Jejum deve durar pelo menos 3 dias para mudar o organismo, diz estudo Ouvir 6 de março de 2024 Você segue o jejum intermitente como plano alimentar? Embora a ciência já tenha demonstrado que ele traz benefícios em alguns contextos, uma pesquisa recente mostrou que o impacto da restrição calórica total no organismo só é observado a partir de períodos muito mais longos sem comer. O estudo feito por analistas de dados médicos alemães, britânicos e noruegueses foi publicado na revista Nature em 1°/3. Ele revelou que o jejum apenas com água leva de fato à chamada resposta proteômica, uma modificação de como as proteínas são processadas pelo organismo que favorece a formação de músculos e a imunidade, mas que isso só ocorre após o terceiro dia seguido sem comer. Leia também Saúde Dieta de 5 dias que imita jejum diminui idade biológica, diz estudo Saúde Só 5 dias: como é a nova dieta que imita efeito do jejum e rejuvenesce Saúde Jejum pode reduzir inflamações e prevenir Alzheimer, sugere estudo Saúde Cientistas revelam regra de ouro para jejum intermitente funcionar Como foi o estudo? A investigação foi feita com a participação de 12 voluntários (cinco mulheres e sete homens), que tiveram o sangue colhido diariamente antes, durante e depois da semana de jejum. Os exames observavam como mais de 3 mil proteínas eram processadas pelo organismo. Como esperado, os pesquisadores observaram o corpo trocando as fontes de energia – do açúcar dos alimentos para a gordura armazenada no corpo – nos primeiros dois ou três dias sem comer. Os voluntários perderam em média 5,7 kg de gordura, mas também perderam massa magra. Três dias depois de terminar o período de jejum, mesmo voltando à rotina alimentar, o peso permaneceu baixo – a perda de massa magra foi quase completamente revertida, mas a massa gorda permaneceu baixa. Os resultados sugerem o sucesso do programa alimentar, apesar dos impactos ao bem estar percebidos durante sua realização. “O jejum, quando feito com segurança, é uma intervenção eficaz para perder peso”, aponta a médica Claudia Langenberg, uma das líderes do estudo, em entrevista ao site da Universidade de Londres. Ela ressalta, porém, que os benefícios ao organismo que essas dietas dizem ter demoram mais do que o esperado para aparecerem. “Dietas populares que incorporam jejum afirmam trazer benefícios à saúde além da perda de peso. Nossos resultados fornecem evidências dessa melhora, mas elas só foram visíveis após três dias de restrição calórica total – mais tarde do que pensávamos anteriormente”, explica ela. ilustra_jejum_1 Cicero Lopes/Metrópoles ilustra_jejum_2 Cicero Lopes/Metrópoles ilustra_jejum_3 Cicero Lopes/Metrópoles ilustra_jejum_4 Cicero Lopes/Metrópoles ilustra_jejum_5 Cicero Lopes/Metrópoles ilustra_jejum_6 Cicero Lopes/Metrópoles ilustra_jejum_7 Cicero Lopes/Metrópoles Voltar Progredir 0 Jejum é para todos? Apesar dos benefícios observados para a saúde do organismo, um jejum de três a sete dias é extremamente agressivo e não deve ser feito sem acompanhamento médico. Para alguns pacientes, como pessoas com diabetes, com metabolismo acelerado ou gestantes, ele pode ter resultados mais agudos e danosos. Existe ainda o risco de desidratação durante o jejum, porque cerca de 20% da nossa ingestão habitual de líquidos vem dos alimentos. Por isso, os indivíduos também devem certificar-se de que estão consumindo bastante água. “Esperamos que estas descobertas possam fornecer informações sobre por que o jejum é benéfico em certos casos, que podem então ser usadas para desenvolver tratamentos que os pacientes sejam capazes de fazer”, conclui o analista de dados médicos Maik Pietzner, co-autor do estudo. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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