Febre oropouche: quem está no grupo de risco da nova doença? Ouvir 9 de agosto de 2024 O alerta da comunidade científica em torno da febre oropouche segue em escalada após as primeiras mortes pela doença no mundo terem sido registradas no Brasil. Apenas nos seis primeiros meses deste ano, já foram anotados 7,5 mil casos da doença, número sete vezes maior do que o total de infecções de 2023. Endêmica na região da Amazônia, a febre oropouche está se espalhando por outros estados. Amazonas e Rondônia registram a maior parte dos diagnósticos, mas Bahia e o Espírito Santo também estão vivendo surtos. Leia também São Paulo Febre do oropouche no país cresce 200 vezes em relação à última década Saúde OMS alerta para riscos da febre oropouche. Saiba sintomas da doença Saúde Pacientes que morreram de Oropouche na Bahia tiveram febre hemorrágica Brasil Ministério da Saúde confirma primeiro óbito fetal por febre oropouche O que é a febre oropouche? A febre oropouche é uma doença viral descoberta nos anos 1970. Ela é transmitida por um mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Suspeita-se que, no surto atual, o pernilongo comum também esteja agindo como vetor do vírus. A oropouche causa febre, mal-estar, fadiga, dores musculares e desconfortos intestinais, quadro bem parecido com o da dengue. Em casos raros, o quadro pode evoluir para meningite e febre hemorrágica. “Os sintomas mais preocupante de oropouche são queda de pressão, confusão mental, diminuição da frequência de urina, falta de ar e sangramentos”, alerta o infectologista Alexandre Cunha, do Sabin Diagnóstico. A doença não tem um tratamento específico: o que é indicado pelos médicos é o manejo dos sintomas. O infectologista Leonardo Weissmann, professor do curso de Medicina da UNAERP, alerta para a necessidade dos profissionais de saúde que estão na linha de frente dos atendimentos serem capacitados sobre a nova doença. “Precisamos da atualização das estratégias de manejo clínico e de orientações sobre a gravidade potencial da doença. Os médicos precisam identificar rapidamente os casos, pois a evolução do vírus pode levar a um desfecho ruim”, alerta. Mosquito maruim é o principal transmissor da febre oropouche Quem deve se preocupar mais? Os infectologistas alertam que a quantidade de pesquisas feitas sobre a doença ainda é pequena. Um artigo escrito pela equipe do pesquisador Felipe Gomes Naveca, chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apontou as gestantes como um grupo de risco. Os pesquisadores relacionaram casos recentes de microcefalia em bebês com a ocorrência de febre oropouche em gestantes, um fenômeno semelhantes ao que aconteceu durante a epidemia da zika no Brasil. “As pesquisas científicas mais recentes indicam que a doença pode ter uma transmissão vertical, quando é passada de mãe para filho, causando complicações perigosas, incluindo a malformação fetal”, afirma Naveca. Segundo as informações disponíveis, os idosos e as crianças imunocomprometidas também correm risco de quadros mais graves da doença. Saiba como se proteger da febre oropouche As medidas de prevenção são as mesmas de outras doenças causadas por picadas de mosquitos: uso de repelentes, de roupas que cubram pernas e braços quando em matas; além de tomar precauções adicionais em regiões onde há surtos. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Confira 5 cuidados importantes para a saúde durante o verão 27 de dezembro de 2023 Com a chegada da estação mais quente do ano, o nosso bem-estar e saúde exigem cuidados especiais. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsão de chuvas intensas para o início de 2023, seguidas por alta nas temperaturas. O cenário pode provocar diferentes problemas ao organismo. No… Read More
Notícias Sexo, drogas e jogos: usuários alegam que Ozempic os tornou impulsivos 29 de maio de 2024 Após uma coleção de efeitos colaterais estranhos do Ozempic ter aparecido, inclusive com a criação do meme “cabeça de Ozempic”, o uso da medicação ganhou mais um possível evento adverso bizarro. Usuários do remédio na Inglaterra dizem ter se tornado mais impulsivos depois de começar a aplicá-lo. Em alguns casos,… Read More
É amor: dopamina está relacionada à monogamia em ratinhos, diz estudo 17 de janeiro de 2024 Quando estamos apaixonados por alguém, queremos passar cada instante possível com o ser amado. O contrário, porém, também vale: quem se separa não quer ver ninguém por um tempo, se for o ex, então, nem pintado de ouro. Esse ciclo, tantas vezes repetido (às vezes até demais), agora tem origem… Read More