Mpox: saiba sobre 1º caso provocado pela nova variante fora da África Ouvir 15 de agosto de 2024 As autoridades de saúde da Suécia anunciaram, nesta quinta-feira (15/8), que o sistema de saúde do país registrou um caso provocado pela nova variante do mpox. É a primeira vez que a nova cepa do vírus é identificada fora da África. De acordo com as informações disponíveis, a subvariante 1b do vírus mpox é mais contagiosa e mais letal do que a clado 2, que circulou globalmente em 2022. A taxa de letalidade da variante anterior era de 1% entre as pessoas infectadas; já a da nova variante alcança 10% dos infectados. Leia também Brasil Saúde negocia 25 mil doses de vacina contra mpox: “Agora é vigilância” Saúde Mpox: como é a transmissão da doença declarada emergência mundial Saúde Mpox vira emergência de saúde mundial. Qual risco de surto no Brasil? Saúde Alto nível de atenção: OMS declara a mpox emergência de saúde mundial Segundo o comunicado do sistema de saúde sueco, uma pessoa que buscou atendimento em Estocolmo, a capital do país, foi diagnosticada com a subvariante após uma curta viagem que fez ao continente africano. Não foi revelada a nacionalidade ou a idade do paciente diagnosticado. “A pessoa foi infectada durante uma estadia na parte da África onde há um grande surto de mpox do clado 1. Ela recebeu cuidados e orientações de conduta para evitar a transmissão”, afirmou o epidemiologista Magnus Gisslén, chefe do serviço de saúde pública sueco, em comunicado à imprensa. Na quarta-feira (14/8), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a mpox voltou a ser uma emergência internacional de saúde pública e pediu esforços globais para tentar diminuir o aumento de casos e de mortes relacionadas. Apesar da confirmação de um caso, a situação não elevou os níveis de urgência sanitária no país europeu. “A Suécia está preparada para diagnosticar, isolar e tratar pessoas com mpox com segurança. O fato de um paciente com mpox ser tratado no país não afeta o risco para a população em geral. No entanto, casos importados ocasionais como o atual podem continuar a ocorrer”, sustentou o comunicado. 11 imagens Fechar modal. 1 de 11 A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas Jackyenjoyphotography/ Getty Images 2 de 11 Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas koto_feja/ Getty Images 3 de 11 Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família “ortopoxvírus”. A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia Wong Yu Liang/ Getty Images 4 de 11 Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses Jackyenjoyphotography/ Getty Images 5 de 11 Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi Jackyenjoyphotography/ Getty Images 6 de 11 A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose A Mokhtari/ Getty Images 7 de 11 A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas David Talukdar/Getty Images 8 de 11 A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção bymuratdeniz/ Getty Images 9 de 11 Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem Isai Hernandez / Getty Images 10 de 11 A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas Sebastian Condrea/ Getty Images 11 de 11 O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images Mpox no Brasil No Brasil, em 2024, foram registrados 709 casos confirmados ou prováveis de mpox, todos da variante que circula por aqui desde 2022. Desde a chegada da doença no país até o momento, 16 óbitos foram registrados — a morte mais recente ocorreu em abril de 2023. “Não devemos menosprezar a mpox, mas não acreditamos que teremos um aumento abrupto de casos”, afirmou o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, em conferência digital realizada na terça-feira (13/8). O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também avalia que o Brasil tem uma posição geográfica privilegiada no cenário internacional da mpox. “A transmissão ainda é bem local na África e não há motivo para alarme nem com a notícia da alta letalidade. O clado 2 globalmente levou a 1% de mortes, mas no Brasil esse número foi extremamente inferior. Assim, nada nos leva a crer que, mesmo se a doença chegar aqui, terá a mesma letalidade que está apresentando na África”, explica. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, destaca que, por enquanto, não devem ser alterados os protocolos de prevenção adotados no Brasil desde 2022. “Devemos continuar monitorando os casos, testar os suspeitos e, se confirmada a infecção, fazer a vacinação das pessoas próximas como já temos feito”, indica. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Falta de vitamina D: saiba os efeitos e como repor de forma segura 29 de julho de 2025 A vitamina D é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo através da exposição ao sol. Ela regula a absorção de cálcio e fósforo, dois minerais essenciais para manter ossos e dentes fortes. Estudos mostram que a vitamina D também está relacionada ao fortalecimento do sistema imunológico, ajudando na prevenção de… Read More
Controlar fatores de risco aos 50 anos prolonga a vida em uma década 29 de maio de 2025 Eliminar cinco fatores de risco cardiovascular aos 50 anos aumenta a expectativa de vida em mais de uma década, mostra um novo estudo publicado no New England Journal of Medicine, conduzido pelo Global Cardiovascular Risk Consortium. Sabe-se que cinco fatores clássicos – tabagismo, pressão alta, colesterol alto, diabetes e sobrepeso… Read More
Notícias Peso dos pais pode influenciar obesidade dos filhos na vida adulta 8 de março de 2024 A obesidade é uma doença multifatorial, e até o peso dos pais pode influenciar no risco de desenvolver a condição no futuro. Pesquisadores noruegueses observaram que adultos de meia-idade, entre 36 e 64 anos, têm seis vezes mais probabilidade de serem obesos se os pais também estavam acima do peso… Read More