Brasil volta à lista de países com mais crianças sem vacina Ouvir 15 de julho de 2025 O Brasil retornou à lista dos 20 países com maior número de crianças não vacinadas, segundo levantamento divulgado nessa segunda-feira (14/07) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas sobre a Infância (Unicef). O dado considera o número de crianças que não receberam a primeira dose da vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Em 2024, esse total chegou a 229 mil crianças “zero dose” — o equivalente a 16,8% de toda a população desta faixa etária não vacinada na América Latina e no Caribe. Com isso, o Brasil ocupa agora a 17ª posição no ranking mundial, em situação pior que países como Mianmar, Costa do Marfim e Camarões. Na América Latina, apenas o México tem mais crianças nesta situação, com 341 mil. No topo da lista, nove países concentraram mais da metade das crianças não vacinadas do mundo: Nigéria, Índia, Sudão, República Democrática do Congo, Etiópia, Indonésia, Iêmen, Afeganistão e Angola. Leia também Saúde “Vacinação infantil tem leve aumento, mas está em ameaça”, diz OMS Saúde Vacinação infantil: confira 3 mitos e verdades sobre a vacina BCG Saúde Vacinação pode prevenir a perda auditiva infantil, alerta pesquisa Saúde Meningite: mudança na vacinação passa a valer a partir de hoje (1º/7) Apesar desse aumento, a cobertura geral da primeira dose da DTP tem apresentado sinais de recuperação no Brasil. Entre 2000 e 2012, o país alcançou taxas próximas de 99%. A partir de 2019, contudo, a cobertura caiu drasticamente para 70%. Durante a pandemia de Covid-19, em 2021, chegou a 68%, mas subiu novamente para 91% em 2024. Gráfico OMS vacinação DTP no Brasil Segundo o Unicef e a OMS, as principais causas para que tantas crianças permaneçam sem vacinação incluem dificuldade de acesso aos serviços de saúde, interrupções no fornecimento, conflitos, instabilidade e desinformação sobre vacinas. Cortes severos na ajuda internacional também estão ampliando as lacunas na cobertura vacinal, colocando milhões de crianças em risco, diz o relatório. Mundo soma 14 milhões sem vacina Em escala global, a OMS e o Unicef estimam que 14,3 milhões de crianças continuam totalmente sem vacinação, enquanto outras 20 milhões receberam apenas uma das três doses recomendadas da vacina DTP. Por outro lado, um milhão de crianças a mais completou o esquema da tríplice viral em relação a 2023. “É animador ver um aumento contínuo no número de crianças vacinadas, embora ainda tenhamos muito trabalho pela frente. Cortes drásticos na ajuda internacional, somados à desinformação sobre a segurança das vacinas, ameaçam desfazer décadas de progresso”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Embora os avanços sejam modestos, eles representam um progresso contínuo dos países que buscam proteger as crianças, mesmo diante de desafios crescentes”, afirmam as organizações. Na Europa e na Ásia Central, as taxas médias de vacinação infantil estagnaram ou caíram 1%. Na Europa, os casos de coqueluche triplicaram, chegando a quase 300 mil em 2024, enquanto as infecções por sarampo dobraram, ultrapassando 125 mil casos. Já os Estados Unidos vivem seu pior ano de registros de sarampo, 25 anos após ter sido declarado livre da doença. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 1.288 casos de sarampo foram registrados em 2025 no país. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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