Conheça o baru e as castanhas brasileiras, fontes de nutrientes que protegem o coração Ouvir 25 de março de 2025 Esses alimentos esbanjam nutrientes e substâncias que auxiliam na proteção das artérias, entre outros atributos; saiba como desfrutar das castanhas no seu dia a dia Por Regina Célia Pereira, da Agência Einstein 24/3/2025 Não é preciso ir atrás de nuts, ou seja, de castanhas estrangeiras, para encher o cardápio de sabor e nutrientes, afinal, existem excelentes opções nativas no Brasil. Além das aclamadas castanhas do Pará e de caju, um dos destaques é o baru, velho conhecido dos povos originários e cada vez mais popular em todas as regiões brasileiras e até mundo afora. + Fitness Brasil Expo: faça parte do maior evento de fitness, saúde e bem-estar da América Latina + Conheça e baixe gratuitamente o Panorama Setorial Fitness Brasil 2024 + Siga a Fitness Brasil no Instagram O alimento vem de uma espécie considerada símbolo do Cerrado, o baruzeiro, que atinge cerca de 20 metros de altura. Contém sais minerais, como o zinco e o ferro, aliados contra a anemia, e potássio, que favorece o controle da pressão arterial e ajuda a combater as incômodas cãibras. Oferece ainda proteína, aquela que é indispensável aos músculos. Outro destaque é a concentração de gorduras do tipo monoinsaturada – a mesma do azeite –, festejadas pelos efeitos cardioprotetores, incluindo o equilíbrio dos níveis de colesterol no sangue. “A casquinha marrom que envolve a castanha é rica em compostos fenólicos”, comenta a nutricionista Gracieli de Miranda Monteiro, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG). Essas substâncias têm potente ação antioxidante e ajudam a neutralizar os radicais livres, moléculas por trás de danos às artérias, entre outros distúrbios. Em uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e com pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Gracieli Monteiro tem investigado o baruzeiro. “A castanha representa somente 5% da massa total do fruto e resolvemos analisar sua polpa, que tem sido descartada”, comenta. Entre os achados da pesquisa, publicada em fevereiro no periódico científico Food Research International, vale mencionar a grande quantidade de fibras, de vitamina C, de minerais como o cálcio, o ferro, o magnésio e o cobre, assim como a alta concentração de compostos fenólicos, sobretudo de trigonelina. “Essa substância aparece em estudos pela atuação a favor da saúde do cérebro”, diz a pesquisadora do IFNMG. Um dos objetivos é estimular a utilização integral do alimento, evitar desperdícios e reduzir a quantidade de resíduos, atenuando impactos ambientais. “A polpa pode ser transformada em farinha e enriquecer pães, biscoitos, entre outras preparações”, defende a especialista. Leia também Nutrição: saiba como um prato variado e colorido pode fazer bem para a saúde dos ossos Como o estilo de vida pode impactar na prevenção e no tratamento de doenças crônicas Para Gabriela Mieko Yoshimura, nutricionista esportiva do Espaço Einstein de Reabilitação e Esporte do Hospital Israelita Albert Einstein, promover o aproveitamento total do baru colabora para a sustentabilidade da cadeia produtiva. “Além de incentivar a conservação da flora nativa, gera oportunidades econômicas para as comunidades locais”, afirma. Sem contar que é uma estratégia para valorizar ingredientes brasileiros. Enquanto são investigadas maneiras de aproveitar o fruto, que raramente é consumido in natura por não ser tão agradável ao paladar, a sugestão é experimentar a castanha, que está disponível em supermercados. De sabor suave, quase neutro, mas que se parece um pouco com o do amendoim, ela tem encantado chefs internacionais, mas há tempos aparece nas cozinhas brasileiras, sobretudo as goianas e mineiras, em receitas de doces, como o pé-de-moleque. “Crua ou torrada, a castanha do baru pode ser apreciada como opção de lanche”, sugere a nutricionista do Einstein. Mas é preciso atentar para a quantidade, pois é um alimento calórico. Não dá para estabelecer uma quantia exata, tudo vai depender do perfil. “A recomendação deve ser individualizada”, orienta Mieko. Vai bem ainda triturada e salpicada em frutas, iogurtes, saladas e farofas, por exemplo. “Além de enriquecer com seus nutrientes, acrescenta crocância”, elogia a nutricionista. Outra sugestão é preparar o molho