TOD: o que é o transtorno opositivo desafiador, comum em “maus alunos” Ouvir 5 de novembro de 2024 Nem sempre a irritação e a teimosia das crianças é birra. Algumas delas podem ter transtorno opositivo desafiador (TOD), que pode passar anos despercebido mas começa a se manifestar especialmente no início da fase escolar. O TOD é um desafio não só para os pais das crianças com o transtorno, mas também para os profissionais especializados pelos diagnósticos. Nem sempre é fácil identificar as crianças que podem de fato estar com o problema entre outras que são apenas desobedientes ou desafiadoras. “As crianças com TOD costumam ter dificuldade em controlar suas emoções e comportamentos. Muitas vezes, elas exibem teimosia extrema e episódios de raiva que fazem com que sejam confundidas, especialmente na escola, com maus alunos, especialmente pela agressividade e teimosia. Mas é possível separar os sintomas com a orientação correta e buscar ajuda para o paciente”, explica a neuropedagoga Mara Duarte, de Curitiba (PR). Leia também Saúde TOD em crianças: o que pode estar por trás de uma aparente birra? Saúde Transtorno Opositivo Desafiador: entenda como lidar com crianças TOD Distrito Federal DF: 99,8% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos estão na escola Brasil Pré-escola: 178 mil crianças não estão matriculadas por falta de acesso Os sintomas costumam aparecer com mais evidência no ambiente escolar, pois as crianças com TOD têm maior resistência a ambientes com regras preestabelecidas. Entretanto, segundo a educadora parental Andreia Rossi, especialista no transtorno, é preciso diferenciar pessoas que são contestadoras, uma característica natural e positiva, daquelas que são têm o transtorno. “Para ser considerado TOD, é necessário um nível de intensidade dos sintomas frequente e permanente por pelo menos seis meses. Os pais devem ficar atentos se é apenas uma fase ou se a criança constantemente os desafia com respostas hostis”, explicou Andreia em entrevista anterior ao Metrópoles. Como identificar o TOD? O TOD costuma ser identificado em crianças menores de dez anos, antes das explosões hormonais da adolescência tornarem o comportamento opositivo ainda mais difícil de diagnosticar. Em adultos é ainda mais raro. As causas são desconhecidas, mas tanto um contexto familiar conturbado quanto fatores genéticos de pais com episódios constantes de raiva podem estar relacionados à condição. A condição também frequentemente é acompanhada de outros transtornos associados. Crianças dentro do espectro autista ou com hiperatividade, por exemplo, possuem uma tendência maior a ter o TOD. Segundo o estudo Cuidando de quem cuida: um panorama sobre as famílias e o autismo no Brasil, realizado pela consultoria Genial Care em 2020, 4% das crianças dentro do aspecto autista possuem o transtorno opositivo desafiador. O TOD apresenta quatro grandes tipos de sintomas. São eles: Humor irritável: a criança tem episódios de raiva extrema por motivos pequenos; Comportamento desafiador: apresenta problemas em entender a autoridade de pais e professores; Índole vingativa: tendência de tentar ferir pessoas pelas quais se sentiu ofendido; Fuga da responsabilidade: pode ter dificuldade em assumir erros. Crianças com TOD têm problemas em reconhecer a autoridade dos pais Crianças com TOD são sempre “maus alunos”? Com a dificuldade em respeitar a autoridade e um comportamento raivoso, é comum que professores classifiquem as crianças com TOD como alunos difíceis. Isso não quer dizer, entretanto, que elas serão alunos ruins. Como o transtorno afeta a sociabilidade da criança, ela tem consequências no aprendizado, mas não há comprometimento cognitivo. Quando a condição é identificada e manejada por psicólogos e neuropediatras, muitas vezes é amenizada e ajuda o pequeno paciente a se expressar. “A criança com TOD já tende a ter baixa estima e um complexo de inferioridade, então é preciso dar a elas muito amor. A escola pode orientar os pais a ajudar o aprendizado em casa, com sugestões de leitura e atividades complementares sobre a gestão da raiva”, completa Mara. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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