É crescente o número de pessoas que tem buscado a prática de atividade física em sua rotina pensando em saúde e bem-estar, junto a isso o consumo de suplementação proteica também, principalmente entre aqueles que visam o aumento de massa muscular.
A proteína é um macronutriente formado por aminoácidos de extrema importância para o nosso corpo. Ela desempenha ação estrutural para todos os tecidos (entre eles os músculos), ação enzimática, de defesa, transporte, hormonal, além de diversas outras funções importantes dentro dos processos biológicos do nosso organismo.
Cada individuo possui uma necessidade específica de ingestão proteica, que é calcula de forma individual através de uma avaliação nutricional detalhada, e esta pode variar de acordo com a rotina e o tipo de atividade física desempenhada. De modo geral, podemos obter grande parte dessa necessidade através da alimentação, mas com a rotina cada vez mais corrida os suplementos proteicos são grandes aliados para complementar o que não for possível adquirir através dos alimentos.
Os suplementos proteicos podem ser obtidos de fontes animais ou vegetais e a decisão sobre qual consumir deve estar pautada em alguns fatores importantes como, restrições alimentares, digestibilidade, veganismo, entre outros. E para facilitar na hora da escolha é importante saber as diferenças entre eles.
Os suplementos de origem animal são produzidos principalmente a partir do soro do leite, da carne bovina e do ovo. Estes apresentam melhor biodisponibilidade no nosso corpo, pois são fontes de todos os aminoácidos essenciais, aqueles que o organismo não produz e precisamos adquirir através da alimentação, também possuem uma boa digestibilidade e uma melhor palatabilidade quando comparados aos de origem vegetal. Porém, esses podem ser restritos a pessoas que possuem algum tipo de alergia ou intolerância alimentar.
Os suplementos de origem vegetal são produzidos a partir de cereais (como arroz, quinoa), leguminosas (ervilha, feijão, lentilha) e até mesmo da amêndoa e semente de abóbora, entre outras fontes. De modo geral, esses suplementos contemplam mais de uma fonte vegetal, uma vez que não é possível obter todos os aminoácidos essenciais ou em quantidades suficientes em um único alimento, assim uma combinação entre dois ou mais garante um bom perfil de aminoácidos e melhora a biodisponibilidade do suplemento. Outro ponto está a digestibilidade, este tipo de proteína costuma ter uma digestão um pouco mais lenta, devido a isso algumas marcas aplicam técnicas industriais que melhoram esse processo, assim como a palatabilidade também, que tende a ter menos aceitação por parte das pessoas. Um ponto importante é que estes são ótimas alternativas para quem possui alergias ou restrições alimentares.
Apesar das particularidades de cada um, estudos mostram que em relação aos efeitos metabólicos da suplementação no organismo não há diferenças significativas. Assim, não importa qual seja a sua escolha, os resultados serão positivos em ambos, portanto opte por aquele que se adequar melhor ao seu perfil alimentar e não se esqueça de sempre consultar um nutricionista antes de iniciar qualquer suplementação.
Fonte: Valquíria Soares – Nutricionista da Rede Mundo Verde.
Referências:
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