Butantan desenvolverá vacina contra raiva com nova tecnologia de RNA Ouvir 3 de dezembro de 2025 O Instituto Butantan anunciou, nesta quarta-feira (3/12), um acordo para desenvolver uma vacina contra a raiva para ser usada em humanos. O imunizante apresenta nova tecnologia mais potente e de menor custo e será desenvolvido em parceria com a Replicate Bioscience, empresa norte-americana de tecnologia de saúde. A replicate criou uma plataforma de RNA autorreplicante (srRNA) para vacinas e terapias voltadas a doenças infecciosas e imunologia. O avanço significa ampliar a ativação imunológica para aumentar a produção de antígenos. Leia também Distrito Federal Vacinação de pets contra raiva começa em todo DF neste sábado (11/10) Brasil Homem é atacado por sagui na mesma cidade onde mulher contraiu raiva Mundo China comemora parceria com Butantan em vacina contra a dengue Brasil Anvisa aprova vacina do Butantan de dose única contra a dengue Nova tecnologia de RNA O RNA autorreplicante (srRNA) é uma tecnologia de vacina diferente daquela utilizada em larga escala durante a pandemia da Covid-19. Os imunizantes da Pfizer-BioNTech e Moderna usavam a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) convencional. A tecnonoliga de mRA fornece instruções genéticas para que as células do corpo produzam proteínas semelhantes as do vírus para desencadear uma resposta imunológica. Já a vacina de srRNA vai um passo à frente: além de carregar as instruções para a produção de proteínas, ela também contém genes que permitem que a própria molécula de RNA se replique dentro da célula hospedeira. Isso faz com que o RNA que se perdia pouco após a imunização continue atuando no organismo, exigindo uma dose muito menor do material genético para alcançar a mesma resposta imunológica forte. A Replicate Bioscience está entre as poucas empresas que dominam o processo delas de forma completa. Com o acordo, o Butantan será responsável por comercializar a vacina em toda a América Latina Teste contra raiva em humanos A raiva é uma doença viral aguda e grave que atinge o sistema nervoso central. Ela é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, nome que faz alusão à Lyssa, deusa grega da loucura. A vacinação anual de cães e gatos é feita para a prevenção da doença, o que consequentemente previne também a raiva humana. No entanto, quando alguém é atacado por um animal selvagem ou desconhecido, deve-se aplicar a vacina para as formas humanas. No estudo clínico de fase 1 conduzido pela Replicate, o imunizante em testes, RBI-4000, demonstrou ótima capacidade de criar anticorpos contra a raiva e produção duradoura em baixas doses de anticorpos. Os efeitos colaterais observados tiveram intensidade leve ou moderada. O Butantan financiará o desenvolvimento do RBI-4000 para uso pós-exposição e pré-exposição. O instituto terá direitos comerciais no Brasil e América Latina. A Replicate receberá royalties sobre vendas nessas regiões. “É uma honra colaborar com o Instituto Butantan, líder global na luta contra doenças infecciosas mortais. Consideramos essa oportunidade empolgante para avançar clinicamente com a vacina antirrábica de srRNA da Replicate em parceria com o Butantan e expandir nossas estruturas científicas, operacionais e de produção que podem ser aplicadas a outras doenças”, diz o CEO da Replicate, Nathaniel Wang. Cooperação para criar as vacinas O acordo possibilita ao Butantan incorporar tecnologia avançada à carteira de projetos. A iniciativa fortalece a capacidade do instituto de gerar vacinas de alta complexidade. A colaboração também amplia oportunidades de pesquisa em novas áreas. O Butantan conduzirá ensaios clínicos de registro da vacina antirrábica. Caso o produto avance com sucesso, o instituto comercializará o imunizante no Brasil e América Latina. A atuação local deve reforçar programas de saúde pública. A Replicate transferirá o processo de fabricação para unidade de mRNA do Butantan. A empresa manterá responsabilidade por mercados fora da América Latina. O arranjo distribui funções e otimiza produção e logística. “É uma parceria que pode trazer grandes benefícios para a saúde pública. Tecnologia de ponta, inovação e ciência para o enfrentamento da raiva. Estamos muito entusiasmados com a parceria que reforça o papel estratégico do Instituto Butantan como polo de inovação e ciência”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás. Sintomas da raiva A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também por arranhões e/ou lambidas desses animais. Os sintomas podem incluir: Mal-estar geral; Anorexia; Náuseas; Entorpecimento; Inquietude; Pequeno aumento de temperatura; Dor de cabeça; Dor de garganta; Irritabilidade; Sensação de angústia. As complicações da doenças incluem febre, delírios, convulsões e espasmos musculares involuntários generalizados. A última pode evoluir para quadro de paralisia, o que leva a alterações cardiorrespiratórias. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
As 3 melhores dicas para correr 5km em 20 minutos 26 de outubro de 2024 A corrida impacta positivamente a saúde, fortalecendo e tonificando os músculos, prevenindo doenças cardiovasculares e colaborando para a manutenção do peso. A corrida também é reconhecida por desafiar constantemente o atleta amador e profissional. A busca pela evolução do pace ou por vencer longas distâncias se torna um incentivo para… Read More
Ministério da Saúde: 5 estados podem zerar fila de cirurgias no SUS 2 de janeiro de 2024 Tocantins, Sergipe, Piauí, Paraíba e Mato Grosso do Sul podem zerar suas filas de cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme previsão do próprio Ministério da Saúde. Balanço divulgado pela pasta mostra que, até outubro de 2023, 250 mil cirurgias foram realizadas no país – mais de 70% da… Read More
Notícias Saiba quais são as causas da língua branca e como resolver 13 de fevereiro de 2025 A língua esbranquiçada é um sinal que pode estar relacionado a alguns problemas, entre eles, a saburra lingual. A condição é resultado do acúmulo de resíduos e bactérias na superfície do órgão quando ele não é higienizado de forma adequada. A odontologista Fabiana Cavallini Magalhães, da Clínica Omint Odonto e… Read More