A parassonia foi o argumento usado pela defesa do advogado Vinícius Batista Serra para livrá-lo da acusações de tentativa de feminicídio e agressão contra a paisagista Elaine Caparroz.
O episódio de violência contra Elaine chocou o Brasil em 2019, quando a mulher deu entrevistas com o rosto totalmente desfigurado após apanhar de Vinicíus no que seria um encontro romântico.
Segundo o manual médico BMJ, as parassonias são eventos indesejáveis que ocorrem durante o sono ou na transição do sono para a vigília ou vice-versa.
As parassonais incluem comportamentos anormais (por exemplo, sonambulismo) ou sonhos (por exemplo, pesadelos). As parassonias podem ser transitórias e não ter consequência significativa sobre a qualidade do sono do paciente, mas, em alguns casos, “são suficientemente graves ou persistentes para causar perturbações significativas no sono e sofrimento ou lesão para o paciente ou companheiro”, ainda de acordo com o manual BMJ.
Decisão judicial
Nesta terça-feira (3/12), a Justiça do Rio decidiu que Vinícius Batista Serra não poderia ser responsabilizado criminalmente pelo episódio violento. Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal concordaram com a tese de que ele cometeu as agressões devido a comportamentos violentos causados por distúrbios do sono (parassonia).
A decisão determina que Vinícius realize tratamento ambulatorial, indo a uma unidade de saúde uma vez por mês e tomando remédios para controlar a doença. A defesa de Elaine Caparroz pretende recorrer aos tribunais superiores e, até, a cortes internacionais.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!