OMS: 8 países podem ficar sem tratamentos para HIV após cortes dos EUA Ouvir 18 de março de 2025 A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nessa segunda-feira (17/3), que oito países podem ficar sem estoques para tratamentos contra o HIV nos próximos meses. As nações devem ser afetadas pela decisão do presidente Donald Trump de suspender a ajuda para programas de saúde fora dos Estados Unidos. “As interrupções nos programas de HIV podem desfazer 20 anos de progresso”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva à imprensa. EUA saem da OMS O presidente Donald Trump anunciou a saída dos EUA da OMS em janeiro, no dia em que tomou posse para o segundo mandato. O país era, até então, o maior doador da agência de saúde pública da União das Nações Unidas (ONU). Os EUA financiaram 75% dos programas da OMS para HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis entre 2024 e 2025. Os esforços para combater o HIV, a poliomielite, a malária e a tuberculose já são afetados pela pausa na ajuda externa dos EUA. Ghebreyesus avalia que o corte do investimento nos programas contra HIV pode resultar em mais de 10 milhões de casos adicionais e três milhões de mortes relacionadas ao HIV. Haiti, Quênia, Lesoto, Sudão do Sul, Burkina Faso, Mali, Nigéria e Ucrânia devem ser os primeiros países afetados, tendo os estoques de medicamentos que salvam vidas esgotados em breve. Leia também Saúde Injeção para prevenção do HIV funciona com uma dose ao ano, diz estudo Saúde OMS: suspensão de recursos dos EUA pode causar ameaça global ao HIV Saúde Mudanças climáticas são associadas à pior prevenção do HIV, diz estudo Saúde HIV cresce entre idosos. Confira 7 mitos e verdades sobre a infecção De acordo com a OMS, o fim do financiamento dos EUA também pode levar ao fechamento de 80% dos serviços essenciais de saúde apoiados pela agência no Afeganistão. Pelo menos 167 unidades de saúde espalhadas pelo mundo tiveram as operações encerradas até 4 de março devido à escassez de financiamento. “Os Estados Unidos têm a responsabilidade de garantir que, se retirarem o financiamento direto para os países, isso seja feito de forma ordenada e humana, permitindo que eles encontrem fontes alternativas de financiamento”, considerou o diretor-geral da OMS. 13 imagens Fechar modal. 1 de 13 HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O causador da aids ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida Arte Metrópoles/Getty Images 2 de 13 A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids Anna Shvets/Pexels 3 de 13 Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico Hugo Barreto/Metrópoles 4 de 13 O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas iStock 5 de 13 O tratamento é uma combinação de medicamentos que podem variar de acordo com a carga viral, estado geral de saúde da pessoa e atividade profissional, devido aos efeitos colaterais iStock 6 de 13 Em 2021, um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina duas diferentes substâncias em um único comprimido, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Hugo Barreto/Metrópoles 7 de 13 A empresa de biotecnologia Moderna, junto com a organização de investigação científica Iavi, anunciou no início de 2022 a aplicação das primeiras doses de uma vacina experimental contra o HIV em humanos Arthur Menescal/Especial Metrópoles 8 de 13 O ensaio de fase 1 busca analisar se as doses do imunizante, que utilizam RNA mensageiro, podem induzir resposta imunológica das células e orientar o desenvolvimento rápido de anticorpos amplamente neutralizantes (bnAb) contra o vírus Arthur Menescal/Especial Metrópoles 9 de 13 Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenir o HIV em grupos de risco, inclusive para pessoas que mantém relações sexuais com indivíduos com o vírus spukkato/iStock 10 de 13 O Apretude funciona com duas injeções iniciais, administradas com um mês de intervalo. Depois, o tratamento continua com aplicações a cada dois meses iStock 11 de 13 O PrEP HIV é um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) feito especificamente para prevenir a infecção pelo vírus da Aids com o uso de medicamentos antirretrovirais Joshua Coleman/Unsplash 12 de 13 Esses medicamentos atuam diretamente no vírus, impedindo a sua replicação e entrada nas células, por isso é um método eficaz para a prevenção da infecção pelo HIV iStock 13 de 13 É importante que, mesmo com a PrEP, a camisinha continue a ser usada nas relações sexuais: o medicamento não previne a gravidez e nem a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia e sífilis, por exemplo Keith Brofsky/Getty Images Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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