Uma investigação publicada no Journal of the American Heart Association analisou o impacto 8 hábitos de vida para a saúde cardíaca e a longevidade.
De acordo com a pesquisa, divulgada em maio de 2024, a adoção dos 8 hábitos diminui o risco de mortes prematuras em quase 40%. A lista dos 8 hábitos de saúde foi criada nos Estados Unidos pelos médicos da Associação Americana do Coração, e é chamada de Life´s Essential 8.
Pesquisa avaliou impacto dos hábitos no risco de morte
Os pesquisadores analisaram dados de 3.693 pessoas, que foram recolhidos no Framingham Heart Study, um levantamento que investiga envelhecimento e saúde cardíaca entre a população norte-americana há 75 anos.
Para a pesquisa em questão, os participantes foram divididos em grupos que receberam notas de 0 a 100 em relação aos suas hábitos de saúde. A medida que os voluntários atingiam pontuações maiores na escala dos 8 hábitos de vida, os riscos de morte diminuíam e até características genéticas que poderiam prejudicá-los eram neutralizadas.
Para cada aumento de 13 pontos na escala de hábitos, houve uma redução de 36% nas mortes por doença cardiovascular e 29% nas mortes em geral.
Veja a lista dos 8 melhores hábitos de vida, de acordo com os cientistas:
1 – Coma melhor: tente integrar o máximo de frutas e vegetais, proteínas magras, nozes e sementes à dieta;
2- Mantenha-se ativo: pratique ao menos 150 minutos de atividade física moderada por semana;
3 – Não fume: não experimente cigarro e se já o tiver feito, procure ajuda para deixá-lo;
4 – Tenha bons hábitos de sono: durma de 7 a 9 horas de sono todas as noites;
5 – Controle o seu peso: mantenha um índice de massa corporal (IMC) entre 18,5 e 25. Para calcular o IMC, divida o peso pelo quadrado da altura;
6 – Regule o colesterol: faça exames de sangue periódicos para monitorar o seu colesterol não HDL, que acaba se acumulando nas artérias;
7 – Monitore sua pressão arterial: mantenha a pressão em, no máximo, 12 por 8. Se a pressão variar com frequência, é bom consultar um cardiologista;
8 – Vigie o açúcar no sangue: os exames de sangue devem monitorar também a hemoglobina A1c, que reflete o controle da glicose em pessoas com diabetes ou pré-diabetes.
A pesquisa mostrou que em todos os grupos populacionais a adoção dos hábitos saudáveis levou a uma maior expectativa de vida. As pessoas que tinham genética prejudicial, entretanto, tiveram resultados ainda mais expressivos: aqueles com histórico familiar que poderia levar a doenças cardíacas foram os mais beneficiados por uma vida saudável.
“Nosso estudo mostrou que pessoas com alta chance genética de envelhecer mais rápido e ter mais doenças podem modificar o risco com o qual nasceram”, afirma o cardiologista Jiantao Ma, autor principal do estudo.
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