Dor crônica: tratamentos avançam para melhorar vida do paciente Ouvir 22 de abril de 2024 Rio de Janeiro – A maioria das pessoas que trata doenças graves convive com dor crônica, seja a motivada pela doença ou pelo próprio tratamento ao qual o paciente é submetido. Entre pessoas com tumores avançados, por exemplo, 90% relatam dores constantes, de moderadas a intensas. A dor crônica é aquela que persiste no tempo e precisa ser controlada continuamente. Ela não necessariamente é mais intensa que a dor aguda, que pode ser extrema, mas é pontual. A ausência de um horizonte de superação, porém, é que torna a vida com dor crônica insuportável. Com os avanços nas terapias contra o câncer, cresceu a quantidade de pacientes sobreviventes que tiveram de passar por cirurgias complexas e que viverão por anos com dores constantes. Leia também Saúde Cannabis é futuro do tratamento da dor no câncer, dizem especialistas Celebridades Evaristo Costa vai a hospital por doença crônica: “Fortes dores” Saúde Levantamento mostra que mulheres têm mais dor crônica. Entenda Saúde Entenda o que é a dor crônica associada ao câncer, e como tratá-la A medicina tem investido em pesquisa sobre a dor, para entender formas de controlá-la e permitir que os pacientes não apenas sobrevivam, mas tenham qualidade de vida. “O foco muitas vezes é o tratamento padrão da dor antes de entender suas origens e poder controlá-la especificamente”, aponta a anestesiologista e especialista em dor Natalia Moreti, do Rio de Janeiro, uma das palestrantes do IX Congresso Internacional de Oncologia D’Or, que foi realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 13 de abril. “É muito comum que o paciente tenha doses padrão de morfina e que os médicos não queiram aumentar por insegurança no escalonamento, ao mesmo tempo que não encaminham os pacientes para especialistas em dor. Convencemos os pacientes de que a dor é normal, mas ela não é”, afrima Moreti. Terapias alternativas Para responder às dores crônicas, há uma série de possibilidades, tanto de remédios como de terapias alternativas. Entre as terapias alternativas: práticas espiritualizadas, yoga e meditação já foram estudadas e apontaram grande eficácia no controle da dor. “Implementar terapias não farmacológicas como a musicoterapia nos hospitais, permitir que o paciente durma quando está internado, fazer terapias de relaxamento e massagens localizadas, tudo isso ajuda o paciente a ter autonomia para manejar a própria dor”, enumera a anestesiologista e especialista em dor Julia Brum, do Rio de Janeiro. “Não é nossa missão criar a expectativa de dor zero, mas indicar que nem toda dor precisa gerar sofrimento. Quando fazemos exercício, por exemplo, sentimos dor e nos sentimos bem. Se sentir bem melhora drasticamente os níveis de tolerância”, completa Brum. Práticas como yoga e meditação ajudam pacientes a lidar com a dor crônica Remédios para lidar com a dor crônica Entre os tratamentos farmacológicos, até substâncias envolvidas tabu como a cannabis e a ketamina têm sido mais consideradas. O foco do tratamento da dor crônica, porém, segue sendo o uso de morfina e de outros opioides. Estas substâncias conseguem reduzir as dores de 19 a cada 20 pacientes, em alguns casos zerando totalmente as manifestações. Há, porém, uma série de problemas envolvidos no uso. Os pacientes e médicos, muitas vezes, resistem à prescrição. Os pacientes não querem ir para a morfina, a encaram como se fosse um fim de linha no tratamento. Os profissionais, por sua vez, têm medo do potencial de dependência e da perda de eficácia ao longo do tempo. A anestesiologista Marina Rondinelli, também do Rio de Janeiro, recomenda que os médicos não tenham medo de prescrever opioides e se disponham a aprender com eles. “Na verdade, por medo os médicos prescrevem opioides de doses baixas, como codeína ou tramal, que não ajudam os pacientes e acabam até prejudicando o tratamento. Seguindo as guias internacionais mais recentes, é possível prescrever morfina de forma muito controlada, com várias opções de alternativa, de desmame e que permitem que o paciente viva com qualidade”, conclui. *O repórter viajou a convite da Rede D’Or. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias “Bebês Ozempic”: remédios para perda de peso aumentam a fertilidade? 2 de abril de 2024 Mulheres têm contado nas redes sociais que engravidaram acidentalmente enquanto tomavam remédios que provocam a perda de peso, como o Ozempic, fabricado pela Novo Nordisk, e o Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly. Os relatos incluem desde pessoas que usavam pílula anticoncepcional quando descobriram a gravidez até as que tinham problemas… Read More
Notícias Vai viajar? Medicina do Viajante orienta formas de prevenir doenças 6 de dezembro de 2023 A Medicina do Viajante é uma subespecialidade médica relativamente nova, que busca reduzir e prevenir a circulação ou reintrodução de doenças entre os países. No Brasil, o atendimento especializado existe desde 1977. Nele, os viajantes recebem orientação individualizada para identificar formas eficazes de prevenção, principalmente por meio da imunização. Conheça… Read More
Compulsão sexual pode ser sinal para transtorno bipolar, diz estudo 18 de maio de 2024 A compulsão sexual, ou hipersexualidade, é um comportamento compulsivo e obsessivo que envolve a sexualidade, e pode afetar negativamente a saúde, trabalho e relacionamentos. Um novo estudo diz que o problema pode ser um sinal de alerta precoce de um problema de saúde mental, como o transtorno bipolar. A pesquisa, feita… Read More