Estudo: farinha de castanha-do-pará é 60% mais proteica que a de trigo Ouvir 2 de dezembro de 2025 Um estudo feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostra que a farinha feita a partir da castanha-do-pará pode ser até 60% mais proteica do que a tradicional farinha de trigo. Para os pesquisadores, o ingrediente tem potencial promissor para o mercado de produtos de origem vegetal. A farinha foi usada na fabricação de hambúrgueres, quibes e proteína texturizada para testes de qualidade e teve boa avaliação de sabor, textura e aparência. “A castanha-do-brasil é um símbolo da sociobiodiversidade amazônica e surge como alternativa nacional de alto valor agregado. Isso pode fortalecer cadeias produtivas amazônicas, gerando valor para pequenos produtores e indústrias regionais”, aponta a pesquisadora Ana Vânia Carvalho, da Embrapa. Leia também Saúde Estudo brasileiro reforça poder anti-inflamatório da castanha-do-pará Saúde Confira sintomas que mostram quando o corpo está com falta de proteína Saúde Proteína ativa limpeza cerebral e melhora memória em estudo com ratos Saúde Como o consumo excessivo de proteína pode prejudicar seu corpo Como a castanha-do-Pará é produzida A primeira etapa do trabalho foi entender a matéria-prima. A a castanha-do-pará, também conhecida como castanha-do-brasil, contém aproximadamente 15% de proteína bruta, 67% gorduras, 7% carboidratos e valor energético de 751 kcal a cada 100 g. Os processos de obtenção da farinha parcialmente desengordurada, do concentrado proteico e da proteína texturizada, utilizada como substituta de produtos de origem animal, foram desenvolvidos no Laboratório de Agroindústria da Embrapa Amazônia Oriental (PA). Segundo Ana Vânia, a remoção parcial do óleo da castanha — usado majoritariamente pela indústria cosmética — gera uma torta, que é a base para os novos ingredientes. A pesquisa também utilizou castanhas que não tinham padrão para comercialização in natura, como as quebradas ou em pedaços, aumentando o aproveitamento do alimento e reduzindo desperdícios. Após a extração do óleo, o teor de proteína da castanha, originalmente de 15%, saltou para 32,4% na farinha (aumento de 116%). A partir dessa farinha, os pesquisadores produziram também o concentrado proteico que obteve até 56% de proteína. Para comparação, enquanto 100 gramas de farinha de trigo integral contêm cerca de 13 gramas de proteína — um pouco mais que a farinha de trigo branca —, a mesma quantidade de farinha de castanha apresenta quase 33 gramas de proteína, valor 60% maior. O trabalho destaca que os novos ingredientes apresentam propriedades funcionais adequadas para aplicações alimentícias e elevados teores de aminoácidos, além de serem ricos em selênio, mineral abundante na castanha. Ana Vânia avalia que a busca por maior diversidade de fontes proteicas nacionais têm estimulado estudos voltados à exploração sustentável da biodiversidade brasileira. “Além de contribuir para o aproveitamento de recursos naturais e a geração de emprego e renda, essas iniciativas buscam novos ingredientes para a indústria alimentícia”, considera Ana Vânia. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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