Estudo revela segredos da longevidade de mulher que viveu 117 anos Ouvir 19 de março de 2025 Quando a catalã Maria Branyas faleceu em agosto de 2024, aos 117 anos e 168 dias, ela era oficialmente a pessoa viva mais velha do mundo. Agora, um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Leucemia Josep Carreras, na Espanha, traz respostas sobre os fatores que permitiram à Maria ultrapassar um século de vida. Os cientistas analisaram diversos aspectos da saúde da supercentenária, incluindo seus genes, proteínas, microbioma e metabolismo. Eles descobriram que Maria reunia muitos dos fatores associados à longevidade e ao envelhecimento saudável. Leia também Celebridades Mulher registrada como pessoa mais velha do mundo morre aos 117 anos Brasil Após morte de japonesa, brasileira se torna pessoa mais velha do mundo Brasil Segunda pessoa mais velha do mundo é brasileira e tem 116 anos. Veja Brasil Com 119 anos, sergipana pode ser a mulher mais velha do mundo Estilo de vida ativo e bons hábitos Maria tinha um estilo de vida ativo, tanto mental quanto socialmente, mantendo contato frequente com amigos e familiares. Além disso, a alimentação da idosa era baseada na dieta mediterrânea, associada à maior expectativa de vida. Entre seus hábitos alimentares, um chamou atenção: o consumo regular de iogurte. Os pesquisadores acreditam que essa escolha ajudou a manter um microbioma intestinal saudável. “Os microrganismos são essenciais para determinar não apenas a composição metabólica do nosso corpo, mas também a inflamação, a permeabilidade intestinal, a cognição e a saúde óssea e muscular”, escreveram os pesquisadores no artigo científico. 4 imagens Fechar modal. 1 de 4 Maria Branyas viveu até os 117 anos @MariaBranyas112/Reprodução/Twitter 2 de 4 Maria Branyas passou os últimos anos de vida em um asilo @MariaBranyas112/Reprodução/Twitter 3 de 4 Cliques de María Branyas quando jovem 4 de 4 Quando viva, a centenária compartilhou os segredos da longevidade @MariaBranyas112/Reprodução/Twitter Genética e boa saúde Outro fator importante foi a genética. Maria possuía variações em seu DNA associadas a um sistema imunológico mais forte, menor risco de doenças cardíacas e menor propensão ao câncer. Os cientistas também analisaram a metilação do DNA, mecanismo que reflete o impacto do ambiente no organismo e pode indicar a idade biológica de uma pessoa. “Notavelmente, todos os algoritmos distintos de idade baseados na metilação do DNA produziram o mesmo resultado”, afirmaram os pesquisadores. “Nossa supercentenária exibia uma idade biológica muito mais jovem do que sua idade cronológica real e isso ocorreu nos três diferentes tecidos analisados.” Além disso, Maria apresentava um metabolismo eficiente, com níveis mais baixos de colesterol “ruim” e mais altos de colesterol “bom”, além de baixos índices de inflamação, fator que pode proteger contra diversas doenças. Apesar dos fatores biológicos e genéticos, Maria atribuía sua longevidade a uma “vida organizada e ambientes agradáveis”. Os pesquisadores destacam que, embora poucas pessoas cheguem aos 117 anos, compreender os mecanismos que favoreceram a saúde pode ajudar a melhorar a qualidade de vida na velhice. “O quadro que emerge do nosso estudo mostra que idade extremamente avançada e problemas de saúde não estão intrinsecamente ligados e que ambos os processos podem ser distinguidos e dissecados no nível molecular”, concluíram os cientistas. A pesquisa foi publicada em versão de pre-print na plataforma BioRxiv, em 25 de fevereiro. Ela ainda precisa passar pela revisão de outros especialistas. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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