Quais doenças posso pegar na academia? Médicos ensinam a se proteger Ouvir 24 de abril de 2025 Academias são espaços compartilhados por muita gente, com aparelhos, bebedouros e vestiários sendo usados por centenas de pessoas todos os dias. Mas, em meio aos treinos, você já parou para pensar nas doenças que podem ser transmitidas nesse ambiente? Segundo os infectologistas Rosana Ritchmann, do laboratório Delboni, em São Paulo, e André Bon, do Exame Medicina Diagnóstica, o risco existe — e não é pequeno. As principais ameaças estão ligadas à transmissão de vírus respiratórios e a algumas infecções de pele. Leia também Saúde Medo desbloqueado? Médicas explicam risco de pegar HPV na academia Saúde Vírus do HPV pode ser transmitido na academia? Conheça os riscos Saúde Estudante diz ter sido infectada com HPV ao tocar objeto na academia Saúde Jovens desconhecem que vacina do HPV evita o câncer de colo de útero Rosana explica que a combinação de respiração intensa e ventilação precária favorece a disseminação de vírus como o influenza (causador da gripe), coronavírus (Covid-19) e até mesmo a coqueluche. “São várias as possibilidades quando a gente pensa em um ambiente fechado e mal ventilado, em relação a todos os vírus respiratórios”, diz a médica. Bon concorda e reforça que essas doenças são as mais facilmente transmissíveis nesses locais. “Por serem transmitidas por gotículas ou contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas, é importante que indivíduos com sintomas como tosse, espirros, coriza e febre não frequentem a academia”, orienta o infectologista. Como prevenir doenças na academia? Tenha sempre um álcool em gel ou use o álcool da academia para higienizar suas mãos. Higienize os aparelhos antes de usar, especialmente onde vai apoiar as mãos, incluindo os colchonetes. Dê preferência a ambientes bem ventilados. Troque a roupa suada assim que possível e, se conseguir, tome um banho após o treino. Evite ir à academia se estiver doente para não transmitir infecções a outras pessoas. 8 imagens Fechar modal. 1 de 8 Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, exercitar-se ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor Mike Harrington/ Getty Images 2 de 8 Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente Hinterhaus Productions/ Getty Images 3 de 8 De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias Catherine Falls Commercial/ Getty Images 4 de 8 Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos Nisian Hughes/ Getty Images 5 de 8 Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono skaman306/ Getty Images 6 de 8 Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes Tom Werner/ Getty Images 7 de 8 A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural, ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida Thomas Barwick/ Getty Images 8 de 8 Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor Justin Paget/ Getty Images Equipamentos e superfícies também oferecem risco Mas não é só o ar que pode ser uma via de contágio. Aparelhos, colchonetes e superfícies úmidas e mal higienizadas também podem abrigar microrganismos. “Imagine alguém que tem uma infecção na pele por alguma bactéria ou fungo e acaba usando e contaminando o equipamento. Se outra pessoa usar na sequência sem higienizar as mãos ou o aparelho, pode se auto-inocular”, alerta Rosana. Segundo Bon, bactérias como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes podem ser transmitidas dessa forma e causar furúnculos, impetigo ou carbúnculos. O médico lembra ainda que o contato com superfícies contaminadas pode, mais raramente, facilitar a infecção por vírus como HPV, herpes simples e mpox — embora o mais comum seja o contágio direto com a pele de outra pessoa infectada. Há ainda a possibilidade de transmissão da escabiose, conhecida como sarna, por meio do contato com superfícies contaminadas pelo ácaro causador da doença. Nesse caso, a higiene dos aparelhos e dos colchonetes, a lavagem das roupas de treino e o banho após o exercício reduzem significativamente os riscos. Apesar de todas essas possibilidades, o infectologista ressalta que as academias são ambientes seguros para a prática de exercícios. O mais importante, segundo ele, é prevenir as formas mais comuns de infecção. “A principal forma de transmissão nesses ambientes é a respiratória, que pode ser evitada com a restrição de acesso a pessoas sintomáticas, higiene das mãos e adequada desinfecção dos aparelhos”, afirma Bon. Já para prevenir as infecções de pele, Rosana recomenda evitar o compartilhamento de itens pessoais. “Tudo tem que ser muito individualizado. O ideal é que você tenha seu próprio papel toalha para se enxugar e evitar superfícies contaminadas”, orienta. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e no Canal do Whatsapp e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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