Novo remédio mostra potencial para tratar doenças neurodegenerativas Ouvir 26 de janeiro de 2025 Camundongos que eram cegos devido a problemas neurológicos conseguiram recuperar parcialmente a visão graças a um tratamento experimental. Conduzido por pesquisadores da Universidade do Colorado, o novo medicamento apresenta potencial para tratar doenças neurológicas como, por exemplo, a esclerose múltipla (EM). Leia também Saúde Edição genética devolve visão a pacientes com cegueira hereditária Saúde Capacidade de enxergar cores é influenciada por cheiros, diz estudo Saúde Saiba sintoma nos olhos que indica excesso de açúcar no sangue Saúde Olho vermelho na foto? O que flashes podem revelar sobre saúde ocular Remédio com foco nos neurônios Segundo a pesquisa publicada na Nature Communications, o medicamento LL-341070 acelera o reparo de mielina, que é importante para a comunicação entre as células nervosas. A deterioração da mielina leva ao declínio cognitivo, à perda de visão e a dificuldades motoras e pode acontecer tanto devido ao envelhecimento quanto ao surgimento de doenças. O novo medicamento demonstrou potencial para reverter danos na reparação de mielina, melhorando a função cerebral relacionada à visão em camundongos. “Esta pesquisa nos aproxima de entender como o cérebro tem a capacidade de se curar”, diz Ethan Hughes, coautor do estudo. “Ao aproveitar esse potencial, esperamos ajudar pessoas com doenças neurodegenerativas a recuperar algumas de suas funções perdidas”, afirmou. 9 imagens Fechar modal. 1 de 9 Esclerose múltipla é uma doença autoimune, neurológica e crônica que gera alteração no sistema imune de quem a possui. A condição faz com que as células de defesa do corpo humano ataque o sistema nervoso central e, como consequência, provoque lesões musculares e cerebrais Getty Images 2 de 9 Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados koto_feja/ Getty Images 3 de 9 Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas LaylaBird/ Getty Images 4 de 9 Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre Peter Dazeley/ Getty Images 5 de 9 As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição eyecrave productions/ Getty Images 6 de 9 Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença Paul Biris/ Getty Images 7 de 9 O tratamento da esclerose múltipla é feito com medicamentos indicados pelo médico que ajudam a evitar a progressão, diminuir o tempo e a intensidade das crises, além de controlar os sintomas Tanja Ivanova/ Getty Images 8 de 9 A fisioterapia também é importante para controlar os sintomas, pois permite que os músculos sejam ativados, evitando a fraqueza nas pernas e a atrofia muscular. Ela é feita por meio de exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular Alvis Upitis/ Getty Images 9 de 9 Ao contrário do que possa imaginar, a esclerose múltipla não é uma doença tão rara assim. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), a estimativa é de que 40 mil pessoas possuem a doença apenas no Brasil. No mundo inteiro, segundo o Ministério da Saúde, esse número sobe para 2,8 milhões FatCamera/ Getty Images Reparo acelerado O cérebro possui mecanismos naturais de reparação, mas o envelhecimento ou doenças como a EM atrapalham esses mecanismos. O LL-341070 facilitou significativamente esse processo, promovendo a regeneração de células responsáveis pela produção de mielina (oligodendrócitos). Em testes com camundongos, o medicamento foi mais eficaz do que a clemastina, outra substância estudada para reparar a mielina. A pesquisa focou na via visual, mais fácil de ser comparada em testes com animais, mas a recuperação causou melhorias significativas em todas as funções neurais. Os pesquisadores planejam expandir os testes para outras áreas do cérebro, bem como aumentar a eficácia do tratamento. “Esta descoberta é apenas o começo”, disse Hughes. “Estamos otimistas de que o LL-341070 e terapias semelhantes podem um dia fornecer benefícios reais e tangíveis aos pacientes, melhorando a função cerebral geral e a qualidade de vida.” Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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