Comer carne vermelha todo dia faz mal? Entenda impactos na dieta Ouvir 10 de maio de 2024 A carne vermelha é um assunto cercado de polêmicas: há quem não dispense o consumo diário de um bom bife, como também existem aqueles que a excluem totalmente da dieta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que a ingestão de carne vermelha seja limitada a 500 gramas por semana, isso porque há evidências de que o consumo excessivo esteja relacionado a doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer, como o de intestino. Entre os argumentos pró-consumo de carne, estão o fato de o alimento ser uma boa fonte de proteínas, de vitamina-B e de minerais, como ferro e zinco. Antes de bater o martelo, a professora de nutrição Fábia Carolina Resende, da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte (MG), destaca que é necessário delimitar o grupo de “carnes vermelhas” entre processadas e naturais. “As carnes processadas, tipo as carnes enlatadas, as salsichas e os salames, devem ser evitadas sempre por terem muito sal e aditivos”, afirma a especialista. Leia também Claudia Meireles Gastroenterologista responde se é saudável comer carne vermelha Saúde Harvard sugere reduzir carne vermelha para evitar diabetes Gastronomia 7 receitas de bacalhau para uma ceia de Natal sem carne vermelha Vida & Estilo Feijão ou carne vermelha? Confira os melhores alimentos ricos em ferro As carnes vendidas in natura no açougue são opções mais saudáveis e, entre elas, é possível escolher os cortes magros (coxão duro, coxão mole, filé mignon, lagarto, maminha, músculo e patinho). Se o preparo for caseiro, mais um ponto para o consumo, pois é possível optar por métodos de cozimento mais saudáveis. “O ideal é consumir a carne cozida ou grelhada a uma temperatura média de até 100ºC para que não queime, como nos churrascos. Assim, é possível fazer uma dieta com três a quatro porções de carne por semana, mas buscando não superar os 500 gramas semanais”, explica a especialista. O consumo de carne vermelha deve ser limitado a um máximo de 500 gramas semanais e preparos direto no fogo ou muito gordurosos devem ser evitados Benefícios e prejuízos Entre os benefícios proporcionados para o corpo pela ingestão de carne, estão o ganho de massa muscular, o fortalecimento do sistema imunológico e o combate à anemia. “As carnes vermelhas são uma excelente fonte de ferro. O mineral é importante por compor a estrutura das células responsáveis pelo transporte de oxigênio, garantindo a energia necessária para as tarefas diárias”, aponta a professora Fábia Carolina. A carne vermelha também é rica em zinco, necessário para a formação dos ossos e a cicatrização das feridas. Os estudos que relacionam o consumo de carne a doenças são observacionais – associam a dieta dos indivíduos às doenças que eles desenvolveram ao longo da vida. Em uma revisão de 37 estudos, os autores encontraram fracas evidências da associação entre o consumo de carne vermelha não processada e doenças cardíacas e diabetes tipo 2. No caso da carne processada, uma revisão recente mostrou que a cada 50 gramas adicionais de carne processada consumida por dia, o risco de doenças cardíacas aumenta 26%, enquanto o risco de diabetes tipo 2 aumenta 44%. Em relação ao câncer, a associação está bem clara com o câncer colorretal. Um estudo com quase 500 mil pessoas mostrou que a cada 50 gramas adicionais de carne vermelha consumida por dia o risco de câncer colorretal aumenta em 18%. E cada 25 gramas adicionais de carne processada, o equivalente a uma fatia de presunto, o risco aumenta 19%. Segundo a nutricionista, isso acontece porque o consumo excessivo altera o equilíbrio da microbiota intestinal, o que leva a inflamações sistêmicas do organismo. “Essas inflamações, que se concentram especialmente em microlesões da parede intestinal, podem levar a um risco maior de câncer”, conclui Fábia Carolina. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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