Pelos pubianos: sua remoção pode ser prejudicial à nossa saúde? Ouvir 9 de junho de 2024 De depilações hollywoodianas e vajazzles (tatuagens temporárias) a clareamento e piercing, há aparentemente infinitas maneiras de estilizar as regiões inferiores e tentar criar uma imagem corporal idealizada. Talvez, no entanto, antes de seguir as últimas tendências da moda genital, devêssemos nos perguntar por que os pelos estão lá em primeiro lugar: qual é a função deles – e sua remoção pode ser prejudicial à nossa saúde? Há um propósito para todos os muitos grupos de pelos que crescem em nossa pele. Leia também Saúde Depilação: 4 dicas para remover pelos sem causar danos à pele Saúde Saúde feminina: saiba quais são os riscos da depilação íntima completa Vida & Estilo Depilação a laser: especialista revela tudo o que você precisa saber Fábia Oliveira Daniel Rocha vai parar no hospital após acidente com depilação íntima As sobrancelhas, por exemplo, evitam que o suor escorra para os olhos e nos permitem transmitir nossas emoções por meio da expressão facial. Os cílios evitam que detritos danifiquem nossos olhos. Até mesmo os minúsculos pelos individuais de nossos braços e pernas se conectam a nervos igualmente minúsculos e atuam como órgãos sensoriais, dando-nos a sensação de pressão e vibração. Então, o que dizer dos pelos pubianos? O que a ciência nos diz sobre sua função? Vamos falar sobre sexo Grande parte do esforço para moldar ou remover os pelos pubianos também molda e define as identidades sexuais. Pesquisas demonstraram que as mulheres, em particular, sentem pressão social para remover os pelos do corpo e que os pelos pubianos podem afetar sua autopercepção e atratividade sexual. No entanto, os pelos pubianos podem ajudar a atrair possíveis parceiros sexuais e aumentar o prazer sexual. Parte dos rituais de acasalamento dos animais é regida por feromônios, substâncias químicas que podem induzir mudanças comportamentais em diferentes sexos, instigando a consciência e a atração por um parceiro em potencial – e o desejo de procriar. Embora as propriedades dos feromônios não estejam tão bem estabelecidas em humanos, especula-se que os pelos pubianos desempenhem um papel significativo. As regiões pubiana e da virilha têm uma grande concentração de glândulas sudoríparas, que podem ser a fonte de feromônios. Os pelos pubianos podem reter feromônios ou, devido ao calor preso sob eles, tornar os feromônios voláteis (transformados em gases). Isso poderia potencialmente maximizar seus efeitos em um parceiro sexual. Outro benefício sexual sugerido para os pelos pubianos é que a sensação gerada pelo movimento dos pelos ou o efeito da fricção durante a relação sexual pode ser sexualmente prazerosa – ou agir como uma defesa para a pele ao redor. Pelos e proteção Os pelos pubianos podem ter uma função protetora? Um estudo constatou que, sob o microscópio, os pelos pubianos tinham uma cutícula externa mais espessa em comparação com os retirados do couro cabeludo. Essa talvez seja a razão pela qual os pelos pubianos tenham uma textura mais grossa. Os autores do estudo levantam a hipótese de que essa cutícula mais espessa pode atuar como uma barreira contra danos à pele causados pela urina, que contém os compostos irritantes amônia e ureia. A depilação dos pelos pubianos tem sido associada a um risco maior de infecções genitais, mas isso também foi refutado. Outra investigação sugeriu que as mulheres que se depilavam tinham maior risco de desenvolver padrões recorrentes de infecções do trato urinário (ITUs), já mais comuns em mulheres. A ciência por trás dessa observação foi que a remoção dos pelos pubianos também remove grupos de bactérias que residem dentro e ao redor dos pelos. Essas bactérias podem ter um efeito protetor, impedindo a invasão de outras bactérias, como uma das principais causas de ITUs, o E-coli. O mesmo estudo sugeriu que as bactérias podem entrar na pele danificada após tratamentos pubianos e que pode haver outros agentes protetores nos folículos pilosos que ajudam a evitar infecções. Para aqueles que gostariam de remodelar seus pelos pubianos, estudos demonstraram que os folículos pilosos podem ser enxertados na região pubiana, da mesma forma que podem ser transferidos para o couro cabeludo. A hipotricose do púbis, uma condição que causa a perda de pelos pubianos, também pode ser tratada com enxertos de folículos pilosos. Portanto, os pelos pubianos e sua verdadeira função continuam sendo um enigma. Uma coisa é certa: a luta contra os pelos encravados é real para aqueles que se depilam, depilam com cera e arrancam. Se você sentir alguma irritação, é melhor deixar os pelos em paz. Sua pele lhe agradecerá por isso. *O artigo foi escrito pelo médico e neurocientista Dan Baumgardt, que é professor titular da Escola de Fisiologia, Farmacologia e Neurociência da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e publicado na plataforma The Conversation Brasil. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Está se sentindo gripado? Causa pode ser alergia ao orgasmo 19 de abril de 2024 Chegar ao ápice deveria ser uma experiência prazerosa para todos, mas para alguns homens este pode ser apenas o início de uma série de sintomas semelhantes aos de uma gripe. São pessoas que sentem alergia ao próprio orgasmo, um quadro conhecido como doença pós-orgásmica ou síndrome pós-orgasmo. Um estudo publicado… Read More
Notícias Vai abusar? Conheça 5 truques para desinchar após a ceia de Natal 24 de dezembro de 2023 Resistir as delícias de fim de ano é muito difícil e, não é nem recomendado. As ceias de Natal e Ano-Novo são repletas de comidas que nos despertam memória afetivas, ou seja, são pratos que trazem conforto emocional. O problema é o dia seguinte, quando as pessoas que exageraram na… Read More
Estudo: Ozempic pode reduzir risco de câncer em pessoas com diabetes 6 de julho de 2024 Pacientes com diabetes tipo 2 podem reduzir significativamente o risco de 10 tipos de câncer relacionados à obesidade se tomarem Ozempic ou remédios da mesma classe (inibidores de GLP-1) em vez de insulina, segundo pesquisa publicada na sexta-feira (5/6) no The Journal of the American Medical Association (JAMA). Os pesquisadores… Read More