Zinco e seu impacto no sistema imune Ouvir 17 de julho de 2024 Evidências têm apontado a importância do zinco para as células do sistema imune e para uma resposta imunológica eficiente a vários estressores ambientais. Dessa forma, discutiremos brevemente a função do zinco na estrutura de proteínas, como antioxidante e em células do sistema imune, que são fundamentais para a regulação da resposta imunológica. Zinco e sua função na estrutura de proteínas O zinco compõe aproximadamente 10% do proteoma humano, ou seja, as proteínas estão potencialmente ligadas ao zinco. Este número explica a importância do mineral na síntese de DNA, RNA e diversas proteínas, tendo um papel fundamental na preservação da estabilidade do genoma, participando na regulação e estrutura de proteínas envolvidas no reparo do DNA. De maneira geral, 90% do proteoma do zinco pode ser classificado em dois grupos principais: enzimas e fatores de transição. A dependência das proteínas em relação ao zinco demonstra a importância desse mineral para as funções celulares. Já é bem documentado na literatura científica que a função das proteínas depende da sua estrutura, bem como do seu estado de carga, e o zinco pode afetar ambos os fatores, mesmo em concentrações baixas. Quatro tipos de locais de ligação ao zinco podem ser distinguidos: locais estruturais, catalíticos, regulatórios e de interface proteica. Dessa forma, o zinco está envolvido na regulação de processos celulares fundamentais para o desenvolvimento e funções de todas as células do sistema imunológico. Zinco e sua função como antioxidante O zinco está envolvido na produção e na neutralização de espécies reativas de oxigênio (EROs). Em condições fisiológicas, as EROs são produzidas durante a respiração celular ou para eliminar patógenos fagocitados e são neutralizadas sem danificar as células. A produção excessiva de EROs, também conhecida como estresse oxidativo, pode resultar em danos aos tecidos. Os processos inflamatórios e outros estressores também podem aumentar a produção de EROs e diminuir os componentes antioxidantes do organismo. Apesar de o zinco ser inerte, ele pode atuar como um pró-antioxidante e afetar o equilíbrio redox celular em vários níveis. O zinco ativa moléculas e proteínas, como a glutationa peroxidase e a superóxido dismutase, e reduz a atividade de enzimas promotoras de oxidação, como a óxido nítrico sintase. Além disso, o zinco pode inibir a enzima produtora de superóxido, a NADPH oxidase (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato oxidase). Dessa forma, ele ajuda na manutenção do equilíbrio redox celular. A deficiência de zinco está frequentemente relacionada ao aumento do estresse oxidativo, enquanto a suplementação foi relacionada à redução da produção de EROs. Os mecanismos antioxidantes quando diminuídos implicam da produção excessiva de EROs e danos a todas as células, incluindo as células do sistema imune. Zinco e sua função em células do sistema imune O zinco tem demonstrado apresentar um papel na regulação do timo e maturação de suas células derivadas, como as células T. As principais explicações para a diminuição no número de células T observada durante a deficiência de zinco são a atrofia do timo e a diminuição de sua atividade, além da baixa produção e atividade de timulina (possuí efeito modulador na produção de linfócitos T), diminuição dos níveis e de alterações induzidas por IL-2 (interleucina-2), essa interleucina está relacionada à ativação de fatores de crescimento, sobrevivência e diferenciação de linfócitos. A deficiência de zinco também leva a menor expressão do fator antiapoptótico (Bcl-2) e aumento da morte de linfócitos T. Portanto, a deficiência de zinco pode acarretar num aumento no apoptose de linfócitos paralelamente à diminuição da proliferação. A deficiência de zinco demonstrou implicar na redução da atividade das células natural killer (NK) in vivo e em indivíduos com baixos níveis de zinco. Em contraste, quando suplementado, o zinco aumentou a atividade e porcentagem de células NK em cultura de leucócitos. É importante salientar que a ineficiência das células NK pode resultar em infecções recorrentes. O zinco também é importante para o desenvolvimento de células dendríticas (CD). As células CD maduras são um requisito para a apresentação do antígeno e, portanto, para a ativação das células imunes adaptativas. A maturação perturbada das CD pode, consequentemente, ter impacto negativo na resposta imune adaptativa contra patógenos. Como conclusão, o zinco participa de funções importantes em células imunes, como proliferação, sobrevivência e diferenciação de células T, atividade de células NK e maturação de células CD. Além disso, faz parte da estrutura e funções de proteínas que podem estar associadas à manutenção de células do sistema imune e, ainda, tem papel importante no controle redox do organismo, que está ligado à sobrevivência de células do sistema imunológico. Referências: https://doi.org/10.1016/j.abb.2016.03.022 http://dx.doi.org/10.1155/2016/6762343 https://doi.org/10.1016/j.arr.2021.101541 https://doi.org/10.3390/nu9060624 O post Zinco e seu impacto no sistema imune apareceu primeiro em Blog Nutrify. Nutrição
Doce encanto natalino, uma Sobremesa Fabulosa para surpreender! 11 de dezembro de 2023 Hoje, vou compartilhar uma sobremesa fabulosa, perfeita para os dias quentes: um pudim de frutas tropicais com um toque irresistível de amêndoas. Essa delícia é super refrescante e incrivelmente fácil de fazer. Então, peguem seus utensílios de cozinha e venham comigo aprender essa delícia! Uma das coisas que mais amo… Read More
Conheça os benefícios do mel no seu dia a dia 22 de agosto de 202323 de agosto de 2023 Os consumidores vêm tornando-se cada vez mais conscientes da importância da alimentação para a saúde, buscando alimentos que além de saudáveis possam prevenir doenças. Dentre eles, o mel se destaca como uns destes alimentos, porque além de ser natural produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores, contém vitaminas… Read More
Médico explica o que muda com nova recomendação da OMS para consumo de gordura, açúcar e carboidratos 22 de agosto de 202323 de agosto de 2023 A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou na última semana a tabela de consumo recomendado de gorduras, açúcar e carboidratos para crianças, adolescentes e adultos. Os números funcionam como diretrizes para uma dieta saudável. O objetivo da entidade é diminuir as doenças relacionadas à dieta, como câncer, diabetes tipo 2… Read More