Shake de proteína pode matar? Entenda caso de jovem do Reino Unido Ouvir 14 de setembro de 2023 O legista Tom Osborne solicitou que a venda de shakes de proteína passe por mudanças no Reino Unido. Em relatório apresentado nesta terça-feira (12/9) à Food Standards Agency, espécie de Anvisa local, ele defende que os produtos tragam no rótulo um alerta sobre risco de morte para os consumidores. Osborne foi responsável pelo atendimento de Rohan Godhania, um garoto britânico de 16 anos que morreu em 2020, três dias depois de consumir um suplemento de proteína. Leia também Claudia Meireles Conheça as principais frutas ricas em proteínas para turbinar a dieta Saúde Consumir muita proteína prejudica os rins? Estudo analisa os efeitos Saúde Jovem de 16 anos morre após beber shake de proteínas Nutrição Expert indica 5 fontes veganas de proteína para ganhar massa magra Os pais do rapaz compraram o pó para o preparo de shake proteíco após estarem convencidos de que ele precisava desenvolver músculos para melhorar a postura. Após ingerir a bebida, Rohan passou mal e foi levado ao hospital, onde sofreu dano cerebral irreversível provocado por intoxicação. Shakes de proteína podem desencadear intoxicação a partir de doenças já existentes e desconhecidas O que causou a morte? O suplemento de proteína causou uma alta de amônia no corpo, provocando uma intoxicação severa no rapaz. O hospital não fez os exames necessários, que poderiam ter acusado a reação e permitido tratamento em tempo hábil. Os órgãos de Rohan foram doados e, meses depois, a pessoa que recebeu o fígado do garoto começou a ter convulsões. Após uma biópsia no órgão transplantado, se constatou que Rohan tinha uma doença genética rara que diminui a capacidade de retirar amônia do sangue. Esse problema de saúde se chama deficiência em ornitina carbamoiltransferase (OTC) e precisa de uma combinação de exames genéticos e clínicos para ser diagnosticado. A OTC acomete um em cada 50 mil recém-nascidos e é mais predominante em homens. Segundo a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), ela tem como principais sintomas alterações comportamentais, vômitos episódicos e letargia. Alerta de segurança nos rótulos Após trabalhar no caso, Osborne vem advogando que os fabricantes de shakes de proteína escrevam no rótulo do produto um alerta sobre os riscos para pessoas que têm OTC. “Apesar de ser uma condição rara, pode ter efeitos graves se alguém tomar a bebida e tiver um pico de proteínas”, afirma o especialista. “Suplementos e bebidas com alto teor de proteína são facilmente acessíveis ao público em geral, mas os seus rótulos não informam adequadamente os consumidores sobre os perigos potenciais, como o desenvolvimento da OTC”, alerta o médico. “Na minha opinião, existe o risco de ocorrência de mortes futuras, a menos que sejam tomadas medidas”, disse o médico, em seu relatório à Food Standards Agency. O órgão tem até dia 2 de outubro para responder a solicitação. Siga a editoria de Saúde do Metrópoles no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Covid: especialistas alertam para queda da vacinação entre vulneráveis 28 de setembro de 2024 Pouco mais de um ano após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar o fim da pandemia de Covid-19, médicos ligados à Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) alertam para a queda da cobertura vacinal no Brasil entre os grupos mais vulneráveis a desfechos graves provocados pela Covid. Entre crianças menores… Read More
Notícias Mpox: antiviral não melhora sintomas de infecções pela nova variante 19 de agosto de 2024 Dados de um estudo patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) mostram que o antiviral tecovirimat não é eficaz para reduzir o tempo de duração das lesões de pele que aparecem em crianças e adultos infectados com a nova variante da mpox. O remédio era bastante usado… Read More
Antidepressivo mostra resultados promissores contra tumor cerebral 22 de setembro de 2024 O glioblastoma é um tumor cerebral agressivo e incurável. Os médicos tentam estender a expectativa de vida dos pacientes por meio de radiação, quimioterapia e intervenções cirúrgicas. No entanto, metade dos acometidos morre em até doze meses após o diagnóstico. Pesquisadores liderados pelo professor Berend Snijder, do Instituto Federal de… Read More