Endocrinologista diz principais causas de diabetes e hábitos de risco Ouvir 28 de dezembro de 2025 A diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento do açúcar (glicose) no sangue. Isso acontece quando o corpo não produz insulina suficiente ou quando o hormônio não funciona corretamente, dificultando a entrada da glicose nas células, onde ela deveria ser usada como fonte de energia. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem mais de 13 milhões de pessoas com diabetes, o que representa cerca de 6,9% da população. A maioria dos casos está ligada à diabetes tipo 2, que pode ser prevenida ou controlada com mudanças no estilo de vida. Leia também Claudia Meireles Fruta ajuda a controlar a glicemia e a reduzir o risco de diabetes Saúde Endocrinologistas apontam hábitos que ajudam a evitar a diabetes Saúde Molécula intestinal pode reduzir risco de diabetes tipo 2, diz estudo Saúde Diabetes e festividades: saiba 6 dicas para curtir sem se descuidar Nem toda diabetes tem a mesma causa A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune. Nesse caso, o próprio sistema imunológico destrói as células do pâncreas que produzem insulina. Ela costuma surgir na infância ou adolescência e não está relacionada aos hábitos alimentares. Já a diabetes tipo 2, responsável por cerca de 90% dos diagnósticos, acontece quando o organismo passa a ter dificuldade para usar a insulina ou quando sua produção diminui ao longo do tempo. Ela está fortemente associada ao excesso de peso, sedentarismo, envelhecimento e histórico familiar. Existe ainda a pré-diabetes, quando a glicose já está acima do normal, mas ainda não atingiu o critério da doença. Sem mudanças de hábitos, a condição pode evoluir para diabetes tipo 2. Há também a diabetes gestacional, que surge durante a gravidez e exige acompanhamento médico. Açúcar é vilão, mas não é o único responsável Apesar da crença popular, a diabetes não é causada apenas pelo consumo de açúcar. A endocrinologista Marcela Rassi explica que a doença tem origem multifatorial. “O desenvolvimento da diabetes está geralmente relacionado ao consumo excessivo de açúcar, mas a realidade é que a diabetes é uma condição complexa, influenciada também pela genética, pelo estilo de vida e pela história de saúde da pessoa”, afirma. Segundo a especialista, na diabetes tipo 2, a alimentação rica em açúcar e produtos ultraprocessados contribui para o ganho de peso e para a resistência à insulina, mas não age sozinha. Já no tipo 1, o açúcar não é a causa. Saiba sinais que podem indicar que você tem diabetes Sensação de cansaço e irritabilidade. Visão turva. Sede excessiva. Fome frequente. Boca seca. Doença periodontal. Feridas que demoram para cicatrizar. Formigamento nos pés e mãos. Perda de peso. Coceira ao redor do pênis ou vagina, ou episódios recorrentes de candidíase. Vontade excessiva de urinar. Coceira na pele. Manchas escuras na pele. Infecções frequentes. Hábitos do dia a dia que elevam o açúcar no sangue Além da alimentação, alguns comportamentos comuns podem aumentar a glicemia e favorecer o surgimento ou a piora da diabetes. A nutricionista Gisela Lenci destaca que atitudes rotineiras têm impacto direto no controle do açúcar no sangue. Entre os principais hábitos de risco estão ficar muitas horas sem comer, dormir mal, viver sob estresse constante, praticar pouca atividade física e beber pouca água. Comer rápido ou em grandes quantidades também pode provocar picos de glicose. Segundo a nutricionista, esses fatores alteram a resposta do organismo à insulina e dificultam o controle da glicemia, especialmente em pessoas que já têm predisposição à doença. Principais causas da diabetes Predisposição genética: pessoas com casos de diabetes na família têm maior risco de desenvolver a doença, especialmente o tipo 2. Excesso de peso e obesidade: o acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal, favorece a resistência à insulina. Sedentarismo: a falta de atividade física reduz o uso da glicose pelos músculos, facilitando o aumento do açúcar no sangue. Alimentação inadequada: consumo frequente de ultraprocessados, bebidas açucaradas e excesso de calorias contribui para o ganho de peso e para alterações na glicemia. Resistência à insulina: condição em que o corpo até produz insulina, mas não consegue utilizá-la corretamente. Envelhecimento: o risco de diabetes tipo 2 aumenta com a idade, especialmente após os 45 anos. Alterações hormonais e metabólicas: casos como a diabetes gestacional ou distúrbios hormonais também podem levar ao aumento da glicose no sangue. Como reduzir o risco de diabetes Para prevenir a diabetes tipo 2 ou evitar complicações, o Ministério da Saúde recomenda manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente, controlar o peso e realizar exames periódicos. Essas medidas ajudam não apenas a controlar o açúcar no sangue, mas também a reduzir o risco de outras doenças crônicas, como problemas cardiovasculares. O diagnóstico precoce e a mudança de hábitos continuam sendo as principais armas contra o avanço da diabetes — uma doença comum, mas que pode ser controlada com informação e cuidado contínuo. Notícias
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