pesto, que leva ainda azeite de oliva e manjericão. Outras castanhas brasileiras Para fugir da monotonia alimentar, outras oleaginosas nativas podem compor o cardápio. Aliás, esse grupo é chamado assim por concentrar quantidades generosas de gorduras em sua composição. É por essa característica que, assim como o baru, todas são calóricas e o excesso pode contribuir para o ganho de peso. Confira a seguir três tipos populares: Amendoim Pelas particularidades botânicas, o amendoim é classificado como leguminosa. Isso porque, assim como os feijões, ele cresce em uma vagem. O alimento é natural da América do Sul, da área que corresponde à Bolívia, e foi domesticado no Brasil. Além de gorduras benéficas e proteínas, oferece a vitamina E, potente antioxidante que zela pela integridade dos vasos sanguíneos. Outro destaque são os fitoesteróis, substâncias que interferem na absorção do colesterol, ajudando a equilibrar os níveis em circulação. Faz sucesso como petisco e entra em diversas receitas. Pode compor um mix, junto de outras oleaginosas, perfeito para os lanches intermediários entre as refeições — desde que sem exageros. Nos últimos anos, a pasta de amendoim ganhou popularidade. Nesse caso, a dica é optar pela versão pura, sem adição de outros ingredientes. “O ideal seria consumi-la em quantidades moderadas, como parte de um lanche, junto de fontes de proteínas e de fibras”, ensina a nutricionista do Einstein. Leia também Afinal, é possível aumentar a imunidade? Discutimos 10 mitos e verdades sobre o tema Nutrição: 5 benefícios do nitrato, presente em vegetais, para potencializar saúde e performance Castanha-de-caju A palavra “caju” vem do tupi acaiu e quer dizer “noz que se produz”. Tal designação já dá a pista de que, ao contrário do que muita gente pensa, a castanha é o verdadeiro fruto do cajueiro. Aquela estrutura de casca avermelhada e polpa refrescante é um pseudofruto. Assim como as outras, a castanha-de-caju oferta um mix de gorduras mono e poli-insaturadas, além de minerais como o magnésio, associado ao bom humor. Serve também como matéria-prima de bebidas vegetais. A recomendação para esse tipo de produto é avaliar criteriosamente o rótulo. “Pode ser inserida no cardápio crua ou torrada, como snack ou adicionada às preparações”, sugere Gabriela Mieko. De saladas a sobremesas, combina com os mais variados pratos. Castanha-do-pará Também chamada de castanha-do-brasil, é imbatível na quantidade de selênio, mineral de ação antioxidante e anti-inflamatória, apontado como um dos guardiões de estruturas cerebrais, ajudando a afastar problemas como o Alzheimer. Mas cuidado: grandes quantidades podem ser tóxicas ao organismo. “Para não ultrapassar limites seguros de ingestão de selênio, a recomendação é consumir de 2 a 3 unidades [de castanha-do-pará] por dia”, indica a nutricionista. E não é só de selênio se faz uma castanha: ela também oferece vitaminas e fibras, as parceiras da saúde intestinal. Fica perfeita moída e adicionada em saladas de frutas ou folhas e nas mais variadas receitas. Fonte: Agência Einstein Fitness
Cinco exercícios ideais para mulheres de qualquer idade 8 de setembro de 2025 Um estudo publicado na revista médica Journal of Pharmacology apontou que os exercícios físicos reduzem indiretamente o risco relativo de morte em 35% nas mulheres. O motivo é que a prática regular pode prevenir e combater diversas doenças e problemas cardiovasculares. Sendo assim, veja na sequência os cinco exercícios físicos… Read More
Fitness Todo mundo que treina pode se beneficiar do consumo de cafeína? Conheça as indicações 13 de fevereiro de 2025 Há evidências de que a substância é capaz de aumentar a resistência e a força muscular, mas especialistas recomendam cautela para uso de suplementos Por Thais Szegö, da Agência Einstein 11/2/2025 É cada vez mais comum ouvir falar de pessoas que consomem suplementos de cafeína. Nas redes sociais, não faltam… Read More
Ciência reforça benefícios do yoga para a longevidade das mulheres 20 de agosto de 2025 A prática regular do yoga vem ganhando cada vez mais destaque não apenas como uma forma de relaxamento, mas também como um importante recurso para a saúde feminina. Estudos recentes apontam que essa atividade pode contribuir diretamente para a qualidade de vida e para a longevidade das mulheres, especialmente durante… Read More