Alemã passa por procedimento para ter pele negra: “Sou transracial” Ouvir 3 de março de 2025 A modelo alemã Martina Big está desde 2017 tomando injeções estimulantes de melanina (como bronzeadores injetáveis) e usando semanalmente sua própria câmara de bronzeamento artificial para conquistar seu sonho de ter uma pele negra. “Sou transracial”, diz ela em entrevista ao Metrópoles. Conhecida por suas drásticas transformações corporais, incluindo os seis litros de implantes de silicone em cada seio, Martina passou a adotar o nome de Malaika Kubwa, como foi batizada no Quênia, que em suaíli significa “grande anja”. Leia também Mundo História negra e Holocausto: Google tira datas culturais de calendário Mundo Vídeo: cidade de maioria negra nos EUA se arma contra neonazistas Rodrigo França Paulo Barros e o incômodo com o enredo negro na festa que é negra Celebridades Vanessa da Mata foi ensinada a dizer que não era negra As transformações de Martina são consideradas agressivas à saúde por médicos. O programa de televisão americano Botched, conhecido por consertar cirurgias plásticas que deram errado, já recusou os pedidos da modelo para colocar implantes nos glúteos tão grandes quanto os dos seios e criar um nariz que a permitisse se sentir “mais africana”. O procedimento arriscado As câmaras de bronzeamento, como as usadas por Martina, são proibidas no Brasil desde 2009 por levarem a um risco 75% maior de desenvolvimento de câncer de pele. “Elas também são associadas ao aumento no risco de queimaduras e envelhecimento precoce”, alerta o dermatologista Denis Ricardo Miyashiro, do Hcor, em São Paulo. Apesar dos riscos da prática, Martina segue usando sua câmara de bronzeamento com 50 tubos de emissão de luz de radiação UVB com frequência. “No passado, eu tinha a pele muito clara e cabelos loiros, mas sonhava em ser bronzeada e senti cada vez mais necessidade de ter uma pele escura”, explica. Depois das injeções de melanina, ela fez novas sessões de bronzeamento e afirma ter alcançado o tom escuro da pele após o primeiro mês. “Depois do procedimento, percebi que minha essência havia mudado, não só minha aparência. Agora, não apenas pareço africana, mas também me sinto como uma africana”, diz. Procedimentos além da pele Além das injeções de melanina, Martina fez outras modificações corporais para conquistar o visual que hoje ostenta como Malaika Kubwa. Em 2012, ela passou por uma lipoaspiração nas pernas e nos quadris e colocou facetas de porcelana nos dentes para tê-los mais brilhantes. Também nesse ano começaram os implantes mamários. O objetivo inicial dela já era ousado: próteses de dois litros cada, feitas de um material elástico semelhante ao silicone, mas que pode ser aumentado posteriormente com injeções salinas. 3 imagens Fechar modal. 1 de 3 Ela iniciou suas transformações em 2012 Reprodução/Instagram/busty.model.martina.big 2 de 3 Martina tem uma câmara de bronzeamento em casa para manter a pele no tom que ela gosta Reprodução/Instagram/busty.model.martina.big 3 de 3 Martina diz que sua experiência no Quênia a mudou a ponto de ter alterado sua identidade Reprodução/Instagram/busty.model.martina.big “Achei que ficaria satisfeita com os dois litros, mas percebi que não era suficiente. Em maio de 2019, troquei os implantes por outros maiores e que foram feitos por encomenda. Eles podem chegar a comportar até 20 litros de solução por prótese, mas atualmente tenho apenas 6,6 litros por seio”, conta. Os seios gigantes, que ela afirma serem os maiores do mundo, podem ser também prejudiciais à saúde. “Seios muito grandes e pesados podem causar uma sobrecarga da coluna e da musculatura da região, causando dores, prejudicando a postura e favorecendo a distensão da pele. Se a paciente começa a sentir que o tamanho das próteses está atrapalhando sua rotina e qualidade de vida, é possível optar pelo explante mamário”, afirma a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, de São Paulo. “Sou orgulhosa de ser negra” Segundo a modelo, seu processo de transformação também foi cultural, com visitas a comunidades na África e no Caribe. “Sou uma mulher negra há oito anos e quero, com a minha jornada, encorajar os negros a perceberem que são belos e não precisam ficar presos a formas de pensamento ultrapassadas e coloniais”, conta. Ela, no entanto, não ignora as críticas que recebe por se autoafirmar uma mulher transracial. “Alguns pessoas acham que estou roubando a raça deles ou fazendo piadas, mas essa não é minha intenção. Estou muito feliz e orgulhosa de ser uma mulher negra agora”, afirma. Martina lembra que também recebeu apoio de pessoas que consideram sua transformação um ato de coragem e que tem vários fãs no Brasil. “Estou tentando construir uma ponte entre brancos e negros”, conclui. Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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