Entenda o tratamento de jovem com câncer provocado por vape aos 27 Ouvir 11 de agosto de 2025 Diagnosticada em novembro de 2024 com câncer de pulmão, após anos de uso excessivo de cigarros eletrônicos, a brasiliense Laura Beatriz Nascimento, de 27 anos, precisou retirar parte do órgão e fazer mudanças importantes no estilo de vida para se recuperar da doença. Assim que recebeu o diagnóstico, Laura passou por uma cirurgia para retirar metade do pulmão e linfonodos comprometidos. Exames constaram que o procedimento foi suficiente para retirar o tumor e a jovem não precisou passar por quimioterapia, mas os médicos alertaram que os cuidados com o órgão não acabariam por ali. Laura fez fisioterapia pulmonar entre fevereiro e junho deste ano para fortalecer a musculatura do órgão e passou a fazer exames a cada três meses para monitorar a saúde. Ela também tem realizado atividades físicas regularmente. A rotina inclui academia, corrida e aulas de natação para expandir a capacidade pulmonar. “A princípio está tudo certo. Por mais que eu tenha tirado metade do meu pulmão, ele tem se expandido devido aos exercícios que tenho realizado. Os médicos me disseram que a minha recuperação só depende de mim”, conta a jovem. Problemas de saúde relacionados ao uso prolongado de vape Doenças pulmonares crônicas: são comuns casos que incluem bronquite crônica e enfisema, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e fibrose pulmonar. Problemas cardiovasculares: o uso frequente causa aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, maior risco de infarto do miocárdio e AVC e danos nos vasos sanguíneos. Efeitos neurológicos: usar vape por muito tempo causa dependência à nicotina, aumento da ansiedade e da irritabilidade. Risco de câncer: a exposição a substâncias presentes no vape pode levar ao desenvolvimento de cânceres. Doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico (EVALI, em inglês): lesão pulmonar causada pelas substâncias contidas no vape e que pode deixar sequelas permanentes. Como é o tratamento para câncer no pulmão A cirurgia para remover parte do pulmão ou todo o órgão é o procedimento mais indicado para tratar um câncer inicial e passível de cura. Nesses casos também pode ocorrer a retirada de linfonodos próximos para prevenir metástase. Em alguns casos, dependendo do tipo e a extensão, radioterapias, quimioterapias ou imunoterapias também podem ser associadas. A reabilitação do câncer de pulmão é longa e multifacetada. Assim como no caso de Laura, o processo envolve fisioterapia respiratória e muscular. “A fisioterapia respiratória tem como objetivo recuperar os volumes pulmonares e capacidades pulmonares de trocas gasosas. Já a reabilitação muscular busca restaurar a força muscular da parede torácica, perdida principalmente após cirurgias e outros tratamentos”, explica a oncologista Gabrielle Scattolin, que atua em Brasília. 11 imagensFechar modal.1 de 11 O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 13% de todos os casos novos são nos órgãos Getty Images2 de 11 No fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo Getty Images3 de 11 O tabagismo é a principal causa. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco Getty Images4 de 11 A mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior Getty Images5 de 11 A exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão também favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer Getty Images6 de 11 Outros fatores de risco são: exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água potável contendo arsênico, altas doses de suplementos de betacaroteno em fumantes e ex-fumantes Getty Images7 de 11 Os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado. Porém, pessoas no estágio inicial da doença já podem apresentar tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia recorrente, cansaço extremo, rouquidão persistente, piora da falta de ar, diminuição do apetite e dificuldade em engolir Getty Images8 de 11 O diagnóstico do câncer no pulmão é feito com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados, o histórico de saúde familiar e o resultado de exames específicos, como a radiografia do tórax, tomografia computadorizada e biópsia do tecido pulmonar Getty Images9 de 11 Para aqueles com doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo Getty Images10 de 11 Em pacientes que apresentam metástases a distância, o tratamento é com quimioterapia ou, em casos selecionados, com medicação baseada em terapia-alvo Getty Images11 de 11 A cirurgia, quando possível, consiste na retirada do tumor com uma margem de segurança, além da remoção dos linfonodos próximos ao pulmão e localizados no mediastino. É o tratamento de escolha por proporcionar melhores resultados e controle da doença Getty Images Em situações de câncer avançado ou inoperável, radioterapias, quimioterapias ou imunoterapias, além de drogas de terapia-alvo, podem ser indicadas. “Os tratamentos do câncer de pulmão independem da sua causa. Se ele foi provocado por alteração genética, pelo uso de vape, pelo cigarro tradicional ou pelo tabagismo passivo, o tratamento vai ser definido pelo tamanho e estágio da lesão”, afirma a oncologista Patrícia Schorn, especialista em tumores respiratórios e coordenadora do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Importância do estilo de vida Além do tratamento com cirurgia e terapias, praticar atividades físicas com regularidade e ter uma rotina alimentar saudável são medidas primordiais para a recuperação do paciente com câncer de pulmão. “Uma pessoa que pratica exercícios se recupera mais facilmente de qualquer doença grave”, destaca Gabrielle. Segundo a médica, pessoas ativas fisicamente tendem a se recuperar mais rápido de cirurgias e tratamentos agressivos, além de reduzir efeitos colaterais da quimioterapia e das drogas-alvo. Estar ativo também melhora a capacidade física e a resposta imunológica durante a reabilitação. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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