Primeiro transplante de pulmão de porco em humano funciona por 9 dias Ouvir 26 de agosto de 2025 Uma equipe médica da China realizou um experimento inédito ao transplantar um pulmão de porco geneticamente modificado para um paciente humano. O procedimento, feito em Guangzhou e descrito na revista Nature Medicine nessa segunda-feira (25/8), marca a primeira tentativa de xenotransplante de pulmão já registrada. O receptor foi um homem de 39 anos que havia sofrido morte cerebral. Com o consentimento da família, os médicos substituíram o pulmão esquerdo pelo de um porco, mantendo o pulmão direito original. No campo dos transplantes, o pulmão é considerado um dos órgãos mais difíceis de substituir. Ele concentra a maior rede de vasos sanguíneos do corpo, o que aumenta o risco de rejeição, coagulação e lesões. Além disso, por estar em contato direto com o ar e carregar proteínas ligadas à defesa imunológica, o órgão ainda apresenta desafios extras em comparação com outros. Leia também Saúde Fígado de porco é transplantado em paciente humano pela primeira vez Saúde EUA aprova estudo clínico com transplante de rim de porco em humanos Saúde Mulher que recebeu transplante de rim de porco deixa de fazer diálise Saúde Rim de porco é removido de paciente 47 dias após transplante Preparação do pulmão para o transplante O órgão usado passou por edição genética com a técnica CRISPR. Três genes do porco foram desativados para reduzir a rejeição e outros três genes humanos foram inseridos, tornando o pulmão mais compatível. Além disso, o paciente recebeu medicamentos imunossupressores para tentar conter a resposta do sistema imunológico. Nos primeiros momentos não houve a chamada “rejeição hiperaguda”, que costuma ocorrer logo após o transplante, mas sinais de inflamação surgiram já nas primeiras 24 horas. No terceiro dia o corpo passou a produzir anticorpos contra o pulmão. Apesar das dificuldades, o órgão se manteve funcional por nove dias, até que a família autorizou o encerramento do experimento. Nesse período, foram observados danos crescentes ao tecido pulmonar, o que indica que ainda há muitos obstáculos para tornar a técnica segura em humanos vivos. Os pesquisadores acreditam que, em futuros experimentos, pode ser importante bloquear a ação de certas células do sistema imunológico e também reduzir moléculas que estimulam a inflamação. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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