Cientistas alertam que mpox pode se tornar uma séria ameaça global Ouvir 1 de abril de 2025 Pesquisadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, acreditam que a mpox tem o potencial de se tornar uma ameaça à saúde global se for encarada com leviandade. As considerações foram divulgadas nesta terça-feira (1º/4), em uma carta publicada na revista Nature Medicine. Na carta, os cientistas apontam que o vírus, que era tradicionalmente transmitido de animais para humanos, passou a ser transmitido com facilidade entre as pessoas. “Os surtos mais recentes mostram que o contato íntimo é agora uma forma significativa de propagação do vírus. Essa mudança na forma como ele é transmitido está levando a cadeias de transmissão mais longas e surtos duradouros”, escreveu Carlos Maluquer de Motes, professor de Virologia Molecular na Universidade de Surrey. Como é a transmissão da mpox? A mpox é uma infecção viral causada por um vírus que pertence à mesma família da varíola. Os principais sintomas da doença incluem: erupção cutânea dolorosa, febre e glândulas inchadas. Em alguns casos, a mpox pode levar a doenças mais sérias. A transmissão do vírus ocorre por meio do contato com feridas, bolhas na pele ou gotículas respiratórias de pessoas infectadas. Leia também Saúde Vacina contra mpox apresenta 84% de eficácia após uma dose, diz estudo Saúde Mpox: conheça os primeiros sinais e sintomas da doença Saúde Mpox: o que se sabe sobre a nova cepa identificada no Brasil São Paulo Mpox: moradora da Grande SP é o 1º caso de nova cepa da doença no país Mudança no comportamento do vírus mpox O professor da Universidade de Surrey destaca que a mudança no comportamento de transmissão do vírus coincidiu com a rápida disseminação do clado 2b. Ao mesmo tempo, diferentes variantes do clado 1 também estão surgindo, com casos mais graves. Motes chama atenção ao fato de que o vírus parece estar acumulando mutações genéticas impulsionadas por enzimas do corpo humano. Ou seja, quanto mais o vírus permanece em circulação, maiores são as chances de as mutações ajudarem o mpox a se adaptar aos seres humanos. “O controle da mpox tem que subir na agenda global de saúde. Temos ferramentas de diagnóstico limitadas e ainda menos tratamentos antivirais. Precisamos urgentemente de melhor vigilância e capacidade local ou regional para produzir o que precisamos – caso contrário, corremos o risco de epidemias futuras”, aponta Maluquer de Motes. 11 imagens Fechar modal. 1 de 11 A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas Jackyenjoyphotography/ Getty Images 2 de 11 Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas koto_feja/ Getty Images 3 de 11 Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família “ortopoxvírus”. A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia Wong Yu Liang/ Getty Images 4 de 11 Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses Jackyenjoyphotography/ Getty Images 5 de 11 Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi Jackyenjoyphotography/ Getty Images 6 de 11 A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose A Mokhtari/ Getty Images 7 de 11 A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas David Talukdar/Getty Images 8 de 11 A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção bymuratdeniz/ Getty Images 9 de 11 Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem Isai Hernandez / Getty Images 10 de 11 A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas Sebastian Condrea/ Getty Images 11 de 11 O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias KATERYNA KON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e no Canal do Whatsapp e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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