Pessoas com doenças de pele têm mais problemas para dormir. Entenda Ouvir 13 de outubro de 2023 Um estudo apresentado no Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV) de 2023 apontou que quase metade dos pacientes com doenças de pele sofrem com distúrbios do sono. A pesquisa, conduzida pelo All Project, uma iniciativa internacional de pesquisa, analisou mais de 50 mil adultos em 20 países para entender o impacto das doenças de pele na qualidade de vida. O estudo foi apresentado nessa quinta (12/10). Leia também Saúde Dermatite atópica: 72% dos pacientes têm saúde emocional comprometida Grande Angular Dermatite atópica: DF terá de pagar remédio de R$ 11 mil a paciente É o bicho! Crianças que convivem com cachorros têm menos risco de dermatite Saúde Dermatite atópica: mãe conta desafios de filha com a doença crônica Os resultados destacaram a extensão das implicações dos distúrbios do sono na vida dos indivíduos com doenças de pele. Surpreendentemente, quase metade (49%) dos pacientes relataram uma redução significativa na produtividade no trabalho, em comparação com apenas um em cada cinco (19%) dos participantes sem doenças de pele. O estudo identificou que a coceira (60%) e a sensação de queimação ou formigamento (17%) foram os principais sintomas que afetam o sono dos participantes com o problema. Eles relataram ter fadiga ao acordar (81%, contra 64% na população sem doenças de pele), sonolência durante o dia (83% a 71%), sensações de formigamento nos olhos (58% a 42%) e bocejos repetidos (72% a 58%). “Nosso estudo é o primeiro a revelar o impacto profundo dos distúrbios do sono na saúde física dos pacientes com doenças de pele. Destacamos a necessidade urgente de identificação precoce e gerenciamento eficaz dos distúrbios do sono”, afirma o pesquisador Charles Taieb, principal autor do estudo. ***foto-mulher-dormindo Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos Getty Images ***foto-mulher-dorme-com-despertadores Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente Getty Images ***foto-mulher-em-sono-profundo Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo Getty Images ***foto-homem-cochila-com-bebê-no-colo Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como “higiene do sono”? Getty Images ***foto-homem-desliga-despertador 1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana Getty Images ***foto-homem-dorme-perto-de-computador 2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal Getty Images ***foto-mulher-com-insônia 3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolento Getty Images ***foto-muher-usa-computador-em-cama 4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamento Getty Images ***foto-homem-dorme-em-quarto-escuro 5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sono Getty Images ***foto-mulher-tira-cochilo 6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noite Getty Images ***foto-xícara-de-café 7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão Getty Images ***foto-criança-pratica-boxe 8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sono Getty Images ***foto-mulher-relaxa-deitada 9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormir Getty Images ***foto-mulher-evita-bebida-alcoólica 10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sono Getty Images Voltar Progredir 0 “É crucial que os profissionais de saúde perguntem sobre distúrbios do sono durante os exames de pacientes com doenças de pele para entender melhor o impacto total dessas condições”, explica o pesquisador Bruno Halioua. O estudo também investigou o impacto de viver com hidradenite supurativa, uma doença cutânea dolorosa e de longa duração que causa abcessos (pus) e cicatrizes na pele, afetando aproximadamente 1 em cada 100 pessoas. Problemas de pele afetam autoestima Os resultados revelaram que 77% dos pacientes com hidradenite supurativa sentiam-se estigmatizados devido à sua condição, com 58% experimentando ostracismo ou rejeição social. Mais da metade dos indivíduos relataram evitar o toque (57%) e a proximidade física (54%) devido à sua condição. Essa estigmatização teve efeitos significativos na autoimagem, relacionamentos e vida diária dos pacientes. Eles eram mais propensos a evitar tirar fotos de si mesmos (52%) em comparação com aqueles sem a doença (84%) e costumavam verificar sua aparência sempre que viam um espelho (72% a 34%). Um dos fatores que atrapalha a dormir é a coceira noturna Halioua explica que a estigmatização ligada à condição tem um impacto profundo na vida dos pacientes e pode perpetuar um ciclo de isolamento e não adesão ao tratamento. O estudo enfatiza a necessidade urgente de esforços de educação pública para aumentar a compreensão e fornecer acesso a cuidados personalizados e serviços de apoio aos pacientes com hidradenite supurativa. “Esta pesquisa é um passo crucial para apoiar melhor os pacientes e abordar os desafios ocultos que eles enfrentam devido ao estigma. Aumentando a conscientização, podemos trabalhar juntos para criar uma sociedade mais inclusiva, melhorando a adesão ao tratamento e aliviando o fardo suportado pelos pacientes”, acrescenta Taieb. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Notícias Caminhar é exercício, sim! Harvard indica 12 benefícios da caminhada 19 de janeiro de 2024 Você é dos que menospreza o poder da caminhada? A atividade física é constantemente associada com a velhice ou com pessoas sem condicionamento, como se não trouxesse benefícios efetivos para o corpo. Entretanto, a caminhada é apontada pelos especialistas como uma boa atividade física — e das mais democráticas. “A… Read More
Notícias Por que nossos ossos estalam? 31 de janeiro de 2024 Se você já se perguntou por que seus ossos estalam, saiba que não está sozinho. O som peculiar que ocorre ao mover algumas articulações, como os dedos, joelhos ou pescoço, ou até de forçá-las propositalmente, é uma experiência comum para muitas pessoas. Mas por que isso acontece? É prejudicial? Quando… Read More
Notícias “Bebês Ozempic”: remédios para perda de peso aumentam a fertilidade? 2 de abril de 2024 Mulheres têm contado nas redes sociais que engravidaram acidentalmente enquanto tomavam remédios que provocam a perda de peso, como o Ozempic, fabricado pela Novo Nordisk, e o Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly. Os relatos incluem desde pessoas que usavam pílula anticoncepcional quando descobriram a gravidez até as que tinham problemas… Read More