Peritos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que o empresário Luiz Marcelo Ormond morreu envenenado com morfina. A substância foi encontrada no corpo do homem e a principal hopótes é que ele ingeriu o veneno disfarçado por um brigadeirão preparado por sua namorada, Júlia Andrade.
O relatório do IML apontou que Luiz Marcelo ingeriu ao menos 60 comprimidos do medicamento Dimorf, que tem a morfina, o mais antigo e mais famoso dos opioides, como base. Além disso, o laudo mostrou que o conteúdo estomacal da vítima tinha uma grande quantidade de clonazepam.
O que tinha no brigadeirão?
A morfina é um remédio contra a dor considerado um dos principais analgésicos do mundo. A prescrição máxima segura de comprimidos, segundo o Manual MSD, é de 20 mg da substância a cada intervalo de três horas. A dose ingerida por Luiz Marcelo pode ter chegado a 480 mg de uma só vez.
Já o clonazepam é um medicamento para tratamento da ansiedade e do transtorno bipolar. Pertencente à categoria dos benzodiazepínicos, ele é usado para tratar episódios graves de mania e descontrole emocional.
Ambos remédios são liberados para comercialização apenas com receita, já que as doses altas podem levar a efeitos adversos graves, incluindo coma e morte.
O clonazepam pode ser comprado com receita azul (com duas vias, uma fica retida na farmácia), enquanto a morfina só é vendida com receita amarela (a mais estrita de todas). Ao se entregar à polícia, Júlia Andrade não revelou como teve acesso aos medicamentos.
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