Nadador inglês fica com sotaque francês após sofrer AVC durante treino Ouvir 24 de junho de 2024 Jack Allan é um apaixonado por esportes. Um dos atletas do time de natação da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, onde estuda, ele também lutava MMA e foi durante uma das lutas do treinamento que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Após sofrer um chute no rosto, o nariz do jovem começou a sangrar muito e sem parar, e ele precisou ser hospitalizado. Foi quando os médicos descobriram que ele tinha sofrido um AVC, que cobriu parte da superfície do cérebro dele com sangue. Duas semanas depois do golpe, Jack percebeu uma dificuldade extra para se comunicar, e o atleta começou a falar como se tivesse um sotaque estrangeiro. “Parecia que eu falava francês”, definiu ele em entrevista ao Jersey Evening Post. Leia também Saúde Casos de AVC e infarto aumentam no clima frio; veja como se prevenir Saúde Estudo sugere que uso de adoçante aumenta risco de AVC. Saiba qual Saúde Menino tem AVC como complicação da catapora 11 meses depois da doença Saúde Vacinação contra gripe pode prevenir infarto e AVC. Entenda Jack foi diagnosticado com síndrome do sotaque estrangeiro (FAS, em inglês). A condição leva a pessoa a falar como um nativo de outro país ou região e ocorre em pessoas que tiveram lesões no cérebro que prejudicaram a área responsável pela comunicação em língua materna. O cérebro, apesar de integrado, é dividido em grandes regiões que são especializadas em controlar determinadas funções. Na comunicação, a área de língua estrangeira é diferente da que comanda a língua materna. Por isso, em emergências, o órgão pode recorrer a essa outra parte. Por conta da mudança, Jack ficou semanas falando como uma pessoa de outra cultura. “Quando mais eu falava, mais me sentia capaz de me comunicar, mas também ficava com mais sotaque. Não foi algo que sumiu sozinho. Precisei trabalhar com fonoaudiólogos para recuperar os sons do inglês e sinto que até hoje falo com um pouco de sotaque às vezes”, afirmou ele. 3 imagens Fechar modal. 1 de 3 Jack era um dos destaques do time de natação de sua universidade e foi premiado em competições internacionais Reprodução/jack_allan_stroke/Instagram 2 de 3 Exame de imagem mostra a área do cérebro do jovem afetada pelo acidente Reprodução/jack_allan_stroke/Instagram 3 de 3 Jack tem feito treinamentos para recuperar a mobilidade desde seu AVC Reprodução/jack_allan_stroke/Instagram Desafios do AVC Além da fala, o AVC representou um desafio em diversas áreas para Jack. Inicialmente, os médicos acreditavam que o sangramento tinha atingido apenas a superfície do cérebro e ficaram inseguros sobre se era preciso aliviar a pressão no órgão, uma vez que o procedimento podia causar mais problemas e o jovem parecia estar bem. Após uma semana, porém, o lado direito de Jack acordou paralisado e o descontrole dos movimentos foi progressivo até que ele foi internado. O sangramento não desapareceu como os médicos previram e acabou matando uma parte do cérebro do jovem. “Meu tratamento hoje é incentivar meu cérebro a criar novos caminhos neurais e recuperar suas funções”, explica o atleta. Jack ficou semanas sem conseguir falar ou se movimentar, mas agora tem retomado a vida e conseguiu voltar à academia e mesmo aos treinos de natação. Seu desempenho não é o mesmo de antes, mas o jovem afirma que seguirá treinando diariamente. “Nunca vou parar e espero ser capaz de voltar ao normal em alguns anos”, diz. 10 imagens Fechar modal. 1 de 10 O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro Agência Brasil 2 de 10 O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico Pixabay 3 de 10 Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala Pixabay 4 de 10 O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas Pixabay 5 de 10 Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas Pixabay 6 de 10 Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar Pixabay 7 de 10 Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC Pixabay 8 de 10 Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes Pixabay 9 de 10 Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC Pixabay 10 de 10 Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados Pixabay Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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