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Vacina contra dengue do Butantan mantém eficácia por 3,7 anos
Os resultados do estudo de fase 3 da vacina contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan mostram que o imunizante mantém a segurança e eficácia por uma média de 3,7 anos. Os dados foram publicados nessa segunda (5/8) na revista científica The Lancet Infectious Diseases.
O artigo mostra ainda que a vacina protege contra quadros graves de dengue, independente de internação hospitalar — a eficácia, nesses casos, foi de 89%. Foram acompanhados 16 mil pacientes de 2 a 59 anos por dois a cinco anos (a média é de 3,7 anos), e a eficácia encontrada foi de 67,3%.
“Ter uma eficácia muito alta contra a doença com sinais de alarme e grave é fundamental, porque são as situações que causam um peso muito grande dentro do sistema de saúde. São essas pessoas que vão ser internadas e que têm risco de evoluir para óbito”, afirma o virologista Maurício Nogueira, primeiro autor do estudo, em entrevista ao Estadão. Ele também é professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).
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A vacina contra a dengue do Butantan é uma das esperanças de controle da doença no Brasil, uma vez que, além de a fórmula ter sido desenvolvida e poder ser fabricada no país, ainda é de apenas uma dose, ao contrário dos imunizantes disponíveis até o momento.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles — ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Anteriormente, o Instituto tinha confirmado uma eficácia de 79,6% nos dois primeiros anos. Os pesquisadores consideram a queda de eficácia com o passar dos anos normal, e explicam que as novas informações abrem uma discussão sobre a necessidade de reforço.
Um novo relatório será publicado quando o quinto ano de acompanhamento dos voluntários for completado. A partir da publicação do estudo final, a vacina passará por um processo de aprovação acelerado na Anvisa, assim como aconteceu com os imunizantes contra o coronavírus. A expectativa é que a fórmula seja aprovada para venda e comercialização em 2025.
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