Maioria dos adolescentes não encontra dificuldade para comprar álcool Ouvir 15 de outubro de 2025 Um levantamento abrangente mostrou que 74,7% dos adolescentes brasileiros não enfrentam qualquer dificuldade na hora de comprar bebidas alcóolicas. A venda para eles, no entanto, é crime no Brasil, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena de dois a quatro anos de detenção e multa. Mas, no dia a dia, a realidade é bem diferente. Os dados inéditos são da terceira edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD III), realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e financiado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Leia também Brasil 23,3% dos brasileiros admitem comprar bebidas alcoólicas mais baratas Ciência Saiba como funciona o canudo que detecta metanol em bebidas alcóolicas Saúde Especialistas explicam se consumir bebidas não alcoólicas é seguro Claudia Meireles Descubra as duas piores bebidas alcoólicas para quem tem diabetes A pesquisa é considerada o principal inquérito sobre álcool e drogas do Brasil. Ao todo, foram entrevistados mais de 16 mil brasileiros com 14 anos ou mais por todo o país. As informações foram colhidas em 2023. De acordo com o levantamento, os bares são o principal meio de acesso para consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes, sendo apontado por 76,1%. Em seguida, são mencionadas a intermediação de adultos (44,9%) e compras com vendedores ambulantes (34,4%) ou aplicativos de entrega (16,4%). Os dados também revelam que 30,9% dos adolescentes afirmam frequentar festas “open bar” – eventos com bebida alcoólica liberada e proibida para menores de 18 anos. Esses locais estão frequentemente ligados ao consumo excessivo de álcool, intoxicação e violência. Aproximadamente um quarto deles (23,5%) também relatou ter adquirido bebidas por preços muito abaixo dos praticados no mercado, elevando o risco de consumir produtos contrabandeados ou adulterados. Entre as bebidas mais consumidas pelos jovens, estão a cerveja (40,5%); “ice” (31,9%) – bebida alcoólica gaseificada feita com destilados e aromatizante de frutas; vinho (14,4%); coquetéis (7,3%); cachaça (2,9%) e “corote” (1,5%). Segundo a coordenadora do Lenad, Clarice Madruga, a falta de regulação das bebidas alcoólicas no país sempre foi um dos maiores desafios para a saúde pública. “Nossos resultados mostram que a disponibilidade irrestrita, a desarticulação de estratégias de fiscalização mais efetivas e o baixo preço das bebidas formam o ambiente perfeito para o abuso. Políticas regulatórias fortes são fundamentais para proteger a saúde pública e reduzir desigualdades”, ressalta a professora da Unifesp, em comunicado. Os pesquisadores recomendam a adoção de cinco eixos estratégicos para combater o problema, cada vez mais alarmante entre os jovens brasileiros: Eixo 1: redução da disponibilidade e controle do acesso por menores; Eixo 2: controle de qualidade e autenticidade das bebidas; Eixo 3: regulação da publicidade e comunicação responsável; Eixo 4: intervenção precoce e tratamento; Eixo 5: integridade científica, transparência e produção de evidências. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Médico revela 4 atitudes obrigatórias para manter os joelhos fortes 12 de maio de 2024 Muitas pessoas dizem que com uma certa idade já não é possível manter rotina de exercícios físicos devido ao desgaste do joelho. O ortopedista Marcos Cortelazo, que atende em São Paulo, explica que, na verdade, é necessário adaptar o esforço, mas os exercícios físicos não podem ser abandonados. Cortelazo dá… Read More
Notícias Nutróloga revela 6 erros que atrapalham emagrecimento 8 de outubro de 2023 Perder peso não é nada fácil – às vezes, você pensa que está fazendo tudo direitinho, mas na verdade está cometendo algum erro e se autossabotando. Esse sentimento de não estar vendo os resultados esperados, mas não saber o porquê, é difícil e pode até desanimar. Leia também Vida &… Read More
Olimpíadas: atletas vivem mais tempo que as outras pessoas? 31 de julho de 2024 Um estudo publicado em julho na BMJ Journals sugere que atletas profissionais de nível olímpico podem ganhar anos extras de vida graças aos treinos intensos. A pesquisa analisou dados sobre as primeiras 200 pessoas que correram uma milha (o equivalente a 1,6 quilômetros) em menos de 4 minutos nas décadas… Read More