade biológica e cronológica dos órgãos A idade cronológica de um órgão é o número real de anos que se passaram desde o nascimento de uma pessoa. Já a idade biológica está relacionada a biomarcadores – medidas que podem ser usadas para avaliar estados biológicos ou processos no organismo. O estudo forneceu idades distintas para cada um dos 11 órgãos analisados, sistemas orgânicos ou tecidos principais do corpo humano. Envelhecimento dos órgãos O estudo comparou as idades – cronológicas e biológicas – dos órgãos entre indivíduos saudáveis. Descobriu que 18,4% das pessoas com 50 anos ou mais tinham pelo menos um órgão envelhecendo rapidamente. Esse grupo tem maior risco de desenvolver doenças nos órgãos envelhecidos dentro de 15 anos. Apenas cerca de uma em cada 60 pessoas apresentaram dois órgãos envelhecendo rapidamente. Elas têm 6,5 vezes mais risco de mortalidade quando comparadas com pessoas com órgãos de idade normal. Dez dos 11 órgãos analisados apresentaram maior risco de falhas associadas à idade avançada. Ter um órgão com envelhecimento acelerado aumenta o risco de mortalidade de 15% a 50% nos próximos 15 anos, dependendo do órgão afetado. Imagem: mi_viri/Shuttersotck Impactos do envelhecimento nos órgãos Pessoas com corações mais “velhos” do que deveriam ter tem 2,5 vezes mais chances de desenvolver insuficiência cardíaca. Os cérebros com idade mais avançada têm 1,8 vezes mais probabilidade de apresentar declínio cognitivo ao longo de cinco anos. O envelhecimento acelerado dos rins está associado a condições como hipertensão (pressão alta) e diabetes. Tratamento antecipado O autor principal do estudo, Tony Wyss-Coray, explicou ao Medical Xpress que se a descoberta puder ser escalonada, pode apoiar tratamentos antecipados: Se conseguirmos reproduzir esta descoberta em 50.000 ou 100.000 indivíduos, isso significará que, monitorizando a saúde de órgãos individuais em pessoas aparentemente saudáveis, poderemos ser capazes de encontrar órgãos que sofrem um envelhecimento acelerado nas pessoas e poderemos ser capazes de tratar as pessoas antes que fiquem doentes. O post Cientistas criam software para prever quando órgãos humanos vão falhar apareceu primeiro em Olhar Digital. Notícias
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