O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado em 10 de outubro. A data foi escolhida para conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental, dos hábitos de vida na prevenção de transtornos e no papel da rede de apoio que cerca o indivíduo.
“Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão possuem fatores imutáveis, como a genética, mas também são fortemente influenciados pelos nossos hábitos. Muitas vezes fazemos coisas sem ter consciência sobre consequências”, afirma o psiquiatra Flávio Nascimento, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), do Rio de Janeiro.

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Reconhecer as dificuldades e buscar ajuda especializada são as melhores maneiras de lidar com momentos nos quais a carga de estresse está alta
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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos
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Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa
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Insônia: se não há sono de qualidade é impossível recuperar a energia necessária para seguir em um novo dia. Os distúrbios ligados ao sono são um dos principais fatores que afetam a saúde mental das pessoas
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Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda
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Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente
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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental
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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite
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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela
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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade
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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada
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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto
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De acordo com Nascimento, alguns comportamentos funcionam como gatilhos para quadros de perturbação mental ou podem piorar condições já existentes. Pensando nisso, o profissional recomendou a mudança de cinco hábitos comuns que podem trazer prejuízos para a saúde mental:
1. Excesso de celular
Para o psiquiatra, o grande fluxo de informações, pedidos e exigências que nos chegam pelos telefones nos mantém excessivamente alertas e atentos, podendo instigar a ansiedade patológica.
“Quando o celular se torna um vício é preocupante, especialmente quando há um uso excessivo de redes sociais. Esse comportamento elimina os momentos de descanso e higiene mental”, explica Nascimento.
2. Dormir mal
“Noites mal dormidas, insônia e privação crônica de sono são um forte potencializador de ansiedade e depressão”, aponta o psiquiatra. Nascimento sugere que as pessoas estejam atentas à higiene do sono para conservar a saúde física e mental.

3 – Perfeccionismo
Claro que manter certo nível de exigência e ter a expectativa de fazer as coisas de maneira bem feita é fundamental para alcançar resultados. Entretanto, muitas pessoas extrapolam na autocobrança.
“Quando a perfeição chega ao nível de obsessão, o indivíduo passa a viver em estresse crônico pelo medo constante de falhar”, afirma o médico.
4 – Consumo de álcool
O abuso de substâncias capazes de alterar a consciência, como o álcool e as drogas, pode ser extremamente prejudicial a pessoas que já apresentam uma saúde mental debilitada.
“O uso de álcool e drogas está diretamente relacionado ao desenvolvimento e à progressão de vários transtornos e doenças mentais, muitas vezes sendo o consumo o principal gatilho”, completa Alexandre.

5 – Reprimir sentimentos
“A negação ou repressão de sentimentos, como o ato de engolir o choro, cria somatizações que têm consequências futuras. É importante sempre expressar as emoções e, quando necessário, buscar a ajuda de um profissional para saber direcioná-las melhor”, acrescenta o psiquiatra.
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