Ficar imerso em tarefas prazerosas melhora saúde mental e do coração Ouvir 31 de maio de 2024 Você já se sentiu tão focado e imerso em uma atividade prazerosa que perdeu a noção do tempo? Este estado mental é conhecido como “flow” e pode oferecer benefícios para a saúde mental e cardiovascular, afirmam pesquisadores em um estudo publicado em março na revista Translational Psychiatry. O flow é um termo usado na psicologia para descrever um estado de concentração elevada que geralmente experimentamos durante atividades desafiadoras, mas que ainda estão dentro das nossas habilidades, como tocar um instrumento ou pintar uma tela. Como resultado, nos sentimos totalmente absorvidos, com uma sensação de energia, prazer e foco total naquela função. Leia também Vida & Estilo Entenda como técnica de mindfulness pode eliminar a ansiedade Saúde Mindfulness é tão eficaz quanto remédios contra ansiedade, diz estudo Saúde Psicodélico é mais eficaz contra depressão que remédios, afirma estudo Saúde Ansiedade e depressão: por que o exercício é bom para a saúde mental “Quando experimentamos o flow, tendemos a ser altamente eficazes, a nos sentirmos no controle e esquecemos o tempo”, explica a pesquisadora e coordenadora do estudo Miriam Mosing, professora associada de Genética do Comportamento do Instituto Karolinska, na Suécia, em artigo publicado na plataforma de divulgação científica The Conversation. Benefícios para a saúde mental O grupo de pesquisa de Mosing analisou diagnósticos reais de 9.361 pessoas cadastradas no registro de saúde sueco para entender se praticar o treinamento de fluxo pode reduzir o risco de depressão e ansiedade. Os pesquisadores descobriram que as pessoas mais propensas a experimentar o flow tinham um risco menor de receber diagnósticos de depressão (-16%), ansiedade (-16%), esquizofrenia (-15%), bipolaridade (-12%), diagnósticos relacionados ao estresse (-9%) e doenças cardiovasculares (-4%), em comparação aos demais. “Os resultados estão de acordo com as expectativas de um efeito protetor do flow na saúde mental e cardiovascular”, afirma Mosing. 3 Cards_Galeria_de_Fotos (5) A ansiedade é uma espécie de condição psíquica caracterizada por preocupação constante e excessiva de que algo negativo possa acontecer. Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é, ainda, uma sensação difusa de desconforto carregado por sentimento frequente de apreensão que pode desencadear transtornos Peter Dazeley/ Getty Images ****Foto-crianca-sentada-no-chao.jpg De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, e registrou ainda mais casos da condição durante a pandemia da Covid-19. Além de adultos, a ansiedade também pode se manifestar em crianças por diversos motivos, como divórcio dos pais, provas ou problemas na escola, por exemplo Elva Etienne/ Getty Images *****Foto-pessoa-com-a-mao-na-boca-2.jpg Apesar de ser considerada relativamente comum, uma vez que pode atingir qualquer pessoa por qualquer motivo, a ansiedade se torna um verdadeiro problema quando tudo vira motivo de preocupação exagerada e o paciente passa a apresentar crises Tara Moore/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-a-mao-na-cabeca-2.jpg A crise de ansiedade é uma situação que causa grande sensação de angústia, nervosismo e insegurança, como se algo de muito mau, e que foge completamente do controle, fosse acontecer a qualquer momento Getty Images ****Foto-pessoa-sentada-pensativa.jpg A crise surge, normalmente, devido a situações estressantes específicas e que geram gatilho, como precisar fazer uma apresentação, ter prazo curto para entregar um trabalho, estar em algum lugar que não gostaria ou ter sofrido uma perda, por exemplo Tara Moore/ Getty Images ****Foto-pessoa-deitada-em-posicao-fetal.jpg Entre os sintomas de uma crise de ansiedade estão: batimentos cardíacos acelerados, sensação de falta de ar, formigamento no corpo, sensação de leveza na cabeça, dor no peito, náuseas, transpiração excessiva, tremores, entre outros Holly Wilmeth/ Getty Images ****Foto-pesoa-sentada-chorando.jpg Estes sintomas ocorrem devido ao aumento do hormônio adrenalina na corrente sanguínea, algo normal quando a pessoa enfrenta um momento importante. Contudo, se os sintomas se tornarem constantes, podem sinalizar um transtorno de ansiedade generalizada Klaus Vedfelt/ Getty Images ****Foto-pessoa-sentada-conversando-com-outra-pessoa-2.jpg O que se deve fazer durante uma crise de ansiedade depende da gravidade e da frequência dos sintomas e, por isso, o ideal é sempre receber aconselhamento especializado, de um psiquiatra ou psicóloga MICROGEN IMAGES/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-a-mao-no-peito.jpg Apesar disso, realizar exercícios de respiração, ingerir chá calmante, tentar conversar com alguém de confiança, descansar, desligar a mente, fazer atividades físicas que goste ou tentar manter o pensamento em algo que dê conforto são algumas dicas que podem ajudar a aliviar o problema Jamie Grill/ Getty Images ****Foto-pessoa-com-a-mao-no-peito-2.jpg Quando a crise de ansiedade acontece pela primeira vez, ou não se tem certeza do que está acontecendo, é importante procurar um hospital para garantir que não seja outro problema mais grave, como o infarto Science Photo Library/ Getty Images ****Foto-pessoa-sentada-conversando-com-outra-pessoa-3.jpg De qualquer forma, caso as crises sejam frequentes, um especialista deve ser procurado para identificar a causa e iniciar um tratamento Fiordaliso/ Getty Images ****Foto-pessoa-sentada-conversando-com-outra-pessoa.jpg A ansiedade pode desencadear problemas que, dependendo dos sintomas, podem ser classificados como Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), fobia social, síndrome do pânico, entre outros. Esses problemas podem gerar impacto na vida pessoal e profissional do paciente, por isso o quanto antes for diagnosticado, menos problemas serão enfrentados kupicoo/ Getty Images Voltar Progredir 0 Mas ao considerar também o neuroticismo – um traço de personalidade que descreve a tendência de ser emocionalmente desequilibrado e facilmente irritável – e fatores familiares dos entrevistados, como genética ou ambiente familiar na infância, as experiências de fluxo foram associadas apenas à redução da depressão (6% menor) e diagnósticos de ansiedade (5% menor). “Esta descoberta sugere que o fluxo pode ter algum efeito protetor sobre esses dois resultados de saúde mental, mas que a relação é mais complexa do que se pensava”, considera a coordenadora do estudo. O resultado sugere que o benefício está no fato de gastarmos menos tempo refletindo sobre problemas ou preocupados com o futuro enquanto estamos concentrados e ocupados com as atividades. Além disso, a experiência do fluxo em si é gratificante. “Se algo que você adora fazer faz você perder toda a noção de espaço e tempo, é provável que seja bom para você – pelo menos naquele momento”, recomenda a cientista. Mosing considera que faltam pesquisas para investigar se é possível manipular o estado de concentração total, como chegar nele e quais consequências isso teria. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto! Notícias
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