A frequência cardíaca ideal para queimar gordura varia de pessoa para pessoa. Ou seja, a “zona de queima de gordura” que você vê indicada nos aparelhos da academia pode ser uma peça de ficção. Pelo menos, é o que sugere uma pesquisa da Escola de Medicina Icahn, afiliada aos hospitais Monte Sinai, dos Estados Unidos.
O estudo foi publicado em 14 de julho deste ano, na revista Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Disease e usou uma metodologia de aprendizado de máquina para chegar aos resultados.
“Há muitas pessoas que desejam perder peso ou gordura e se exercitam na intensidade que resulta na máxima queima de gordura. A maioria das máquinas de academia oferece uma ‘zona de queima de gordura’ com base na idade, sexo e frequência cardíaca”, afirma Hannah Kittrell, a autora principal do estudo, em entrevista ao site Eureka Alert. “Entretanto, essa ‘zona de queima de gordura’ não possui validação científica, o que significa que as pessoas podem estar se exercitando em intensidades que não são ideais para seus objetivos de perda de peso personalizados”, alerta a autora.
Os pesquisadores sugerem a realização de testes clínicos de exercício para que se estabeleça a frequência ideal cardíaca personalizada, os testes avaliam como o corpo da pessoa reage ao exercício físico, recrutando energia da glicose sanguínea, dos estoques de gordura e dos músculos.

Uma das principais queixas do ser humano, a gordura abdominal pode ser um grande fator de risco para diabetes e problemas no coração. Apesar de parecer algo difícil de resolver, com pequenas mudanças de hábito, a situação melhora e, de quebra, ainda ajuda a aumentar a saúde e a expectativa de vida
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Realizar exercícios físicos, por exemplo, é um dos segredos para diminuir a quantidade de gordura na barriga e evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para viver e envelhecer melhor
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Exercícios de alta intensidade e cardio ajudam a queimar as gorduras indesejadas no abdômen e melhoram o condicionamento físico. De acordo com estudo publicado na revista científica PLOS One, um minuto de exercícios intensos traz mudanças respiratórias e metabólicas equivalentes a fazer uma hora de atividade de baixa intensidade
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Evitar o consumo de álcool também pode fazer toda a diferença para quem deseja perder aquela barriguinha. Segundo especialistas, o indicado é ingerir álcool de forma controlada, já que o exagero é um dos fatores causadores do acúmulo de gordura visceral
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Não é de hoje a afirmação que dormir bem é essencial para o emagrecimento. Desta vez, no entanto, a afirmativa foi publicada na revista médica JAMA Network. No estudo, cientistas alegam que melhorar a duração adequada do sono pode reduzir o peso e evitar problemas relacionados ao sobrepeso
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Beber mais água é uma boa estratégia para ajudar quem está querendo diminuir a circunferência da barriga. E não apenas porque a água não tem calorias e ajuda a manter o estômago cheio, mas também porque ela colabora para o funcionamento do metabolismo e o processo de queima de calorias
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Quem deseja perder gordura abdominal também deve diminuir o consumo de açúcar, pois quando ingerido em excesso, vira gordura armazenada na região. Manter uma alimentação balanceada, portanto, é importante para acelerar o metabolismo e favorecer a queima de gordura acumulada no órgão
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Alimentar-se com fibras também é importante para queimar a gordura na região da barriga. Isso porque uma dieta rica em fibras ajuda o intestino a funcionar melhor, diminuindo, dessa forma, o inchaço na região
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De acordo com especialistas, o controle do estresse é outro ponto de muita importância para a perda da gordura corporal. Isso porque o estresse pode ser um gatilho para a compulsão alimentar, além de atrapalhar o sono. Atividades como caminhadas, meditação, esportivas ou leituras podem ajudar no controle do problema
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Comparação de frequência cardíaca
Para chegar aos resultados, os pesquisadores compararam a frequência cardíaca dos voluntários em FATmax (parâmetro individual em que a queima de gordura é máxima) com a frequência cardíaca máxima da “zona de queima de gordura” parametrizada.
Em um grupo de 26 participantes, com 11 mulheres e 17 homens, a pesquisa revelou uma correlação fraca entre as duas medidas, com uma diferença média de 23 batimentos por minuto, o que sugere que as recomendações genéricas para a “zona de queima de gordura” não são precisas para todos.
Os pesquisadores planejam agora investigar se a prescrição de exercícios personalizados resulta em maior perda de peso e gordura, além de melhorias nos marcadores metabólicos de saúde associados a condições como diabetes tipo 2, obesidade e doenças cardíacas.
“Esperamos que este estudo inspire mais pessoas e instrutores a considerar testes clínicos de exercício para criar programas de exercícios personalizados, focados na perda de gordura. Também ressalta a importância das abordagens baseadas em dados na busca pela precisão no exercício”, destacou Girish Nadkarni, participante do estudo.
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