Covid e dengue: médicos alertam para casos de infecções simultâneas Ouvir 21 de fevereiro de 2024 Em paralelo à epidemia de dengue, estão crescendo as infecções causadas pelo coronavírus no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem registrado média de 30 mil novos casos a cada semana desde o início do ano. Leia também Saúde Covid ou dengue? Saiba como diferenciar os sintomas em crianças Saúde Dengue assintomática: como saber se tive infecção sem sintomas? Distrito Federal Janeiro de 2024 foi o mês com mais casos de dengue na história do DF Distrito Federal DF: paciente que morreu por Covid tinha esquema vacinal incompleto De acordo com infectologistas ouvidos pelo Metrópoles, também estão se tornando mais comuns situações nas quais os pacientes enfrentam quadros de Covid e dengue combinados. A infecção simultânea pelos dois vírus pode potencializar os sintomas do paciente e, caso não seja corretamente diagnosticada, há risco de uma das doenças mascarar a outra, permitindo seu avanço. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (4) A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue.jpg O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue-2.jpg A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images ***Foto-mosquito-da-dengue-3.jpg No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images ***Foto-pessoa-olhando-termometro.jpg Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-em-maca-hospitalar.jpg No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images ***Foto-pessoa-em-frente-a-vaso-vomitando.jpg Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images ***Foto-pessoa-sentada-em-cama-de-hospital.jpg Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-no-chao.jpg Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images ***Foto-pessoa-segurando-remedio-nas-maos.jpg Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images ***Foto-pessoa-deitada-em-maca-hospitalar-2.jpg Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images Voltar Progredir 0 Covid e dengue juntas Covid e dengue têm alguns sintomas em comum: febre, diarreia, dor de cabeça e dor no corpo. No entanto, na Covid ocorrem sintomas respiratórios, como falta de ar e tosse. Na dengue, por sua vez, há manchas vermelhas no corpo e dor atrás dos olhos. Quando dengue e Covid ocorrem juntas, os sintomas podem ser potencializados, especialmente mal-estar e fadiga. A sobreposição dos vírus também pode resultar em desfechos mais graves, pois as defesas do corpo são mais exigidas. “Está cada vez mais comum encontrar pacientes com as duas doenças juntas”, diz Werciley Júnior, coordenador de Infectologia do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. “Nas últimas semanas, estamos vivendo aumento de ambas e isso tem aumentado a quantidade de pessoas com o azar de ter os dois vírus ao mesmo tempo”, completa o especialista. O fenômeno também já foi notado pelo infectologista Rafael Moreira, da Kora Saúde, em São Paulo: “Em um contexto de aumento de casos de ambas as doenças, como nós estamos vivendo, uma delas pode inclusive abrir a porta para outra. Uma doença exige muito do organismo, enfraquecendo a imunidade e aumentando chances de outras doenças”, diz. A combinação de sintomas também aumenta a procura por assistência médica. “As dores musculares da dengue combinadas com a dificuldade respiratória da Covid geram um senso de urgência nos pacientes e temos visto um aumento exponencial de pessoas indo ao hospitais com quadros assim”, aponta Moreira. Prevenção e vacinas Os médicos alertam a população para as medidas preventivas existentes, especialmente a vacinação. “A sociedade é orientada a combater focos de água parada e, ainda assim, descuida. Na Covid, há resistência em completar o esquema vacinal mínimo. São comportamentos que precisam ser repensados”, afirma Werciley. 3 Cards_Galeria_de_Fotos Mesmo em países com alta taxa de imunização, o número de vacinados infectados pela Covid está crescendo. Apesar de o que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionam Westend61/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecção Andriy Onufriyenko/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos Morsa Images/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúde Pramote Polyamate/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessária Morsa Images/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existe Morsa Images/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid O atual aumento nos diagnósticos positivos podem ser explicados por aglomerações causadas nas festas de fim de ano, aniversários, feriados prolongados, etc. Flashpop/ Getty Images ***Por-que-vacinados-podem-se-infectar-com-covid No entanto, é clara a desaceleração das mortes em todo o mundo, o que reforça a importância da vacinação, principalmente em um cenário de circulação da Ômicron FG Trade/ Getty Images Voltar Progredir 0 Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Nutróloga ensina 5 segredos para combater a obesidade 5 de junho de 2024 Infarto, diabetes e câncer. Todas essas doenças têm um risco aumentado em pacientes obesos, tornando a obesidade uma das condições mais perigosas para a saúde. Ela, além disso, é bastante frequente. De acordo com um levantamento feito pela Lancet com dados de 2022, mais de um bilhão de pessoas viviam… Read More
Notícias Beber café ao acordar pode fazer mal. Saiba quando tomar a 1ª xícara 16 de agosto de 2024 Para muitas pessoas, um dia produtivo só começa depois de uma xícara de café. Apesar de a cafeína ser uma aliada para espantar o sono, há quem defenda que seja evitada no primeiro momento do dia. Leia também Saúde Café depois do almoço faz mal? Veja 3 curiosidades sobre a… Read More
Notícias Estudo descobre quanta informação é enviada em cada sinapse do cérebro 5 de junho de 2024 O cérebro humano é uma máquina complexa: a todo momento, são feitas trilhões de conexões entre os neurônios, que trocam informações por meio das sinapses, e garantem o bom funcionamento do organismo. Porém, esse processo é mais eficiente do que a ciência estimava. De acordo com um estudo publicado em… Read More