Diabetes tipo 2: quais são os principais sintomas e como se manifestam Ouvir 26 de novembro de 2025 A diabetes tipo 2 é uma doença silenciosa, mas que costuma dar diversos sinais antes do diagnóstico — muitos deles confundidos com rotina cansativa, estresse ou pequenas indisposições do dia a dia. De acordo com o Ministério da Saúde, a condição surge quando o corpo se torna resistente à insulina ou quando o pâncreas passa a produzir menos desse hormônio, elevando os níveis de glicose no sangue de forma persistente. Embora seja comum, o problema pode avançar sem que a pessoa perceba, tornando essencial entender seus sintomas. O endocrinologista Fernando Valente reforça que o desafio começa justamente porque os sinais nem sempre são claros. “Os sintomas da diabetes são inespecíficos e muita gente só descobre a doença quando já está com complicações”, ensina. Essa falta de especificidade contribui para o atraso no diagnóstico, segundo o especialista. A endocrinologista Valdirene Jácomo, da Clínica Vivace, lembra que a diabetes tipo 2 é uma doença sistêmica, capaz de afetar diferentes partes do corpo. Por isso, os sintomas podem aparecer na visão, na pele, na circulação, no metabolismo e até na sensibilidade dos pés e das mãos. A seguir, confira os sinais mais comuns da diabetes tipo 2. Leia também Saúde Formato do bumbum pode indicar diabetes tipo 2, diz estudo Saúde Por que agora é indicado rastrear diabetes tipo 2 a partir dos 35? Saúde Diabetes tipo 2 na gestação aumenta risco de malformações congênitas Saúde Broto de brócolis ajuda a prevenir diabetes tipo 2, diz estudo Sede intensa e urina frequente Um dos primeiros sintomas percebidos é o aumento da sede e da vontade de urinar. Quando o açúcar no sangue está alto, os rins tentam eliminar o excesso, produzindo mais urina. Isso provoca desidratação e reforça ainda mais a sensação de sede. Segundo o Ministério da Saúde, esse ciclo é um dos principais indicadores da diabetes tipo 2, especialmente se ocorrer de forma contínua. Fome exagerada mesmo após comer Como a glicose não consegue entrar corretamente nas células, o corpo passa a interpretar que falta energia — mesmo quando a pessoa está se alimentando normalmente. O resultado é uma sensação de fome constante. Valente explica que essa oscilação de energia contribui para o cansaço e para mudanças de apetite. “O corpo tenta compensar o açúcar que não está sendo utilizado da forma correta”, conta. Cansaço e sensação de falta de energia A pouca eficiência na utilização da glicose também causa exaustão. Atividades simples parecem demandar mais esforço, e o corpo sente falta de energia. O cansaço persistente é comum em quem já está com níveis elevados de glicose sem perceber. Visão embaçada O aumento da glicose pode alterar o foco dos olhos temporariamente. Por isso, muitas pessoas associam o sintoma ao cansaço visual, quando na verdade pode ser um sinal precoce da diabetes. Valdirene reforça que alterações na visão não devem ser ignoradas. “A diabetes pode provocar mudanças nos vasos sanguíneos dos olhos desde cedo, mesmo antes do diagnóstico formal”, alerta a médica. Feridas que demoram a cicatrizar O açúcar elevado interfere na circulação e no sistema imunológico, dificultando a cicatrização. Cortes, arranhões e até pequenos machucados passam a demorar mais tempo para fechar. Essa lentidão é um indicativo de que o corpo não está conseguindo se recuperar como deveria. Infecções insistentes Infecções urinárias, candidíase, problemas de pele e inflamações recorrentes são comuns em pessoas com glicose elevada. Como o excesso de açúcar favorece a proliferação de microrganismos e reduz a resposta imune, episódios repetidos podem ser um sinal de alerta. Valdirene lembra que a doença afeta várias áreas do organismo, e isso acaba abrindo portas para infecções frequentes. Dormência, formigamento e sensação de “agulhadas” A persistência da glicose alta pode danificar nervos periféricos — especialmente nos pés e mãos — causando formigamento, dormência ou sensação de choques leves. Valente alerta que esse sintoma aparece quando a diabetes já está mais avançada: “A neuropatia pode surgir silenciosamente e evoluir sem dor no início”, ensina o endocrinologista. Mesmo com esses sinais, apenas exames confirmam o diagnóstico. O Ministério da Saúde recomenda avaliação com glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c) e, quando necessário, o teste de tolerância à glicose. Detectar cedo evita complicações como problemas renais, cardiovasculares, perda de visão e neuropatia — todas associadas à diabetes não controlada. A combinação de atenção aos sintomas, exames regulares e acompanhamento profissional permite identificar a diabetes tipo 2 antes que ela cause danos mais sérios. Saber reconhecer os sinais é, muitas vezes, o primeiro passo para um tratamento eficaz e prevenção. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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