Novo teste genético prevê resistência do câncer à quimioterapia Ouvir 24 de junho de 2025 Um novo teste desenvolvido por cientistas do Cancer Research UK Cambridge Institute, em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha (CNIO) e a startup Tailor Bio, pode prever se um tumor será resistente aos tipos mais comuns de quimioterapia, um dos principais tratamentos contra o câncer no mundo. O método funciona analisando alterações na ordem, na estrutura e no número de cópias do DNA do tumor, um padrão conhecido como instabilidade cromossômica. A partir da leitura completa da sequência de DNA, o teste identifica se os cromossomos estão rompidos ou alterados, em comparação com células saudáveis. A ferramenta permite prever a resistência a três quimioterápicos amplamente usados: os tratamentos à base de platina, antraciclina e taxano. A pesquisa foi publicada na revista Nature Genetics nessa segunda-feira (23/6). Como a tecnologia funciona? Apesar de salvar vidas, a quimioterapia também afeta células saudáveis e pode provocar efeitos colaterais severos. Por isso, o novo teste tem como objetivo ajudar médicos a evitar que pacientes recebam tratamentos que não trarão resultado, reduzindo a toxicidade e os impactos físicos do processo. A tecnologia foi projetada para ser integrada à rotina clínica. Ela usa materiais já coletados no diagnóstico e se baseia em métodos consolidados de sequenciamento genético. Leia também Conteúdo especial Novo teste genético do Sabin antecipa risco de câncer e outras doenças Saúde Teste de saliva pode antecipar diagnóstico de câncer de próstata Saúde Câncer de rim: pacientes seguem sem doença 3 anos após vacina em teste Saúde HPV: mulher evita câncer após descobrir lesão em teste de rastreamento A partir dos dados do DNA, os pesquisadores identificam padrões de mutações que estão ligados aos mecanismos que tornam o câncer resistente a certos medicamentos. “Nossa tecnologia dá sentido ao caos genômico observado em muitos tumores tratados com quimioterapia. Ela associa padrões de mutação aos mecanismos que causaram o dano, o que permite prever a resistência à ação das quimioterapias”, explica Geoff Macintyre, coautor do estudo e pesquisador do CNIO, em comunicado. Personalização do tratamento A ferramenta foi testada com dados de 840 pacientes diagnosticados com diferentes tipos de câncer. A partir das informações genéticas, os cientistas classificaram os pacientes como sensíveis ou resistentes à quimioterapia. Depois, simularam a troca de medicamentos para verificar quanto tempo o câncer levaria para parar de responder ao novo tratamento. Essa abordagem imitou um ensaio clínico, sem que os pacientes precisassem mudar de terapia na prática. 10 imagensFechar modal.1 de 10 Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil Science Photo Library – STEVE GSCHMEISSNER, Getty Images 2 de 10 Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia miriam-doerr/istock 3 de 10 O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images 4 de 10 Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença Getty Images 5 de 10 Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso getty images6 de 10 O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia BSIP / getty images7 de 10 No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia iStock 8 de 10 O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante Smith Collection/Gado/ Getty Images9 de 10 O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia Science Photo Library/GettyImages 10 de 10 O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia Pexels A expectativa dos pesquisadores é que, no futuro, a ferramenta permita personalizar o tratamento desde o diagnóstico, ajudando a escolher os quimioterápicos mais eficazes para cada paciente e evitando terapias que não teriam efeito. “Era importante para nós criar um teste que pudesse ser facilmente adotado na clínica, usando o material que já coletamos durante o diagnóstico”, afirma Ania Piskorz, chefe de Genômica do Cancer Research UK Cambridge Institute. Os cientistas destacam que, embora a quimioterapia seja um pilar fundamental no combate ao câncer, há décadas ela é administrada da mesma forma, sem considerar se o tumor de fato responderá ao medicamento. A nova tecnologia pode mudar esse cenário, tornando o tratamento mais preciso e eficiente. 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