Diretor do Inca critica indústria do tabaco: “Conjunto de inverdades” Ouvir 30 de maio de 2024 O diretor geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Roberto Gil, fez duras críticas à indústria do tabaco nessa quarta-feira (29/5), durante o lançamento de uma campanha para a prevenção do uso de cigarros eletrônicos por crianças e adolescentes. “Não dá para a gente estabelecer nenhuma confiabilidade em uma indústria que pensa no seu lucro acima de qualquer coisa. É muito difícil”, disse o oncologista clínico. “Essa é uma indústria que, quando olho o conjunto de inverdades, elas só se somam”, continuou. A campanha Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco foi lançada pelo Ministério da Saúde e o Inca para chamar atenção para a iniciação precoce de produtos criados para atrair esse público. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria levam à uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce. As crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida, segundo o Ministério da Saúde. Experimentação de cigarros eletrônicos por estudantes A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) mostra que, em 2019, 16,8% dos estudantes com idades entre 13 a 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico. Desses, 13,6% estavam na faixa dos 13 a 15 anos e 22,7% na dos 16 e 17 anos. A maior prevalência é entre os rapazes, com 18,1% dos entrevistados do sexo masculino afirmando já teram experimentado contra 14,6% das mulheres. Os dados estão disponíveis no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Leia também Brasil Anvisa regulamenta a proibição de cigarros eletrônicos no país Brasil Apreensão de cigarros eletrônicos sobe 25% e chega a 1,3 milhão Saúde Como o cigarro eletrônico mudou a forma como se fuma Saúde Estudo compara efeitos do cigarro eletrônico com os do convencional Ao olhar para o cenário nacional, os pesquisadores observaram uma variação regional, com maior experimentação do cigarro eletrônico nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), ficando menor do que a média nacional na Região Nordeste (10,8%) e Norte (12,3%). Houve ainda aumento dos estudantes de 13 a 17 anos que declararam o consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa. O percentual subiu de 5,6%, em 2013, para 6,8%, em 2019. “Focar nas crianças é crucial, pois são especialmente vulneráveis e representam o futuro. Ao educá-las e fortalecê-las contra a pressão do tabagismo, investimos na saúde de amanhã. Além disso, ao envolver as crianças, impactamos suas famílias e comunidades, ampliando nosso alcance na prevenção do tabagismo”, considerou Gil. Fumantes passivos Todos os anos, 603 mil pessoas morrem por complicações do tabagismo passivo em todo o mundo. Destas, 168.840 (28%) são crianças. “A indústria, até hoje, tenta desconstruir o conceito do fumante passivo. E a gente vê que ela insiste na desconstrução, sempre coloca algum viés para garantir sempre a escravidão pela nicotina”, afirma Gil. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
Conheça 7 sinais de compulsão alimentar e os tratamentos possíveis 6 de agosto de 2025 Saber os sintomas da compulsão alimentar é fundamental para conseguir diferenciar aquela fome esporádica e inofensiva de um distúrbio sério e que pode ter consequências graves para a saúde física e mental. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 4,7% dos brasileiros sofrem com algum transtorno alimentar…. Read More
Dezembro: psicóloga lista 5 dicas para evitar ansiedade de fim de ano 4 de dezembro de 2025 Estamos oficialmente no último mês de 2025! O que é motivo de festa e celebração também carrega uma bagagem inesperada: uma dose extra de ansiedade para muita gente. Nesta época, as altas expectativas se misturam com um turbilhão de pressões, fazendo com que os níveis de estresse decolem. Embora seja… Read More
Notícias Mastigar gelo pode ser deficiência de ferro. Saiba outros sinais 16 de abril de 2024 Você sabia que a falta de ferro é uma das deficiências nutricionais mais comuns em todo o mundo? O mineral desempenha um papel crucial na produção de hemoglobina e, consequentemente, no transporte de oxigênio pelo corpo. A endocrinologista Lorena Lima Amato, explica que, no caso de crianças, a deficiência de… Read More