Na intenção de avançar nos estudos sobre longevidade, os cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, decidiram analisar os biomarcadores de pessoas centenárias. E algumas diferenças detectadas nos exames chamaram a atenção
“Descobrimos que, em geral, aqueles que são centenários tendem a ter níveis mais baixos de glicose, creatinina e ácido úrico a partir dos sessenta anos”, destacou uma das autoras do estudo Karin Modig, para o portal ScienceAlert. A pesquisa foi publicada na revista científica Gero Science, em setembro deste ano.
Embora os valores medianos não tenham diferido significativamente entre os centenários e os não centenários para a maioria dos biomarcadores, as pessoas que já haviam completado um século de vida raramente apresentavam valores extremamente altos ou baixos em seus indicadores.
O estudo incluiu dados de 44 mil suecos que foram submetidos a avaliações de saúde entre os 64 e os 99 anos de idade. Os indicadores foram acompanhados por cerca de 35 anos.
Entre as pessoas analisadas, 1.224, ou 2,7% do total, viveram até os 100 anos. Entre os centenários, 85% eram mulheres.
Indicadores acompanhados
Alguns dos biomarcadores analisados foram:
- Níveis de inflamação usando o ácido úrico como parâmetro;
- Glicose e colesterol;
- Função hepática e renal;
- Potencial desnutrição e anemia.
Segundo a análise, poucas pessoas centenárias tinham um nível de glicose acima de 6,5 no início do estudo, ou um nível de creatinina acima de 125.
As pessoas com níveis baixos de colesterol total e de ferro apresentaram uma probabilidade menor de atingir os 100 anos em comparação com aquelas com níveis mais elevados. Por outro lado, indivíduos com níveis mais elevados de glicose, creatinina, ácido úrico e marcadores de função hepática também diminuíram a chance de se tornarem centenários.

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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor
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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente
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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga também são indicadas para fortalecer ossos e músculos
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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, também auxilia no aumento da energia, melhora o humor e o sono
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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por ao menos meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural. Ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida
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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor
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O estudo tem várias limitações, pois não levou em consideração a questão genética. No entanto, foi possível perceber que fatores como a qualidade da alimentação e a ingestão de álcool fazem diferença quando o objetivo é viver mais.
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